JAY

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Bebi mais um gole de vodca que estava na minha mão enquanto com a outra fechava o zíper da calça.

- Não me deixe, linda! Eu vou ser bonzinho, juro! - Implorou Ryan enquanto passava, me empurrando.
Com quem ele estava gritando, afinal? Olhei para ver onde ele ia e meu olhar vidrou no instante em que a vi. Caralho!

Dei um passo à frente.

- Vou ser bonzinho. Só converse comigo - Insistiu Ryan, alto o bastante para todo mundo ouvir.

Ela arregalou os olhos e percebi que ele estava atrás da morena linda e alucinante. Não gostei disso. Da onde ela havia surgido? Eu nunca a havia visto... e se tivesse não a esqueceria. Ela não era do tipo que se da para esquecer.

Ela não estava vestida como as outras mulheres. O jeans e o suéter que ela usava se ajustavam bem ao seu corpo. Não precisava exibir tudo que tinha para chamar atenção.

Os lábios rosados perfeitos eram tão carnudos que faziam um homem sonhar com eles tocando a sua pele. A aparência era perfeita, mas, caramba... foi aquele ar inocente nos seus olhos que me atraiu.

Ela não devia estar ali... dava para perceber que lá não era seu lugar. Mas ela estava... Ryan podia desistir... "eu era o primeiro prêmio", os meninos da banda diziam. Todos queriam o vocalista. Será que com ela seria diferente?

Estava quase chegando junto quando ela deu meia volta e saiu apressada para a saída. Merda! Corri atrás de Ryan, dando um empurrão nele, que caiu em cima de um sofá por perto, enquanto eu passava por ele. Ouvi quando ele me xingou de "filho da puta". O guarda na porta me viu chegando e se pôs na frente, impedindo que ela se fosse. Ela pediu que ele se afastasse com o sotaque arrastado e um pouco mexicano mais doce que eu já ouvi.

- Eu só quero ir embora. Eu estou aqui por causa da minha prima! Eles querem a ela, não a mim.

Duvidei na mesma hora que a prima fosse tão linda quanto ela. Ela era... única. Dava para ver.

O guarda continuou olhando para mim e ela se virou para ver quem era. Quando pôs seus olhos em mim, seu peito arfou. Caralho, ela era gostosa!

Aposto que ela tem um cheiro delicioso também...

- Você ia embora sem dizer oi? - Perguntei, dando o meu famoso sorriso.

Ela respirou fundo de novo... seu rosto era absurdamente expressivo. Pude ver surpresa, choque e confusão, tudo misturado naqueles olhos lindos. Imaginei como eles ficariam quando eu a fizesse gozar...

Quando ficou claro que ela não falaria, dei mais um passo em sua direção e deslizei um dedo pelo seu rosto, só para confirmar se a pele era tão macia quanto parecia ser.

Era mesmo... então ela estremeceu.

- Você tem um nome, princesa?

Eu chamava todas de princesa, era mais fácil de não confundir assim.

- Eu só... eu preciso... eu estava saindo... preciso ir embora - Ela gaguejou, apontado para a porta que o segurança ainda bloqueava.

Será que Ryan a havia assustado? Era melhor que aquele filho da puta não tivesse feito isso. Ela era como aquelas bonecas de porcelana que não podemos tocar com medo de quebrar.

- Mas você não pode ir embora ainda... ainda nem nos conhecemos - Eu disse, passando a mão pela sua cintura minúscula e a trazendo para perto de mim.

- Eu... por favor... eu só vim por causa da minha prima. Quer dizer, eu não fui convidada. Só entrei por causa dela.

Que doçura, meu Deus do céu, ela era um doce.

Como uma mulher podia ter essa aparência e ser um doce?

- Você é uma convidada agora. É minha convidada - Estendi a mão para ela. - Venha comigo. Podemos ir a um lugar tranquilo, onde pode me contar tudo sobre você.

Ela começou a sacudir a cabeça.

- Ah, não. Isso não.. eu só quero ir embora. Estou cansada.

Eu não sabia fazer nada além de encara-la. Eu nunca tive que lidar com essa situação. Ela estava me rejeitando. Só podia ser fingimento... se fosse, estava funcionando.

Me aproximei mais dela e falei em seu ouvido.

- Quero você nua embaixo de mim. O joguinho está funcionando, princesa. Pode ceder agora.

Seu corpo ficou tenso e ela pareceu parar de respirar. Esperei para que inspirasse de novo para poder sentir seu cheiro de mel.

- Não. Eu não faço isso - Disse parecendo sem fôlego. - Eu só quero ir embora.

Levantei a cabeça e dessa vez olhei em seus olhos. Desta vez, vi medo. Era verdadeiro. Ela estava com medo de mim? Por que ela estava com medo de mim? A inocência em seus olhos era real.

Berrava que aquela mulher era para ser vista, mas não tocada.

- Por favor - Implorou ela baixinho. - Por favor me deixe ir embora.

Meu coração apertou... ela era tão... pura. Ah, Deus, onde eu havia me enfiado?

Olhei para o segurança, um dos muitos que viajavam conosco.

- Cuide para que ela chegue bem - Ordenei para o segurança que assistiu com cabeça.

Então olhei para a beleza intocável a minha frente. Ela estava certa. Não pertencia aquele lugar. Não podia fazer parte daquilo. Não me despedi. Não podia chamá-la de princesa de novo.

Ela não era como as outras.

Antes que eu mudasse de ideia, voltei para junto das pessoas. Havia muitas morenas ali... eu poderia transar com algumas delas. Mas seria aquele rosto angelical que eu veria quando fechasse os olhos.

Amor Entre CordasOnde histórias criam vida. Descubra agora