2 - Corrupção (Parte II)

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— Tá bom, tá bom

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— Tá bom, tá bom. Ok. Certo. Obrigado. — O celular de Henrique vibrou enquanto ele encerrava a chamada e o voltava para o bolso, fitando a parceira de equipe. — O álibi do Pedro está confirmado. Ele estava mesmo em Miami no dia do "suicídio" do empresário.

— Claro que ele estava. — Elaine parecia inexpressiva. Comprimia o cabo do guarda-chuva, protegendo a ela e a Henrique da chuva. — Você achou mesmo que um dos maiores agentes do futebol sujaria as próprias mãos? Esse povo contrata outros para fazer o serviço sujo.

— Se ele estiver mesmo envolvido. — Henrique segurou a porta de entrada da ASIRP para Elaine; o sistema automático não estava funcionando direito naquela semana.

Assim que passaram pelo Controle de Armas, o qual, para surpresa de Henrique, estava sendo feito à mão pelo estagiário, a dupla seguiu em direção à ala das equipes.

— Ele está envolvido com alguma coisa. — Elaine insistiu, fechando o guarda-chuva. — Tenho certeza.

— Só porque ele é um agente, não significa que é corrupto.

— Ah, verdade. Esqueci. — Elaine tossiu, lançando-lhe um olhar por cima do ombro. — Você não vai conseguir ser imparcial nesta investigação.

— Por que não? — A pergunta partiu de Dante, sentado em frente ao computador. Ele batia nas teclas com força, irritado. — Merda, acho que está porcaria quebrou de novo.

Elaine riu.

— Por causa do novo amor da vida dele.

Henrique revirou os olhos, tocando sua jaqueta deixada no espaldar da cadeira. Ela havia ficado ali. Por isso não a encontrara.

— Não é para tanto.

— Meu Deus. Meu Deus. Meu.Deus. Léo Santos? É você?! Nossa, nossa, sou seu maior fã! — Elaine zombou em um tom ofegante e admirado, imitando a voz de Henrique enquanto batia os cílios e saltava pelo chão. — Não acredito que é você mesmo! Meu Deus! Você é o Léo Santos?! Nossa, eu te amo. De verdade. Podemos casar aqui e agora. Elaine, por favor, me belisca para eu ver se não estou sonhando. Caralho. Léo. Santos.

Henrique se jogou em sua cadeira, encarando-a.

— Eu não disse... Tudo isso.

— Ah, qual é. — Ela agitou a mão no ar, se sentando. — Você parecia minha filha em dos shows daquelas bandas de K-pop.

— Calma, calma, calma, calma. — Dante se colocou em pé, os olhos arregalados. — Você conheceu o Léo Santos?! Pessoalmente?!

Com um sorriso satisfeito, Henrique sacou o celular e abriu na foto que era o plano de fundo do aparelho.

— Ele veio para o funeral do empresário.

Ponto Cruz | DEGUSTAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora