Karol
Um final de semana depois daquele dia na boate e eu não conseguia acreditar que ele não tinha aceitado voltar para mim. Ele escolheu ela e quer saber? Foda-se os dois. Que eles sejam muito felizes.
-Karol? - Giovani entrou na minha sala com uma expressão preocupada.
-Qual o problema? – pergunto.
-A fábrica está com problemas em uma remessa enorme, e eles estão desesperados. - falou nervoso e eu revirei os olhos.
-Vamos a fábrica ver qual o problema, qualquer coisa descartamos a remessa. Não tem muito jeito. - peguei minha bolsa, e fui saindo.
-Achei que você iria enlouquecer. – afirmou.
-Não sou desse tipo,Lina sim iria enlouquecer. - dei um sorriso. - Você contou para ela?
-Não. – suspirou.
-Fez bem. Vamos então. - segurei seu braço e nós saímos do prédio.
[...]-Ainda bem que você resolveu tudo Karol. – falou suspirando, e visivelmente mais calmo.
-É. - sentei na minha cadeira e respirei fundo algumas vezes.
-O que aconteceu? - perguntou.
-Eu não consegui reconquistar o Ruggero. Tem meses que eu estou atrás dele e eu não consegui. - falei e duas lágrimas desceram.
-Segue em frente Karol.
-Eu não consigo sem ele, e não sei como eu ficar tão dependente de alguém mas, ele tem uma coisa que me enlouquece. - passei as mãos pelo meu rosto limpando as lágrimas e suspirei derrotada.
-Acho que você precisa dar uma volta. – falou.
-Para que? - perguntei sem acreditar.
-Para você esfriar a cabeça Karol e descansar. Você está exausta emocionalmente. - falou e eu dei um sorriso fraco.
-É, acho que vou fazer isso. - levantei pegando minha bolsa.
-Quer que vá com você? – perguntou.
-Não. - dei um beijo na sua bochecha e saí rápido da empresa.
[...]Estava andando no parque sem destino algum, nem sei porque vim parar aqui. O mesmo parque que eu e Ruggero viemos para ele fazer um ensaio com várias modelos frescas. Foi inevitável não sorrir com a lembrança. Foram poucos os momentos entre eu e o Ruggero mas, foram bons momentos.
Senti alguém esbarrar em mim e quase cair, mas segurei a criança rápido. Ela era tão linda. Branca com sardinhas e um cabelo ruivo enorme. Ela tinha por volta 2 á 3 anos.-Culpa tia? - pediu e eu abaixei para ficar na sua altura.
-Não tem problema amor, cadê os seus pais? – perguntei.
-Paloma? - uma mulher chegou perto de nós duas. - Você se machucou? - perguntou pegando a menina colo e a analisando. - Oi, meu nome é Lorraine. - esticou a mão para mim.
-Karol. - falei dando um sorriso.
-Desculpe se cheguei toda afobada, é que eu me desliguei um minuto e ela saiu correndo. Você tem filhos? – perguntou.
-Não. - respondi.
-Se prepare para quando tiver, eles são maravilhosos mas dão um trabalhão. - acabamos rindo juntas. - Eu preciso ir Karol, foi um prazer te conhecer. Dá tchau para Karol amor. - a pequena Paloma acenou com as mãozinhas enquanto a mãe a levava embora.
Fiquei as observando por um tempo. Será que um dia eu vou estar com uma filha ou um filho andando e correndo no parque? Troquei meus pensamentos e resolvi continuar andando, até que vi o Ruggero. Ele estava sentado observando pai e filho jogando bola. Fui até ele.
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O jogo da sedução
RomantizmKarol tinha tudo que uma garota deseja: pais amorosos, um namorado perfeito e cursava a faculdade dos sonhos. Mas faltava uma única coisa: felicidade. Essa única coisinha a fez desistir de tudo e largar um noivo no altar. Decepcionando a família e a...