Capítulo 8

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Karol

Ter passado essa tarde com Ruggero foi divertido. Tinha muito tempo que eu não me divertia assim. E aquilo foi muito estranho para mim. Depois dele ter me roubado um beijo, eu corri para o meu apartamento. Estava meio desnorteada ainda. Entrei devagar e Lina, que morava comigo, estava deitada no sofá assistindo um filme.

-Cheguei. - falei e ela me olhou com um sorriso.

-Aonde estava gata?

-No parque. - dei de ombros.

- Que horas vamos sair hoje?

-22 horas. - suspirou e sentou para me observar.

- Preciso te contar uma coisa. - sentei ao lado dela no sofá e fiquei esperando.

- Eu estou conhecendo uma pessoa, acho que estou interessada nele.

-Sério? - perguntei e ela concordou com a cabeça. - Espero que ele te faça feliz!

-Achei que iria falar mais. E me criticar e tal.

-Por que eu faria isso?

-Porque você não acredita em relacionamentos.

-Eu não acredito e tenho meus motivos, agora isso não quer dizer que você também não deve acreditar. Cada um tem sua vida Lina. - dei um beijo na sua testa. - Estarei aqui para o que você precisar. - ela me abraçou.

- Agora eu vou descansar um pouco.

-Sim, vai lá. - fui para o meu quarto e me joguei na cama.

Fiquei deitada olhando para o teto por muito tempo, pensando na minha vida. Nessa aposta louca que eu fiz com a Lina, no fundo eu sei que Ruggero não merece isso. Mas não devo me importar, os homens sempre fazem isso com as mulheres. As enganam, as usam e depois jogam fora como se fosse um nada. Resolvi deixar para lá e descansar antes de ir para a boate

. [...]

Já estávamos na boate e eu estava me divertindo muito. Ana estava muito bêbada e dançando feito louca. Lina estava ao meu lado se divertindo vendo Ana se acabar.

-Lina, vou no bar beber algo. - falei no seu ouvido e ela concordou. Fui até o bar e sentei para descansar um pouco.

Deixei meus pensamentos me levarem e fiquei surpresa por eles irem direto a Ruggero e a nossa noite nessa mesma boate.

-Sozinha? - ouvi aquela voz e meu corpo se arrepiou.

-Anda me perseguindo agora? - perguntei e olhei na sua direção.

-Quem sabe. - deu de ombros e riu.

-Isso está ficando chato já. - revirei os olhos e ele negou com a cabeça.

-Sinto lhe informar, mas o mundo não gira ao seu redor. - falou no meu ouvido e senti meu corpo arrepiar.

-Talvez rode e você nem saiba. - mordi sua orelha e ouvi um gemido. Sorri e o afastei

. -Você está pedindo para eu te arrastar para um banheiro qualquer, né? - falou e eu ri.

-Promessas. - falei e ele foi aproximando o rosto do meu aos poucos.

-Ruggero? - ouvi uma voz de mulher e olhei na direção da voz.

Era aquela mulher do parque, acho que Ruggero chamou ela de Valentina.

-Oi linda, encontrei com a minha colega. Por isso demorei. - respondeu virando para ela.

Aquilo me incomodou um pouco. Então eles estavam se pegando e ele transou comigo? Safado! Eu achando que ele era diferente, agora mesmo que quero que ele se apaixone por mim. Vou ter prazer em humilhar ele.

-Nos vemos depois Karol. - Ruggero falou me fazendo despertar do meu transe.

-Claro. - fui até as meninas e só encontrei Ana.

-Cadê a Lina? - perguntei olhando em volta.

-Encontrou com o carinha que ela está conhecendo e foi para algum canto. - respondeu e começou a dançar. - Vamos dançar Karol? Vem! - me puxou para pista e eu comecei a dançar novamente. Só sei que me acabei e só parei quando vi Ruggero conversando com a Valentina, ela o olhava com tanto amor. Pobre coitada! Fiquei algum tempo olhando os dois, até que o olhar de Ruggero encontrou com o meu. Ele me observou com certa intensidade e meu corpo arrepiou inteiro. Estava ficando louca mesmo, por estar ficado arrepiada apenas com o olhar de um homem. Mas convenhamos, Ruggero era O HOMEM.

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