Sorry, father.

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Harry abraçou Katherine um pouco mais forte e deu um singelo beijo em sua testa, sendo a resposta da garota um sorriso involuntário. Chovia bastante lá fora e o som era relaxante.
Harry não queria falar sobre o dia, muito menos sobre os problemas que estavam ocorrendo. Katherine não podia se frustrar, queria confortar a esposa. Já ela não queria fazer perguntas, queria apenas Harry: sem títulos, coroa, reino... apenas Harry.


— Durma bem, meu amor. — disse o garoto antes de apagar a vela na beira da cama.


— Você também, amor. — sussurrou e se escondeu dentre as cobertas, se aconchegando para dormir.


Escondidos dentre a vasta mata, homens revezavam para observar o castelo. A posição de cada soldado era marcada e repassada, enquanto alguns, lá atrás, montavam as estratégias perfeitas para o plano.


Louis foi até a sala de tronos e, pelo caminho, subornou guardas para que não abrissem a boca. Abriu a porta devagar para que nenhum barulho fosse feito e, assim, adentrou no cômodo. Um sentimento de felicidade tomou o menino, que, sorrindo, caminhou até o trono e se sentou no mesmo. Seus olhos, claros como o céu, estavam mais escuros que o normal.


— Esse lugar combina perfeitamente comigo... — sussurrou, tendo uma ampla visão da sala. — nunca mais irão me olhar baixo, agora, terão de levantar a cabeça pra mim.
O homem passava dias e dias se imaginando naquela posição, já era rotineiro. Seus devaneios consistiam em ver ele mesmo erguendo a cabeça de seu irmão e tomando posse. Os plebeus, todos gritando seu nome e o saudando, toda a nobreza e riqueza de um rei... ele se via apto.

 Apto a viver tudo isso, conseguir o amor do povo, receber seu título.


Ele se levantou e caminhou até a porta, parou frente da mesma e olhou para trás.


— Só mais algumas horas...
E saiu.


A manhã veio e, com ela, muito trabalho para Harry, que procurava arrumar um meio de abastecer as regiões mais afastadas com água e comida. Ele estava revirado em papéis, mapas e discutia com alguns soldados.


— Acredito que a melhor forma seja abaixar os impostos, Majestade. Pelo menos nessa região — Steve opinou, apontando no mapa.


Absortos naquilo, não estavam nem um pouco preparados para os minutos seguintes.


— MATEM!!!! — Gritou um dos soldados, enquanto se espalhavam para evitar a entrada dos homens.


Centenas de homens com vestes escuras e armados partiram para cima, tentando invadir o castelo. Do alto, flechas eram atiradas. Uma gritaria incessante começou, bem como um rastro de sangue no chão, que começou a ser feito.


Os franceses adentraram no castelo por diversos meios, para que assim, todos estivessem encurralados. O sino de alerta foi tocado e, assim, Harry entrou em alerta.


— PROTEJAM O REI!!!!! — ouviram os gritos vindos do corredor. Harry se levantou rapidamente e largou todos os pergaminhos que segurava, um arrepio percorreu por sua espinha e tentou ao máximo manter a calma.


Os generais que estavam com o Rei prontamente de levantaram e partiram para a ação: enquanto um saia para conferir a situação, os outros dois começaram a escolta. Harry segurava na bainha de sua espada e tinha passos lentos.


Saíram da sala do trono e foram em direção ao final do corredor, porém, foram surpreendidos por 5 invasores.


De prontidão, os generais ergueram as espadas e partiram para o ataque. Harry não hesitou em estancar sua espada no estômago de um deles, girando a espada e a retirando com força. O homem caiu de imediato, e uma poça de sangue foi formada em volta do mesmo, assim como os outros, que estavam dilacerados.

The Kingdom [H.S] [PT/BR]Onde histórias criam vida. Descubra agora