Capítulo 32

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Ruggero

Eu não queria muito vir nessa balada mas já que estava aqui, vamos aproveitar. Vi quando Karol chegou e meu queixo caiu. Ela estava pronta para matar com qualquer um. Karol estava dançando sensualmente e só de olhar eu estava duro.

Merda! Eu não conseguia parar de olhar o corpo dela em movimento. Em algum momento da música ela me olhou. Nossos olhos ficaram grudados o tempo todo. Senti que ela estava doida para se aproximar e eu queria que viesse até mim, queria muito. Tava tão hipnotizado vendo a Karol dançar que, nem percebi quando a Vale chegou. Só percebi porque ela falou ao meu ouvido.

-Ruggero, vamos sentar? - pediu me fazendo despertar.

Concordei com a cabeça sem cortar meu contato visual com Karol mas isso tinha que acabar. Respirei fundo e dei as costas para aquela mulher perfeita que estava sozinha na pista de dança. Fiquei sentado com Vale na mesa um bom tempo.

-Vou no banheiro. - falei no seu ouvido e ela concordou com a cabeça.

Fui até o banheiro e fiquei alí por um tempinho. Precisava relaxar. Joguei uma água no rosto e sequei. Fiquei alí mais um tempo respirando fundo várias vezes. Quando saí! Dei de cara com uma Karol super provocante na porta do banheiro masculino.

-Oi Ruggero, tudo bem ? - pergunta se aproximando.

-Oi Karol, tudo ótimo. - tive que olhar ela dos pés a cabeça.

Ela está maravilhosamente gostosa naquele vestido preto.

-Vi você dançando ! Você dança muito bem. - ela me prende na parede e me surpreende, com beijos no meu pescoço.

Meu corpo arrepiou inteiro e eu tive que engolir em seco. Ela sabia como me enlouquecer.

-Ruggero quando você vai voltar pra mim? Um dia você vai me perdoar e voltar a me amar? - perguntou passando o nariz e distribuindo beijos pelo meu pescoço e mandíbula. Eu instintivamente coloquei as mãos na sua cintura e apertei a fazendo ofegar. Nossas bocas estavam muito perto, eu cheguei a sentir o hálito dela e foi quando eu acordei de toda a luxúria que nos envolvia.

Eu não podia fazer isso com a Vale.

-Karol o que houve entre nós dois acabou! Você apostou o meu amor por você, isso é imperdoável. - falei com mágoa. - Fora que agora eu estou com a Valr, e no momento estou curtindo ficar com ela.

-Tudo bem Ruggero, se é assim que você quer, vou deixar você seguir a sua vida com a Vale. - ela deu um beijo na minha bochecha. - Espero que você seja muito feliz.

-Você também Karol. - sussurrei e saí rápido para ir de encontro a Vale.

Merda! Quase que eu perco o controle novamente, dessa vez foi por muito pouco.

Mas Karol estava de um jeito que qualquer homem iria enlouquecer.

Eu fiquei duro só em ver ela chegando.

A Vale percebeu.

Eu sabia que ela estava chateada mas era inevitável. Karol sempre iria roubar minha atenção.

-Ruggero, vamos embora? - Vale pediu.

-Vamos sim, acho que a noite já acabou. - levantamos e fomos nos despedir de Agus e Lina.

E seguimos para casa dela logo depois.

-Eu quero ficar sozinha hoje! Tudo bem ? - falou e eu concordei.

-Tudo bem. Fica bem, qualquer coisa me liga. - beijei sua testa e ela desceu do carro rápido.

Fui pra casa e tomei um banho bem gelado para tentar aliviar meu corpo, e minha mente. E depois deitei na cama e tentei dormir. O que seria difícil.

[...]

Estava jogado no sofá assistindo um filme qualquer, quando meu celular tocou. Era Vale.

-Oi Vale.

-O que acha de irmos no cimena e jantar depois?- perguntou de cara e eu ri.

Ela deve ter ensaiado esse convite o dia inteiro.

-Acho uma ótima ideia. Que horas?

-Às 19 horas.

-Irei passar para te pegar

. -Estarei te esperando, beijos

. -Beijos. - encerrei a chamada e olhei o horário. Eram 15:00, vou dormir um pouco.

[...]

-Gostou do nosso programa hoje? - perguntou deitando a cabeça no meu peito e eu concordei com a cabeça.

Já estávamos no meu apartamento, na sala, claro. Mas eu estava tão desligado, não conseguia parar de pensar na Karol, ontem na balada, nas nossas bocas quase se tocando, o corpo dela tão perto e ao mesmo tempo tão longe do meu.

-Ouviu o que eu disse? - ouvi a voz da Vale e despertei dos meus devaneios.

-Sim. - menti e ela concordou.

-Parece que está meio distante está noite. - me observou por um tempo.

-Eu sei, desculpe. Só estou um pouco cansado. - menti novamente.

-Você nunca vai olhar para mim como olha para ela. - disse com a voz embargada. - É verdade. Eu sei. Eu a odiaria por isso se fosse uma daquelas mulheres, mas não sou. - acrescentou com um sorriso fraco.

-Vale...

-Ruggero, eu... - suspirou. - Eu vou te dar um conselho amigo e depois vou embora, tá bem? Engula seu orgulho. Quer ser o cara que daqui a 20 anos vai estar sentado em uma varanda pensando em como poderia ter vivido uma vida feliz e plena ao lado dela? Tentando entender os motivos de não ter a perdoado? Rezando para que ela entenda por que desistiu tão fácil? O que toda mulher quer é um homem que não desista e vá a luta. Então, por que não faz isso agora e ganha duas década inteiras ao lado dela? - me deu um beijo na bochecha e se levantou.

Quando chegou na porta do apartamento, ela se virou para mim e falou:

- Ela olha para você do mesmo jeito. - ouvi a porta bater e eu soltei a respiração que eu nem sabia que estava presa.

Merda!

Vale tinha toda razão!

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