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·• 𝑡𝑒𝑒𝑛!𝑙𝑜𝑐𝑘 •·


— Sherlock, estamos aqui — Molly exclamou animada balançando a mão no ar a fim de chamar a atenção de Holmes.

Greg e Molly estavam animados para a noite de sexta, como sempre. Já Sherlock se obrigou a ir, a sair de casa, a viver. A vida não podia acabar por causa do fim de um relacionamento, podia?

Sherlock sentia que sim.

— Você vai precisar se animar, pelo menos hoje — Greg disse puxando Sherlock pelo pulso o forçando a acelerar o passo.

Assim que os três amigos entraram no pub, o clima de festa tomou conta de dois deles.

— Vai querer beber o quê? — Greg perguntou com entusiasmo.

— Cerveja. E você, Sherlock? — Molly disse.

— Pode ser.

Sherlock estava visivelmente desconfortável com toda aquela situação. Aquilo não estava o ajudando a esquecer. Pelo contrário, ele podia ver John em todos os lugares. Tudo o fazia lembrar-se dele, e essa era uma coisa da qual ele não podia controlar.

— Olha, não fica assim. Isso vai passar. Talvez vocês voltem. Faz o quê? Um mês que vocês terminaram? — Hooper viu Holmes assentir, então concluiu:

— Vocês precisam de um tempo, isso é saudável. Tenta relaxar enquanto isso.

— Ele está namorando — Sherlock soltou em meio a um sorriso de descrença.

Greg e Molly se entreolharam surpresos.

— E sabe do que mais? Ele parece estar feliz com ela. Mais do que era comigo, pelo menos.

— Ela? — Hooper e Lestrade exclamaram em uníssono, mas só a garota continuou:

— Ele está namorando uma garota?

— Sim... Maria-alguma-coisa, ou algo assim.

— Você vai ficar bem, Sherlock — Greg tentara amenizar a tensão que o breve momento de silêncio causou. — Você vai superar também. Cada um tem seu tempo, entende?

— Como foi quando meu irmão te deu um pé na bunda para ficar com a Smallwood? — Sherlock perguntara irritado.

— Foi péssimo — Lestrade sorriu sem graça. — Mas eu estou aqui, não estou? Estou bem. Superei.

— Ah, ótimo — Sherlock disse com uma cara de espanto e logo os outros dois notaram que sua atenção já estava em outro lugar.

Seguindo seu olhar, eles puderam avistar John Watson do outro lado do pub acompanhado de uma garota loira, sorridente e simpática. Ela dissera algo que fizera o garoto sorrir. Holmes sentiu seu mundo desabar quando viu John sorrindo seu sorriso para outra pessoa.

Sherlock se levantou depois de perceber que John o vira e, sem se despedir, se colocou a caminho da saída.

Uma vez na rua, sentiu o ar fresco da noite beijar seu rosto e começou a andar na direção de um ponto de táxi próximo. Foi quando uma voz chamou sua atenção e fez suas pernas bambearem forçando-o a parar.

— Sherlock! Ei, espere — John disse enquanto dava uma pequena corrida na direção de Holmes.

Sherlock parou e não disse nada. Então John continuou:

— Você está bem? Te mandei mensagem esses dias, mas você não respondeu. Fiquei... preocupado.

— Ótimo — Sherlock disse com o melhor sorriso que podia.

— Eu acho que a gente precisa conversar.

— Não precisamos, John.

Sherlock ameaçou a ir, então John o segurou pelo pulso e insistiu:

— Eu não quero ficar longe de você. Eu realmente acho que podemos resolver isso.

— Você parece melhor agora, Jawn. Talvez seja melhor deixar as coisas como estão.

Sherlock sentia seu coração bater tão forte que temeu estar havendo um motim dentro de si. A mão de Watson em seu pulso não o incomodava, e ele queria que incomodasse. Ele queria não desejar tanto ter essa mesma mão tocando cada milímetro de sua pele.

— As coisas não são o que parecem. Eu posso te garantir.

Sherlock sorriu com indignação. Não podia acreditar que estava ouvindo esse clichê hetero ridículo vindo de John.

— Escuta, John, você quis terminar e eu te respeitei. Agora eu quero ir embora.

— Tudo bem. Mas eu posso te encontrar amanhã pra gente conversar?

Sherlock revirou os olhos em uma irritação quase genuína, então soltou:

— Ok, Watson. Pode dizer o que você tem a dizer.

— V— Vamos conversar no meio da rua? — John perguntou meio sem jeito, olhando para os lados e vendo que chamavam a atenção de alguns transeuntes.

— Não vejo problema algum — provocou.

Watson tomou fôlego como se a coragem viesse junto em um combo, então fechou os olhos e desatou a falar.

— Mary tentou me beijar. E me pediu em namoro.

— Tá... Eu realmente não preciso ouvir isso — Holmes disse interrompendo John, mas este insistiu:

— Não tenho certeza da ordem que os fatos aconteceram, mas eu sei que não é o que eu quero... Ela entendeu isso, estamos aqui como amigos... Sherlock, eu sei que eu te machuquei, mas ninguém neste mundo precisa mais de você do que eu; ninguém te ama mais do que eu te amo, Sherly.

Holmes engolira o choro e franzira o cenho. Lutava contra a vontade que crescia em seu âmago de agarrar Watson ali mesmo no meio de todas aquelas pessoas.

— Eu sei que você não vai me perdoar tão fácil — John continuou. — Eu fui um babaca, mas eu preciso que você saiba que eu vou estar aqui esperando por você, não importa quanto tempo demore.

Sherlock encarou John e, com um sorriso mínimo no canto da boca, lhe deu as costas e continuou sua caminhada até o ponto de táxi. John o observou se afastar sentindo o nó em sua garganta sufocá-lo, mas, de repente, Sherlock empacou e olhou por cima do ombro.

— Acho que podemos conversar melhor em casa, Jawn.


∾ · ⊹ · ∾


a minha mente olhou pra letra triste dessa música e disse kkkkkjsdjkj otária.

não foi premeditado; eu acabei fazendo dar tudo certo sendo que a música acaba com dor&sofrimento, mas eu amo quando esses dois largam mão do fogo no rabo pra ficarem juntos, então danese.

LET'S HURT TONIGHT ❪song!lock❫Onde histórias criam vida. Descubra agora