|CAPÍTULO 41|

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(Sem revisão)

Júlio

Receber o convite da minha namorada para sair foi realmente inesperado. Lis estava mais envolvida com Helena e eu entendia que sua atenção a mim não poderia ser maior do que ela dava a nossa pequena.

Eu venho tentando ajudar em algumas coisas, como dar banho, trocar fraldas. Porém, quando tem que alimentar, aí já é com a mãe.

Depois do nascimento de Helena eu consegui arrumar um apartamento juntamente com um amigo meu e assim, saí daquele furdunço que era a minha república. Mas confesso que sinto saudades dos meus amigos, das nossas festas. Porém, entendo que hoje a vida é outra e eu escolhi isso.

Assim que termino de dar banho na pequena, corro para o banho, faço a barba, me perfumo todo e me arrumo para esperar a minha namorada.

A fico esperando na sala e enquanto ela não chega, converso com meus pais.

- Vocês irão para onde, meu filho? - Meu pai pergunta

- Ainda não sei, pai. Pensei em um jantar - respondo

- É uma boa opção, claro. Mas e depois?

- Depois eu não sei. Queria dar uma esticada, aproveitar que Lis está animada, mas e se ela não estiver pronta... se é que o senhor me entende

- Se você não conversar com ela, nunca saberá - ele me repreende

- É verdade, pai. Para te falar a verdade, quase nunca conversamos sobre nosso relacionamento. Geralmente falamos o que incomoda depois que já estamos saturados

- Este é o problema, meu filho. Porque acha que sua mãe e eu estamos casados a tanto tempo? CONVERSA. Sempre conversamos sobre tudo. depois que você nasceu, decidimos que seria único filho, pois queríamos aproveitar você e depois queríamos aproveitar um ao outro.

- Eu sei, pai. Mas relacionamentos são complicados. O meu não aconteceu de uma forma normal. Veio a gravidez e aí começamos a namorar. Veio a responsabilidade antes e aí a gente não se conhece bem... - divago

- Me responde uma coisa, meu pai franziu a testa, você gosta dessa moça ou está com ela por conta de Helena?

- Eu a amo, respondi sem pestanejar só acho que não sou correspondido da mesma forma.

- Hum... ele grunhiu, é complicado, meu filho. Você terá que ser paciente e a conquistar aos poucos. A atenção dela neste momento será em cima de Helena. Se você não a ajudar, com certeza não irá conquistá-la.

- Eu sei, pai. Estou fazendo o que posso.

- Faça também o que não pode. Mulher se conquista com ações e se você não for um companheiro que a ajuda, nenhum amor que ela possa sentir por ti irá superar, e pode ter certeza, você levará um belo pé na bunda.

- Credo, pai. Por que está falando desta forma comigo?

- Porque você precisa assumir que é pai, mesmo a ajudando, precisa terminar seus estudos que já está atrasado, precisa arrumar um emprego. Ficar por conta de mesada não é legal.

- Eu sei, pai...

- Sabe mas não faz nada para mudar isso. Nós nunca iremos lhe abandonar, mas Lis é formada, trabalha, e é independente. Ela sabe o que quer e o que não quer.

Fiquei pensando no que meu pai me disse e ele está certo. Eu tenho que deixar de farra. Apesar de eu já ter melhorado, sinto que preciso ser mais focado nos estudos e em minha família agora.

Nem o tempo Apaga - Livro 1 (Concluído) - Sem revisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora