6. não houve escolha (Paulina)

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Monterrey

  Após ouvir a proposta indecente daquela mulher tão famosa tive que sair correndo do hotel caminho das águas, eu não poderia compactuar com algo tão sórdido. Quando cheguei em casa depois do expediente estranhei o fato de encontrar Soledad em casa.

- O que houve Soledad?

- É melhor se sentar; eu me sento no sofá - Sua mãe acabou de falecer, eu sei que a notícia não é boa, mas ela simplesmente não aguentou esperar... Pelo menos ela morreu feliz com uma notícia muito boa.

- Minha mãe... Eu não sei o que será de minha vida...

- Deus em sua extrema bondade jamais desamparou um de seus filhos... Tenha certeza que ele não te esqueceu.

                       ***

  Após o rápido enterro de minha mãe, fui sair para passear um pouco enquanto Soledad foi para casa de sua filha Maria. Chegando em casa a polícia me espera há uma denúncia contra mim, roubo de uma pulseira que por acaso foi encontrada no meu  quarto no meio de meu colchão.
  Eu fui levada para a delegacia onde Paola me esperava, ela pediu para falar a sós comigo, ao que tudo indicava a pulseira era dela. Sozinha com ela resolvi me defender.

- Senhora eu não roubei sua pulseira...

- Sei disso... Eu mandei colocar a pulseira em sua casa.

- Por que?

- Para que aceite minha proposta, se fizer o que lhe proponho retiro a queixa roubo além de lhe pagar uma boa quantia em dinheiro...

- Não posso deixar Monterrey...

- Depois da morte de sua mãe você ficou praticamente sozinha... Além disso você ainda quer ser presidiária?

- Mas...

- Aceite logo, eu não tenho muito tempo... Muito menos você...

- Eu aceito...

  Ela retira a queixa, e me leva para seu hotel onde segundo ela eu me transformaria em Paola Bracho...

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