|CAPÍTULO 67 |

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(Sem revisão)

Lis

As vezes pensamos que quando tudo está bom demais, tem que desconfiar. Era assim que eu estava.

Quase dois anos com ele e estava tudo perfeito.

A minha saúde estava bem melhor, a adaptação minha e de Helena estava caminhando bem. Eu estava adorando trabalhar com ele e enfim, quase não brigavamos.

Nossas brigas eram bestas demais, como brigar pela desorganização da casa, coisas fora do lugar...

Antony mostrou-se ser um marido preocupado, amoroso, carinhoso com a minha filha e ela o adorava também.

Nossa relação com Júlio e a família dele era tranquila e isso não há dinheiro que pague.

Nas férias, Helena ia para lá e meu marido e eu aproveitavamos.

Depois que voltei ao médico e tive resultados positivos com relação ao meu tratamento, procurei um novo ginecologista aqui em minha nova cidade e demonstrei intenção de engravidar. O médico me pediu alguns exames e me explicou que a minha gravidez, caso ela viesse, deveria ter um acompanhamento mais assíduo, uma vez que eu ainda estava com algumas medicações, mas que com cuidado tudo daria certo.

E foi tudo no tempo mesmo.

Eu não tomava remédio há um tempão e estava apenas na tabelinha e camisinha nos dias férteis. Estava dando certo.

Provavelmente não usamos o preservativo em um dia fértil, ou a medicação que eu usava agora era bem mais leve e nisso não inibiu a minha ovulação. Não sei ao certo, mas a questão é bom eu estava grávida.

Num primeiro momento eu assustei... Decidi guardar isso até eu ter certeza que estava tudo bem, pois a nossa rotina em relação ao sexo em quase dois anos era a mesma, o que mudou foi a medicação. Não forçamos nada.

Fiquei feliz.

Voltei depois de um tempo no médico que me pediu exames de rotinas de gestante e estava tudo ok.

Após algumas semanas eu fui fazer o ultrassom. Chamei a dona Marisa, secretaria de Antony para ir comigo. Apenas ela sabia.

Na verdade, ali naquela cidade ela era a minha única amiga.

Minha mãe vinha quando dava e minha sogra também. Mas eu sentia falta.

No exame, tivemos a surpresa que seriam gêmeos.

A euforia tomou conta.

Tive a certeza que estava tudo bem e então, decidi contar a todos

Primeiramente, comprei uma surpresinha para meu marido.

Em casa, conversei com Helena e contei que ela teria irmãos.

Minha pequena chorou de felicidades e queria contar para todo mundo, mas a convenci a contar primeiro para o Tio.

Assim que ele chegou e foi tomar seu banho, combinei com Helena de entregar a ele a surpresa.

Ela estava mais ansiosa que eu. Não sabia se ele iria gostar da novidade.

Mas assim que ele abriu a caixinha com os sapatinhos e lhe contei que eram gêmeos, ele ficou doido. Me abraçou, chorou, apertou Helena...

Uma felicidade sem fim.

- Eu estou tão feliz, Lis! - ele disse

- Eu também. Só te peço que não fique bravo comigo, pois já tem um tempo que eu sei, mas fiquei com medo de algo dar errado. Aí eu esperei os exames de pré natal ficarem prontos e o ultrassom para enfim poder lhe contar

Nem o tempo Apaga - Livro 1 (Concluído) - Sem revisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora