identidade trocada

25. rivalidade no presidio (Paulina)

Presidio, Cidade do México

  Ouvi rumores de que uma nova detenta seria trazida para o presidio, parece que estava sendo presa por um crime antigo que não poderia ser prescrito, assassinato. Quando a nova detenta veio para cá me surpreendi era Leda.
  Para minha infelicidade ela ficaria na mesma cela que eu, ela estava desacordada, mas eu sabia que quando despertasse tornaria minha vida insuportável. Eu não estava errada, no dia seguinte assim que abriu os olhos e me viu ficou irada de raiva.

- O que está fazendo em minha casa usurpadora?

- Caso você não tenha notado esta não é sua casa, estamos no presidio e você foi presa pelo assassinato da primeira esposa de Carlos Daniel há sete anos.

- Como você sabe disso?

- Todas as pessoas do México sabem disso, saiu em praticamente todos os jornais, a única pessoa que está desorientada é você.

- Carlos Daniel me enganou; seus olhos cintilam de raiva - Mas já que eu não posso me vingar dele, vou jogar toda minha raiva em você.

  Leda parte para cima de mim com sangue nos olhos, mas sou mais rápida e consigo me desviar e acabo derrubando - a no chão.

- Eu não sou tão tola quanto pareço Leda.

- Eu vou transformar sua vida aqui num inferno.

- Não tenho medo de suas ameaças.

- Mas deveria ter.

  Leda fez de tudo para me encrencar com todos, mas não deu certo, elas me conheciam muito bem, tanto as guardas, quanto as detentas. Mas mesmo assim ela conseguiu fazer com que eu fosse levada para a solitária, pois eu lhe dei uma surra. Lucero me levou até a solitária.

- Estamos fazendo isso para você não se complicar com Miguel Arango, diretor do presidio, que apesar de amigo dos Bracho não tolera violência aqui dentro e provavelmente te aplicaria uma punição mais severa.

- Obrigada Lucero, mas você sabe como a Leda é e eu não tenho sangue de barata.

- Controle - se Paulina amanhã você vai receber a visita de uma advogada para te defender daqui há dois meses no tribunal.

- E quem seria?

- Uma tal de Celine Bracho.

  Não fiquei muito animada com tal perspectiva, considerando que ela era a esposa de Rodrigo. Mas no dia seguinte não aconteceu nada do que eu esperava. Na sala de visitas ela me esperava sentada.

- Sei que não confia em mim o que é natural, considerando as atitudes de meu ex marido; vê minha surpresa - Há anos Rodrigo e eu não vivemos como marido e mulher eu amo outro homem e é por ele que estou aqui.

- Você está apaixonada pelo Carlos Daniel?

- Não, eu estou com o Willy e ele me pediu para te defender, eu já era advogada antes de me casar com o Rodrigo e além do mais com certeza vou ganhar esse caso.

- Como pode ter tanta certeza?

- Eu tenho uma forte testemunha que está do seu lado, fora a melhor amiga da Paola, Lalinha.

- Quem é a outra testemunha?

- Ela pediu sigilo até o dia da audiência, acho que quer fazer uma pequena surpresa.