prologo

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Monterrey, ano 1978

  México, país de paixões, histórias de luta e liberdade, terra de homens e mulheres de valor, é capaz de conquistar todos que o conhecem pela primeira vez.
   Numa modesta casa, num bairro não muito rico, uma mulher está a horas tentando dar a luz a sua criança. O parto é difícil, mas a parteira está fazendo o possível para que tanto a mãe quanto o bebê nasçam bem. Após duas horas quase intermináveis de parto, nascem duas meninas deixando ambas surpresas.

- Meu Deus duas meninas, ele vai tira - las de mim Soledad...

- Não se precipite minha amiga, você não  precisa se preocupar Paula, eu tenho um plano.

- Que plano? Ele vai arrancar minhas filhas de mim!

- Ele não sabe que nasceram duas crianças, de modo que ele precisa saber apenas da existência de uma... A outra ficará com você menina boba.

- Mas e se ele descobrir?

- Não vai, eu entregarei a criança pessoalmente, Monterrey é uma cidade grande, e além do mais rico do jeito que ele é provavelmente vai voltar para a cidade do México.

- Mesmo assim perder minha filha não será fácil...

- Conforme - se Paula, é como diz o ditado "melhor um pássaro na mão que dois voando..." E além do mais sinto que vocês duas ainda vão se ver.

- É o seu sangue índio falando?

- Não sei, é apenas intuição, eu acho...

                    ***

- Vejo que Paula não pôde vir...

- Como queria que ela viesse depois do parto difícil que teve? - Entrega a recém nascida; nenhuma mãe merece perder um filho assim...

- Minha esposa e eu precisamos dessa criança Soledad, Paula sempre soube, eu nunca a enganei... Agora finalmente sou um homem completo.

  Soledad nada disse apenas o observou levar a menina para longe, mas em seu sangue mestiço, o de índio, lhe dizia que essa criança um dia voltaria para Monterrey.

- até a vista pequena menina...

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