Nem o tempo Apaga - Livro 1 (Concluído) - Sem revisão

|CAPÍTULO 12|

|Antony|

Encontrar com Lis aqui e acompanhada despertou em mim sentimentos estranhos. Quando tivemos a oportunidade de ficar e ter uma chance, eu não aproveitei e pelo visto, ela nem se lembra mais de mim. Observo que ela está na pista dançando com aquele Pedro e está feliz e eu não tenho o direito de atrapalhar. A festa continua mas para mim perdeu a graça. Não estou gostando de ver os dois dançando juntos e se eles resolveram se beijar? Aquele rapaz não me engana, ele está afim de Lis. E quem não estaria? Ela é linda. Decido que é hora de ir e vou me despedir da rapaziada ,porém, a vejo saindo de perto de todos, e indo em direção ao banheiro. Não me contenho e vou atrás, resolvo que é hoje que irei resolver esta confusão de sentimentos que está em meu coração.

Quero apenas falar com ela. Como se aqui fosse o lugar, mas eu não vou conseguir ficar sem vê-la de perto. Me encosto em uma parede atrás do banheiro feminino apenas aguardando que ela saia e assim que ela saiu, ajeitando seus lindos cabelos, a chamei.

- Lis, espere. - Ela me olhou incrédula, não estava entendendo nada

- O que você quer comigo, Antony. Preciso voltar para meus amigos. Você não tem o direi...

Não dou a ela a chance de falar e a agarro com todas as minhas forças, beijando em sua boca. A beijo com intensidade e desespero. A aperto para sentir o que perdi por todos estes meses. Lis me nega no início mas depois acaba se envolvendo junto comigo. Acho que ela percebeu que poderia estar agindo de forma errada e do nada, me empurra e me fuzila.

- Por que, Antony?

- Não sei Lis. Apenas precisei de você - Digo e realmente é verdade.

-A gente não precisa disso. Não quero atrapalhar sua vida, então por favor, não bagunce a minha.

- Eu sei, Lis. Me desculpe.-Digo chegando mais perto e encostando minha testa a dela. Fecho os olhos, seguro a sua cabeça sem forçar. Só quero sentir este momento. Lis segura em minha cintura e é possível ouvir nossa respiração mesmo com a música alta. Abro meu olhos e lhe dou um selinho e ela fecha os olhos. Descolo nossas bocas e a olho.. Nosso olhar se encontra e eu a abraço. Estou uma confusão danada de sentimentos.

- Lis, me perdoe. - Falo a olhando nos olhos.

- Se foi pelo o que aconteceu, não há o que perdoar.

- Não é pelo o que aconteceu, mas sim pelo o que farei agora.

- O que você vai fazer? - Fala arregalando os olhos.

Nos afastei um pouco e segurei em suas mão, puxando-a em seguida.

- Venha, não me pergunte nada, por favor. Só venha comigo. Não se preocupe que você voltará para cá. - Lis ficou incrédula me olhando, mas não se opôs. A puxei para fora do bar, saindo pelos fundos e em silêncio. Caminhei em direção à minha caminhonete e abri a porta do carona para ela. Ela não diz nada, somente olha, ainda sem acreditar. Lis se acomoda e eu vou para o lado do motorista. Dou a partida e sigo nem sei para onde, estou sem rumo e em silêncio. Quando percebo, fui em sentido ao sítio de Theo, onde tem uma pequena estrada deserta. Então estaciono a caminhonete, desligo e me viro para ela.

- Oi! -Digo sem saber de fato o que falar.

Ela nada diz, apenas me olha.

- Estamos aqui novamente. - Falo quebrando um pouco o clima.

- E para que você me trouxe aqui? Tá afim de provar o quê, Antony? Você me trouxe aqui para reivindicar a foda não terminada? - Ela perguntava e seu tom de voz aparentava raiva e um pouco de tristeza.