Uma semana depois
KarolRespirei fundo e olhei a minha volta. Estar na casa dos meus avós é como estar em casa novamente. A natureza, a calmaria era isso que eu estava precisando para esquecer um pouco do motivo de estar aqui com tanta rapidez
. -Querida? Precisamos conversar. - minha avó sentou ao meu lado no balanço.
Respirei fundo e desviei o olhar do dela. Desde que eu cheguei aqui ainda não contei o motivo de ter vindo com tanta pressa.
-Sim vovó, aconteceu alguma coisa?
-É isso que eu vim saber meu bem.
-Não aconteceu nada.
-Mentir é uma coisa que eu não gosto Karol Sevilla. - falou séria e eu revirei os olhos.
-Eu briguei com Ruggero. - falei dando de ombros.
-Aquele moreno lindo?
-Sim. - dei um sorriso triste.
-Por que?
-Eu e a Lina fizemos uma aposta de que eu faria ele se apaixonar por mim. - falei e olhei para minha avó.
-Por que fez isso Karol? Quantos anos você tem na verdade? 27 ou 17? Isso é coisa de adolescente minha filha.
-É, eu sei.
-Então porque fez?
-Queria ficar perto dele e sei que isso não justifica mas eu queria ter um motivo para poder estar sempre com ele.
-Ele deve estar bem triste minha filha.
-Sim, está.
-Assim como eu sei que você está.
-Estou. - respirei fundo e olhei para o céu.
-Você vai fazer o que agora?
-Eu tenho um desfile em duas semanas, vou me revelar ao mundo. Irei voltar na próxima semana para poder organizar tudo.
-E onde o moreno lindo está nessa história?
-Eu vou conquistar ele novamente, sem jogos e apostas. Vou contar tudo sobre a minha vida. E tentar convencer a ele a recomeçar do zero.
-Você sabe que não vai ser fácil, né?
-Sim, e sei também que ele pode me recriminar pelo o que eu fiz no passado.
-Isso eu tenho certeza que não.
-Vó, por que tudo é tão complicado?
-Porque você complicou tudo Karol. - quando eu ouvi aquela voz meu corpo estremeceu.
Olhei para trás só pra ter certeza.
-Pai? - ainda não tinha acreditado.
-Desde que você nasceu. - deu de ombros e um sorriso fraco nasceu no seu rosto.
-Vocês tem muito o que conversar. - minha avó levantou e saiu rápido.
-Posso sentar ao seu lado? - meu pai perguntou e eu concordei com a cabeça.
Ele sentou no balanço e olhou para frente admirando a vista. Ficamos em silêncio por um tempo até que eu resolvi quebrar.
-Como soube que eu estava aqui?
-Meu pai me ligou e eu não hesitei em vir te ver. - ele me olhou sério. - Eu sinto sua falta Karol.
-Vocês me expulsaram das suas vidas.
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O jogo da sedução
RomanceKarol tinha tudo que uma garota deseja: pais amorosos, um namorado perfeito e cursava a faculdade dos sonhos. Mas faltava uma única coisa: felicidade. Essa única coisinha a fez desistir de tudo e largar um noivo no altar. Decepcionando a família e a...