Capítulo 23

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Uma semana depois


Karol

Respirei fundo e olhei a minha volta. Estar na casa dos meus avós é como estar em casa novamente. A natureza, a calmaria era isso que eu estava precisando para esquecer um pouco do motivo de estar aqui com tanta rapidez

. -Querida? Precisamos conversar. - minha avó sentou ao meu lado no balanço.

Respirei fundo e desviei o olhar do dela. Desde que eu cheguei aqui ainda não contei o motivo de ter vindo com tanta pressa.

-Sim vovó, aconteceu alguma coisa?

-É isso que eu vim saber meu bem.

-Não aconteceu nada.

-Mentir é uma coisa que eu não gosto Karol Sevilla. - falou séria e eu revirei os olhos.

-Eu briguei com Ruggero. - falei dando de ombros.

-Aquele moreno lindo?

-Sim. - dei um sorriso triste.

-Por que?

-Eu e a Lina fizemos uma aposta de que eu faria ele se apaixonar por mim. - falei e olhei para minha avó.

-Por que fez isso Karol? Quantos anos você tem na verdade? 27 ou 17? Isso é coisa de adolescente minha filha.

-É, eu sei.

-Então porque fez?

-Queria ficar perto dele e sei que isso não justifica mas eu queria ter um motivo para poder estar sempre com ele.

-Ele deve estar bem triste minha filha.

-Sim, está.

-Assim como eu sei que você está.

-Estou. - respirei fundo e olhei para o céu.

-Você vai fazer o que agora?

-Eu tenho um desfile em duas semanas, vou me revelar ao mundo. Irei voltar na próxima semana para poder organizar tudo.

-E onde o moreno lindo está nessa história?

-Eu vou conquistar ele novamente, sem jogos e apostas. Vou contar tudo sobre a minha vida. E tentar convencer a ele a recomeçar do zero.

-Você sabe que não vai ser fácil, né?

-Sim, e sei também que ele pode me recriminar pelo o que eu fiz no passado.

-Isso eu tenho certeza que não.

-Vó, por que tudo é tão complicado?

-Porque você complicou tudo Karol. - quando eu ouvi aquela voz meu corpo estremeceu.

Olhei para trás só pra ter certeza.

-Pai? - ainda não tinha acreditado.

-Desde que você nasceu. - deu de ombros e um sorriso fraco nasceu no seu rosto.

-Vocês tem muito o que conversar. - minha avó levantou e saiu rápido.

-Posso sentar ao seu lado? - meu pai perguntou e eu concordei com a cabeça.

Ele sentou no balanço e olhou para frente admirando a vista. Ficamos em silêncio por um tempo até que eu resolvi quebrar.

-Como soube que eu estava aqui?

-Meu pai me ligou e eu não hesitei em vir te ver. - ele me olhou sério. - Eu sinto sua falta Karol.

-Vocês me expulsaram das suas vidas.

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