|CAPÍTULO 15|

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(...)

Mal consegui dormir esta noite pensando em minha índia. Apenas a lembrança dela me deixa impaciente. Não sei como será este final de semana com ela. Desejo profundamente que tudo dê certo. Assim que me levanto, vou direto a casa de uma tia minha, ela é uma doceira de mão cheia. Liguei para ela ontem e encomendei alguns quindins com bastante coco. Lis comentou comigo quando saímos a primeira vez que ela era louca por este doce. Confesso que nunca havia experimentado, mas só de ela falar eu experimentei e ele se tornou o meu predileto também.

Pego os doces e já deixo na casa de Théo. Ele ainda não saiu mas deixou sua funcionária organizando as coisas para mim. Pedi a ela para organizar uns arranjos de flores, sei que ficará mais enfeitado e bonito.

Theo está toda hora me zuando, me chamando de bobo, mas que seja, quero agradar a minha índia. Merecemos um momento de paz.

Resolvi me arriscar na cozinha e agradá-la. Deixei as coisas no jeito e na hora seria rápido preparar. Ela me confessou que adora comer e por isso, creio que será mais uma surpresa para nossa noite. Eu achei bom seu gosto e mesmo não sendo muito fã de cozinhar, fiz este pequeno sacrifício. Consegui com o Felipe o telefone da patroa doida dela, liguei me apresentando e pedi sigilo, queria uma dica de um presente. Notei que ela é louca mesmo, mas gostei, sua dica será muito bem vinda para meus planos.

A maluca já comprou e só me pediu para pegar e pagar. Ela quase enfia a faca em minhas costas.. Mas a minha índia merece. Depois de tudo pronto, sigo para JF e ao chegar, passo para pegar o presente de Lis e vou a espera dela até terminar seu horário de trabalho. Lhe envio uma mensagem de texto dizendo que já lhe espero. Agora é só aguardar.

(...)

Olho no relógio e já são 13:20. Ela está atrasada e minha ansiedade está quase me matando. Penso em ligar mas em seguida a vejo caminhando até meu carro e fico paralisado. A vendo, eu consigo entender a diferença entre ela e Bianca. Até no seu jeito de vestir, Lis é simples e ao mesmo tempo sexy.

Com uma saia estampada não muito longa, e essas blusas curtas da moda na cor azul, ela vem para foder todo meu juízo. Ela chega devagar, e eu saio rapidamente para abrir a porta do carona para ela. Nossos olhares se encontram e eu não falo nada. A tomo para mim beijando seus lábios e ela retribui. É um beijo casto e envolvente. Nos desgrudamos e ela sorri envergonhada.

- Você está com fome - Digo pois eu estou faminto.

- Estou sim. Qual será a programação? - Ela me pergunta ainda com vergonha mas me olhando com seus olhos brilhantes.

- Pensei em almoçarmos por algum restaurante aqui mesmo, depois seguimos para o sítio, o que você acha? - Dou uma piscadinha.

- Ótima ideia.

- Bom, então, me indique algum. Qual você mais gosta?

- Hum, vamos ao restaurante do Shopping mesmo. Já estamos por perto. O que você acha?

- Você quem manda, índia. Vamos.

Seguimos para o shopping e sentamos no restaurante onde o cardápio é variado. Opto por churrasco e ela me acompanha. A menina come, mas isso me dá gosto, odeio mulher com frescura. Estamos em um papo embalado quando escutamos uma voz conhecida. Olho para Lis que já está sem seu sorriso no rosto e eu também fecho a cara. Vou me virando aos poucos e vejo Bianca. A encaro.

- Olá, casal! Estão bem? - Ela diz com seu tom sarcástico e um sorriso irônico no rosto. Olho novamente para Lis que abaixa a cabeça e volto a olhar Bianca.

- Oi Bianca, como estás? - Pergunto mesmo sabendo que ela está puta. Acabo pensando que é melhor mesmo que ela nos veja. Não há possibilidade de ficar sem Lis . Negá-la é ruim demais. Bianca então perde sua pose e dispara.

Nem o tempo Apaga - Livro 1 (Concluído) - Sem revisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora