identidade trocada

3. a solução para todos os meus problemas (Paola)

Paris, dois dias antes

O desfile em Paris foi muito concorrido, todas as modelos eram boas, mas como sempre eu acabei me destacando... Estou removendo a maquiagem quando meu telefone toca, eu pensava que era Carlos Daniel, mas na verdade era Douglas Maldonado.

- O que você quer?

- Olá minha linda Paola Bracho, liguei apenas para desejar - lhe facilitações pelo desfile...

- Você não ligou somente para isso, o que você quer?

- A verdade; sua respiração acelera - É que eu estou completamente apaixonado por você Paola desde que a conheci há seis anos, não consigo tira - lá da cabeça, fuja comigo e esqueça seu marido pegajoso...

- Eu o amo muito Douglas não posso fazer isso...

- E ele também te ama ou apenas a quer como uma esposa troféu? - Me calo; se ficou calada é por que sabe bem no fundo de sua alma que Carlos Daniel jamais te amou ele a quer apenas como um troféu para exibir ao público, uma amante para as noites frias e uma mãe em tempo integral para os filhos dele... Preciso desligar agora, mas se mudar de ideia ligue para mim...

Depois de dizer isso desligou o telefone, será que de fato Carlos Daniel me enxerga dessa forma descrita por Douglas? Lalinha já havia me dito isso antes no dia em que me casei com Carlos Daniel  há oito anos... Foi amor a primeira vista, pulamos todas as etapas e fomos direto para o casamento. Um homem dez anos mais velho viúvo, com duas crianças, uma avó alcoólica, e uma irmã histérica, uma bela receita para o desastre.

Oito anos antes

Estou numa balada qualquer em New York, estou de férias da faculdade de moda que faço em Madrid. Está tocando Julio Iglesias, corazón apaixonado, quando ele aparece o homem mais lindo que meus olhos já viram, ele veio para perto de mim e disse que eu era a mulher mais linda do mundo. Conversamos, marcamos encontros e quando dei por mim estava casada.
Carlos Daniel foi meu primeiro amor, amante, com ele aprendi as delícias do sexo, mas agora quando me lembro de seu ciúme que beira a possessividade, não sei por que ainda estou com ele. Lalinha apareceu no meu camarim com um buquê de rosas vermelhas.

- São do Carlos Daniel?

- Não, são de um tal de Douglas Maldonado.

- Carlos Daniel não ligou?

- Eu sinto muito Paola, mas ele não ligou, mas ânimo amanhã estaremos em Monterrey...

- Você e meu primo Luciano se casarão quando?

- Assim que chegarmos em Monterrey...

- Felicidades...

Ela me dá um meio abraço, e eu fico pensando na proposta de Douglas Maldonado.

***

Monterrey, minutos antes

Estou caminhando com Lalinha nas ruas onde ficam localizadas as lojas de roupas quando sinto necessidade de ir ao toalete. Ela me espera do lado de fora, a loja é maravilhosa feita para mulheres ricas como eu.
Faço minhas necessidades, e vejo que meu batom necessita de retoque, então vou o arrumar. No momento em que estou terminando de retocar meu batom vejo uma uma mulher que poderia muito bem se passar por mim, se não fosse pelo cabelo comprido dela. Ela nota nossa semelhança e dizemos ao mesmo tempo:

- Não pode ser...

- Menina venha aqui - digo; você se parece muito comigo - Ficamos na frente do espelho; qual o seu nome?

- Paulina.

- O meu é Paola Bracho; entrego - lhe meu cartão; nesse cartão está o numero de meu telefone particular, me procure se precisar de dinheiro extra eu tenho um serviço pra você.

- Está bem senhora.

Eu saio deixando essa tal de Paulina pensativa. Lalinha me espera, eu contei para ela sobre Douglas, e ela apoiará o que eu decidir, e sim eu quero viajar com ele. Saindo da loja encontro Lalinha impaciente.

- Por que demorou tanto?

- Acho que encontrei a solução para todos o meus problemas.

- De que você está falando?

- Se tudo der certo amanhã você ficará a par de tudo.