|CAPÍTULO 59|

1.5K 183 4
                                    

(Sem revisão)

Lis

- Minha filha, não entendi o motivo que fez você expulsar aquele rapaz daqui. Vocês não se gostam? - minha mãe fala assim que Antony sai

- Não é tão simples assim, mãe. Ele não teve coragem de me assumir há anos atrás. Fugiu bastante. Vir agora pagando de bom moço não muda o que ele fez

- Não muda, mas ele está disposto a mudar as atitudes. Se você gosta dele, tente dar uma chance

- Tenho que me resolver com Júlio primeiro...

- Resolver o que? vocês terminaram

- Eu terminei com ele, mas ele ainda é insistente. Se eu resolvo assumir algo com Antony, ele vai achar que tinha algo com ele...

- Lis, se toca... O que importa agora é você acertar com Júlio sobre sua filha. Não deixe respingar nela a mágoa que vocês sentem. Você gosta daquele rapaz, ele gosta de você, você se separou... Seu noivo saiu de casa... Vai ser feliz, minha filha

- Por que está ajudando Antony, mãe?

- Não estou ajudando ninguém. Eu só acho que ele te ama e que você sente isso por ele também. Sempre achei Júlio seu parceiro, um bom pai, mas você nunca o amou. Eu deixei de te apoiar quando você mais precisou e estou tentando agora te apoiar a decidir ser feliz

- Eu amei o Júlio sim, mãe...

- Não amou, Lis. Se vê em seus olhos

- Eu tenho medo...

- É normal minha filha. Mas ja se passaram tantos anos, ele parece que realmente mudou, quer ser feliz com você

- Mas se eu resolvo ficar com ele, o que as pessoas vão falar de mim? Mal me separei e ja estou com outro

- Lis, você não tem que que se preocupar com o que as pessoas falam. -Nós, a sua volta que sabemos o que de fato acontece. Ninguém paga as suas contas

Minha mãe está certa. Eu sempre o amei, não há o que negar. Porém, ainda preciso ter mais confiança em seus sentimentos e em suas intenções. Até lá, preciso ser sincera com Júlio, se algo que tiver que acontecer, eu devo contar a e não outra pessoa.

Naquele dia, ele não me ligou, eu arrumei as coisas e no dia seguinte, ficaria por conta de resolver as burocracias do carro.

E assim foi. Lael e eu corremos atrás de despachantes, fomos ao banco e enfim, tudo resolvido. Meu carro estava no jeito para ser retirado da concessionária.

Assim que me entregaram a chave, eu não aguentei... Chorei, como uma criança. Eu estava realizando um dos meus desejos. Apesar de tarde, eu havia conseguido.

Peguei as chaves, joguei no GPS que havia no carro o endereço do apartamento, e fui dirigindo.

Dei umas barbeiradas, é claro. Eu dirigia bem, mas sempre estranhamos carros diferentes. E eu só sabia dirigir o carro de Júlio. Esse agora era meu!!

Peguei a minha mãe e Helena e juntamente com Lael, fomos comemorar no shopping,

Após aquele dia cansativo, fomos dormir pois voltaríamos para JF cedo e o mais animador, no meu carrinho novo.

Assim que acordamos, colocamos as coisas no carro, ajeitamos o apartamento para deixá-lo limpinho e descemos para a garagem.

Quando perguntei se estava tudo pronto, minha mãe negou com a cabeça

- O que foi, mãe?

- Minha filha, te amamos muito, muito mesmo, mas não tenho coragem de ir contigo dirigindo ate JF.

Nem o tempo Apaga - Livro 1 (Concluído) - Sem revisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora