capítulo 10

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Desculpe aí a demora mais estou sem celular queridas. Mais esse capítulo está incrível.


Com o passar dos dias o seu Mário não se aproximou de mim, mas eu podia sentir seu olhar me perseguindo por onde quer que eu fosse. Evitei o máximo possível estar no mesmo ambiente que aquele cachorro.

Ah! Se eu pudesse usar o canivete como meu pai me ensinou. Sorri lembrando o dia que meu pai me ensinou a capar um cabrito. Pena que não sou tão corajosa assim.

Bom... Pensamentos assassinos a parte... Meu relacionamento com o senhor Armando, ou melhor, Armando está cada dia melhor.

Gastamos horas conversando mesmo que seja durante meu horário de trabalho já que enquanto estou arrumando seu quarto ou até mesmo a sala ele está me perguntando algo. Esses dias ele quis saber sobre minha família e como vivíamos.

Sua mãe é quem não gostou muito disso. Ela vive expulsando ele de casa alegando que está atrapalhando meu serviço.

Dona Renata pensa que sou boba, mas já percebi que ela não gostou nadinha da nossa amizade.

Por mais que eu tente ficar longe, Armando está sempre por perto e eu gosto da sua companhia.

Quando estou na cozinha Ana fica dizendo que logo estarei namorando Armando, mas Lívia jura que nos casaremos em breve. Não aguento mais passar vergonha com essas duas.

Minha sorte é que Dona Paula se diverte com as brincadeiras das meninas e às vezes entra no jogo delas.

- Está tudo bem? - acordo com os gemidos de Armando.

Hoje seus pais foram para a cidade com seu Mário e voltarão amanhã à tarde por isso ficamos conversando em seu quarto e acabei dormindo ao seu lado.

- Estou bem amor. – respondeu puxando a cadeira para mais perto da cama – Quero levantar. – pediu de maneira tímida sem me olhar – Segure a cadeira, quero ir ao banheiro.

Alguns momentos eram constrangedores para Armando e eu o entendia. Às vezes ficava irritada, mas procurava me colocar em seu lugar imaginando como eu reagiria. Então quando ficava irritada procurava engolir a irritação, para não deixá-lo mais nervoso ainda.

O ajudo a passar para a cadeira e ele entra no banheiro. Pego uma revista que esta sobre a mesinha e começo a ver suas figuras. Não estou com ânimo para leitura.

- Amor está tudo bem aí? – estranho sua demora – Armando! – chamo novamente.

A falta de resposta me deixa nervosa e começo a insistir.

- Armando, abre essa porta! – falo com o ouvido grudado na madeira.

- Está tudo bem Adela. – estranho o seu tom de voz – Preciso que você vá chamar dona Paula, por favor.

- Mais para que Armando? – estava ficando mais nervosa ainda – O que aconteceu? Abre essa porta! – tentei girar a maçaneta.

- Vá Adela! – ele deu um grito e sai correndo atrás de dona Paula.

Não a encontrei na cozinha e estava indo procura-la em seu quarto, mas me lembrei de onde ela guardava as chaves e espalhando-as sobre a mesa encontrei a que procurava. Fui correndo ajudar Armando e fiquei sem reação quando abri a porta.

Armando me olha chorando abalado com a situação.

- Por favor, Adela sai daqui. – pediu chorando – Não quero que me veja assim. Sai daqui.

Armando havia caído ao passar para o vaso sanitário e suas necessidades estavam espalhadas. Ele chorava tapando o rosto com as mãos.

Percebi que Armando mantinha os olhos fechados apertando-os como se estivesse em um pesadelo e que ao abri-los ele estaria na cama. Respirei fundo engoli o choro.

Um motivo para recomeçarOnde histórias criam vida. Descubra agora