JAY

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Vi Mia na varanda do meu quarto usando apenas minha camiseta.

Ela estava de costas e o vento fazia seus cabelos dançarem em volta da cintura.

Eu precisava arrumar a bagunça que fizemos fodendo no meu quarto. Depois tinha que recuperar o fôlego.

Eu quase disse... quase disse que a amava. Jamais. Eu nunca. Quase. Disse a uma garota. Que a amava. Nem quando o sexo era maravilhoso.

Isso nunca me passara pela cabeça. Muito menos pela boca.

Então agora eu tinha que refletir.

Será?

Eu estava apaixonado por ela?

Mia cruzou os braços na frente do corpo e se inclinou para olhar pra baixo, fazendo a camiseta subir e revelando uma parte da bunda.

Eu estava apaixonado por aquela bunda. Estava apaixonado pelas pernas dela também.

Mas será que estava apaixonado por ela?

Eu a observei em silêncio e senti meu lado protetor ganhar vida quando pensei em alguém olhando para cima e vendo-a apenas com a minha camisa, parecendo uma deusa do sexo.

Não queria que ninguém olhasse para ela.

Ela era minha.

Ela era minha.

Minha nossa.

Ela era minha.

Eu não a deixaria escapar e, com toda certeza, ninguém mais a tocaria.

Queria abraçá-la e mantê-la em segurança comigo. Era irracional... Era... Era... eu estava apaixonado por ela.

Respirei fundo, me preparando para o momento de pânico que acompanharia esse descobrimento. Mas ele não veio.

Eu me sentia completo.

O peso que achei que viria com esse sentimento não estava aqui. Respirei ainda mais fundo.

Fui direto para a janela que dava acesso à varanda. Sentindo minha presença, Mia se virou e sorriu para mim. Era o sorriso perfeito, capaz de resolver todos problemas do mundo.

Eu a peguei, levei-a para cama e acomodei-a junto a mim. Estava me sentindo um pouco como um homem das cavernas no momento, e só esperava não bater no próprio peito.

Mia não perguntou nada; apenas se ajeitou sob meu queixo e me abraçou. Minha. Só minha.

Eu só teria que convencê-la disso antes, porque, embora eu ja tivesse refletido sobre tudo, ela provavelmente não teria feito o mesmo.

Não confiava em mim. Em nós. Não de verdade. Mesmo sendo a dona do meu coração.

- Obrigado - Disse com a boca junto aos cabelos dela.

- Pelo quê? Pelo sexo selvagem na sua cama? - Perguntou ela meio que rindo.

- Por você estar aqui - Respondi.

Ela não disse nada. Aquela era Mia. Não era de fazer muitas perguntas.

Não queria sempre conversar sobre tudo.

Só vivia o momento.

Apenas ouviu e aceitou.

Eu só esperava que ela aceitasse o fato de ser minha. Ou mais precisamente, de eu ser dela.
Passamos o resto da madrugada ali, conversando. Mia me falou sobre sua mãe.

Não era de se estranhar que fosse especial. Fora criada de um jeito diferente de todas as mulheres que passaram pela minha vida.

Ela também imitava a mãe de um jeito adorável.

Contei a ela sobre minha mãe também, ela escutou com a maior atenção do mundo. Eu nunca havia feito nada assim antes.

Mia se tornou meu mundo em pouco tempo. Eu estava com medo, mas foi ótimo experimentar algo assim.

Depois de alguns momentos em silêncio, Mia olhou para suas unhas e as observou, como se elas tivessem todas as respostas do mundo.

- Você vai me levar para casa hoje à noite? - Perguntou, olhando para mim.

- Eu ia mimá-la e talvez alimentá-la com algo primeiro, mas queria que você ficasse aqui hoje. Não quero levá-la de volta para o apartamento de Vanessa.

Ela suspirou e sorriu, abaixando a cabeça de volta para meu peito.

- Ótimo. Acho que ainda não estou pronta para voltar. Resolvo isso amanhã.

Segurei seu queixo e a fiz olhar para mim.

- Queria que você ficasse aqui para sempre. Mas amanhã de manhã eu preciso encontrar os meninos, para escrevermos. Tem um cara que planeja nos lançar na rádio. Ele quer novas músicas. Você não precisa ir embora. Pode ficar aqui. Eu só preciso fazer umas coisas.

Ela franziu o lindo nariz.

- Nem pensei que poderia estar atrapalhando o seu trabalho. Vou embora amanhã de manhã. Tenho que trabalhar.

Trabalho.

Eu odiava aquele maldito trabalho.

- Posso ser mais divertido que o trabalho - Falei, virando-a de costas, fazendo com que ela desse um gritinho de surpresa e engatinhando para cima dela.

- Está falando isso por causa de Jack? - Perguntou ela, olhando para mim.

- É claro que sim.

Mia riu e bateu no meu peito.

- Eu não quero nada com Jack. Acho que deixei isso bem claro hoje. E em todos os poucos dias que trabalhamos juntos.

Eu confiava nela. Mas queria que Jack soubesse.

- Certo, tudo bem. Vá para o trabalho, mas se eu ficar lá até seu horário de saída, não fique irritada.

Ela arregalou os olhos.

- Você não faria isso.

Eu me aproximei para beijar o canto de sua boca.

- Sim, meu Anjo, faria.

Amor Entre CordasOnde histórias criam vida. Descubra agora