capítulo 11

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Acordei sentindo um cafuné gostoso e sorri ainda com os olhos fechados.

- Hora de acordar dorminhoca.

- Infelizmente. - gemi me esticando como uma cobra ao sol e me arrastei até o banheiro.

Me sentia feliz e o sorriso junto com os olhos brilhantes que vi no espelho me deixaram mais feliz ainda. A quanto tempo que eu não tinha um sorriso desse!

Fiz minha higiene e vesti meu uniforme que havia deixado separado me preparando

para o dia que com certeza ia ser puxado já que ontem passamos a maior parte do tempo conversando. Ainda bem que dona Paula me liberou do trabalho depois de ficar nos espionando.

Ela disse que o “menino Armando” estava feliz então eu podia continuar a alegrá-lo. Se bem que depois de um começo de noite desastroso ela acabou terminando bem até demais.

- O que você está sorrindo? – Armando perguntou quando saí do banheiro.

- Nada não. - sorri fazendo a maior cara de inocente e me sentei ao seu lado na cama.

Beijei seu pescoço e dei uma leve mordidinha fazendo-o gemer. Armando agarrou minha cintura puxando-me para mais perto. Levantei meu rosto encontrando sua cara de safado que cada vez amo mais e o beijei com muito carinho.

- Você precisa se levantar meu amor. Temos trabalho a fazer, mas antes preciso te deixar apresentável para a sociedade.

Armando riu do comentário sabendo que os rapazes iriam fazer muitas perguntas já que não o viram a maior parte do dia.

- Precisa de ajuda? - perguntei tentando controlar minha aflição.

- Adoraria.

Segurei a cadeira ao seu lado e ele se sentou sem minha ajudar seguindo para o banheiro. Aproveitei sua ausência para arrumar o quarto.

Enquanto dobrava o lençol ficava imaginando os momentos difíceis que ele enfrentou, enfrenta e enfrentará. Morria de preocupação com os obstáculos que essa cadeira encontra pelo caminho. E se ele cair? E se ele não conseguir sentar nela e cair? E se a cadeira de algum jeito derrubá-lo?

São tantos ses!

- Adela! - estava tão distraída que não notei que Armando já estava ao meu lado.

- Oi. - sorri disfarçando - Já terminei aqui. Vamos tomar café? Posso empurrar sua cadeira ou você irá só?

- Vou adorar ter você nas minhas costas. - ah! Que fofo.

- Então vamos lá meu super homem. - rimos da brincadeira.

Eu estava morrendo de medo de algum comentário quando chegássemos à cozinha mais ainda bem que não tinha ninguém. Conversamos muito durante o café. Armando me falava dos seus planos para o futuro e eu contava um pouco da minha vida.

Despedir-me com um beijo e fui pegar os materiais de limpeza.

Como sempre começo a arrumar pelo escritório e depois de terminado vou procurar as meninas, pois combinamos de arruma os quartos sempre juntas. Quando deu a hora do almoço tudo estava pronto e limpo.

Um motivo para recomeçarOnde histórias criam vida. Descubra agora