Capitulo 3

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Capítulo 3

Uma semana depois recebei a ligação que tanto esperava e principalmente a resposta que eu desejava.

Eu consegui!

O emprego era meu e deveria começar a trabalhar no máximo em três semanas. Acertei tudo com dona Paula e desliguei a chamada.

Pulei super animada e corri procurar por Letícia. Contei tudo a ela que mesmo achando uma loucura ficou feliz com minha conquista. Com muito custo meu primo, que é gerente da empresa, conseguiu minha demissão. Com todos os trâmites necessários resolvidos arrumei minhas coisas e segui para minha nova vida.

Meu primo me levou até a rodoviária e me fez várias recomendações para que tomasse cuidado e que se algo não desse certo deveria ligar que ele me buscaria na mesma hora.

Fiquei emocionada com sua preocupação já que ele nunca foi de demonstrar seus sentimentos e ele estava visivelmente preocupado com minha segurança.

O abracei e beijei seu rosto quando fomos autorizados a entrar no ônibus.

Depois de horas de viajem finalmente chegamos à rodoviária. Como havia sido instruída deveria procurar um táxi estava a minha espera e me levaria até a fazenda.

Dona Paula me recebeu muito bem. Enquanto me encaminhava ao meu quarto ia me explicando como seria meu trabalho, as regras que deveriam ser seguidas e apresentou-me os outros empregados que encontrávamos pelo caminho.

Mostrou-me o restante da casa, que por sinal era muito linda e bem grande. Os vários quartos eram divididos duas alas, as da família e visitantes.

Como os patrões viviam na cidade e o casarão ficava com vários quartos fechados eu deveria limpá-los e deixa-los impecáveis, pois eles viriam para Fazenda no fim de semana e tínhamos que faxinar a casa toda.

No outro dia eu mais outras duas diaristas ficamos responsáveis pelos quartos enquanto outras pessoas cuidavam do restante. Eu acabei me lascando, pois peguei o lado dos patrões e eu nem sabia por onde começar.

Depois de limpar o longo corredor e um banheiro deveria começar com a limpeza dos quartos, mas fiquei sem saber por onde começar e como fazer já que esse pessoal rico é cheio de manias. Achei melhor perguntar a dona Paula que até pode ficar brava comigo, mas não vou correr o risco de ser demitida por não fazer meu serviço da maneira que eles querem.

- Dona Paula pode por favor tirar uma dúvida?

- Pergunte.

- O que devo fazer ao certo nos quartos?

- Menina será que vou me arrepender de ter te contratado?

- Desculpa, mas é que esse povo rico tem sempre manias estranhas e não quero ser demitida por ter feito algo estar errado.

Dona Paula pareceu entender meu receio e mesmo contrariada por ter interrompido seu trabalho acompanhou-me até um dos quartos e me explicou o que deveria ser feito. Ainda bem que não era um bicho de sete cabeças como eu estava imaginando.

Agradeci pelas explicações e continuei meu trabalho. Ao final do dia percebi que quase todos os quartos haviam sido limpos. O trabalho no dia seguinte seria mais fácil.

Depois de um bom banho e um saboroso jantar fui para o quarto, não estava com vontade de ficar conversando com os outros na varanda. Achei melhor me deitar e enquanto o sono não vinha resolvi ler algo no wattpad. Encontrei o livro de Vegeance, a fanfic de minha autora favorita e começo a ler.

Não notei quando adormeci, apenas acordei com os galos cantando. Faço minha higiene e vou tomar meu café da manhã sem demora para terminar logo meu serviço. Dentre os muito quarto que limpei encontrei um diferente. Ele não possui muitos móveis é todo equipado com várias barras de apoio tanto no quarto como no banheiro.

Achei estranho já que ninguém comentou nada sobre algum idoso na família. Se bem que sou apenas uma empregada, ninguém tem obrigação de me contar nada.

Terminada a tarefa que faltava vou almoçar.

Só faltava a biblioteca e o escritório para serem limpos então resolvemos que juntas o trabalho terminaria mais rápido e assim o fizemos. Quando guardamos os utensílios nos devidos lugares, dona Paula avisou que podíamos descansar o resto da tarde.

Feliz, dei um abraço na senhora que se assustou mais acabou rindo assim como as garotas. Fomos para os quartos e depois de um banho para refrescar elas me levaram para conhecer o resto da fazenda.

Que ligar mais lindo!

A fazenda era enorme cheia de celeiros e baias para cada cavalo que eram um mais lindo que o outro. Alguns peões estavam conversando enquanto escovavam os cavalos. Fui apresentada a todos que me receberam com carinho desejando boa sorte.

Enquanto conversávamos fiquei observando a maneira como eles escovavam os animais. Um dos rapazes perguntou se eu queria tentar e acabei não resistindo. As meninas acharam loucura, mas isso não importava. Eu iria escovar o belissímo animal castanho avermelhado.

Com cuidado e seguindo sua explicação me diverti com essa nova tarefa.

Terminamos com os cavalos e os rapazes me chamaram para conhecer a área dos bois. Os animais eram lindos e para quem estava acostumada a ver a natureza apenas em fotos eu estava maravilhada. Eles achavam graça do meu encantamento e faziam piadas mais isso não me incomodava. Eu me divertia junto.

Voltando para a casa grande ajudamos a preparar o jantar e as meninas contaram para dona Paula como foi nosso passeio. Entre risos e piadinhas terminamos o dia.

Finalmente tudo estava em ordem para a chegada dos patrões no dia seguinte. Eu estava ansiosa para conhecê-los afinal desde que cheguei nunca os vi.

No dia seguinte após minha higiene vesti o uniforme que dona Paula me deu, essa era uma das regras a ser seguida. Um vestido cinza até os joelhos com um avental branco e sapatilhas brancas. Eu me sentia uma velha usando aquela roupa.

Por volta das 8:00 ouvimos barulhos de carros e corremos para a entrada onde ficamos enfileirados. Me senti como se estivesse participando de uma novela e acabei sorrindo. Minha alegria sumiu junto com o sorriso quando vi dona Paula que me olhando brava.

Dois carros pretos chegaram e os motoristas foram abrir as portas para que os ocupantes descessem, mas o que me chamou a atenção foi um dos motoristas não abriu a porta e sim o porta malas retirando de lá uma cadeira de rodas.

Ele foi até a porta traseira e ajudou alguém a passar para a cadeira e quando pode ver seu ocupante fiquei surpresa com a beleza do homem irritado que a ocupava. Fui apresentada aos patrões que mal me cumprimentaram e foram para seus quartos descansar.

Voltamos para a cozinha e percebi dona Paula falar algo, mas o lindo homem não saia da minha cabeça. Como uma maravilha daquelas era cadeirante. É muito desperdício!

Um cutucão chamou minha atenção, olhei agradecida a uma das meninas e finalmente me concentrei nas instruções que dona Paula nos passava.

Gente muito obrigado pelo carinho por toda a as visualização e comentários
Eu agradeço de coração a todos vocês e as minhas migs que me ajudaram
Agradeço de coração a você @joselinidelantonia
E peço pra vocês queridas acompanharem o livro dela de novas espécies. Thirio

 Thirio

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Um motivo para recomeçarOnde histórias criam vida. Descubra agora