14. a verdade e suas nuances (Carlos Daniel)

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Milão, alguns dias antes

Eu estava desconfiando de que algo estava errado com minha esposa, de modo que pedi que Leda pegasse alguns fios de cabelo dela. Essa mulher que desfilava poderia ser qualquer uma menos a minha Paola. Ela me entrega um envelope pelo seu semblante creio que ela sabe o conteúdo do envelope.

- Ela não é a Paola Carlos Daniel, o que você vai fazer?

- Enquanto não sairmos de Nova Iorque não poderemos fazer nada, e eu redigi um contrato com o nome de Paola se eu quebrar o acordo pagarei em euros e dólares e creio que iria a falência.

- Mas...

- Me prometa que não dirá nada Leda, se não quem vai acabar se prejudicando sou eu e toda a agência.

Ela confirma, mas a verdade era que eu não estava nem aí para o contrato em si, essa nova Paola que vi no papel se tratar de uma tal de Paulina, me fascinava... Ela me contrariava muito mais que minha esposa, meu sangue bombeava mais rápido, eu me sentia vivo de novo.
Agora viajando para Nova Iorque, a observo dormir na poltrona do lado da minha e vejo que algo em mim renasceu, um fogo que queima sem jamais arder... Paixão pura e simples.

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