capítulo 13

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De cabeça baixa entrei no escritório fechando a porta, respirei fundo e olhei Armando que apontou para o sofá e me sento em silêncio.

- Quero saber o que aconteceu ontem. - não parecia o namorado carinhoso falando.

Seu tom de ordem me incomodou.

- Nada demais. - tentei enrolar – Só estava insegura quanto aos seus pais. Mas conversei com sua mãe hoje e estou mais tranquila.

- Falei com meu pai hoje também. - me encarou e comentou parecendo não dar muita muita importância – Contei o que houve.

- Você não tinha o direito... - estava começando a ficar com a respiração agitada.

- Tenho! - fui interrompida – Sei que essa era uma preocupação, mas existe algo a mais e quero saber o que é.

- Não tem mais nada. - tentei ser o mais convincente possível.

Armando me encarou parecendo me analisar. Estava nervosa e mudei de posição no sofá.

- Sabe... Não é a primeira vez que te vejo nervosa. - ele parece calmo, mas percebo que está tentando se controlar – Sei que tem algo que você não quer me contar, mas eu vou descobrir. E eu esper... - alguém bate e quando olho pra ver quem minha espinha parece congelar.

Tento manter a fisionomia o mais calma possível, mas munha respiração está alterada e percebo Armando me olhando. Droga!

- Atrapalho? - Mário estava na porta segurando alguns papéis e seu pai passa empurrando-o para dentro.

Armando encara Mário depois me olha parecendo me analisar.

- Não senhor. Já terminamos. - falei me levantando – Licença. - disse olhando para o senhor Pedro que acenou pensativo.

(...)

Estava recolhendo as folhas do jardim enquanto conversava animada com o jardineiro. Sr José é um amor de pessoa e casado com dona Paula a mais de 30 anos. Dei boas risadas ouvindo suas histórias.

A mais emocionante foi as proezas que ele tinha de fazer pra driblar a vigilância do sogro autoritário e ciumento.

- Para de encher a cabeça da menina José! - dona Paula reclamou.

- Ôh minha Preta... Não precisa ficá com ciúmi não. - seu José agarrou a dona Paula pela cintura e encheu seu rosto de beijos.

Me divertia vendo o amor entre os dois. Apesar de dona Paula olhá-lo com cara de brava e dar uns tapas no marido para que a soltasse era nítido o amor e divertimento entre eles.

- Que baderna é essa! - alguém reclamou e meu estômago embrulhou no mesmo instante.

- Qué alguma coisa sinhor Mário? - seu José perguntou sério enquanto disfarçadamente colocava a esposa pouco atrás de seu corpo.

Nem parecia o mesmo homem que a minutos estava sorrindo. Ainda bem que eles estavam entre mim e seu Mário.

- Adela! - assustei quando ouvi meu nome – O escritório está uma bagunça. Vá dar um jeito naquilo. - mandou arrogante.

Um motivo para recomeçarOnde histórias criam vida. Descubra agora