12.

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Donghyuck não sabia o que lhe havia dado para ter ido ao dormitório do mais velho, mas foi bom vê-lo. Uma sensação de alegria permanecia em si e ele sorria.
O sono parecia ter fugido e agora nem pregar olho conseguia. Suspirou e caminhou na direção da janela, ficando assim a observar o lado de fora dos dormitórios.

Naquela noite, tudo parecia tão calmo que Donghyuck se perguntou se estava no céu. O céu tinha incontáveis estrelas e entre elas, estava sua mãe. Sorria inconscientemente para o céu estrelado, até que ouviu a vibração do seu telemóvel.
Estranhou, pois era muito tarde para alguém o estar a chatear. Ligou a tela e viu a mensagem de Mark, o mandando abrir a porta.

— Ele não dorme? – sussurrou. Colocou o seu telemóvel em cima da cama e seguiu para a porta, abrindo logo de seguida. – O que faz aqui?

— Posso entrar?

— S-Sim... – abriu um pouco de espaço e o Lee entrou. – Mas porquê...?

— Não estou conseguindo dormir, e você? O que está fazendo acordado? – sentou-se na cama do mais novo.

— Olhando o céu. – deu de ombros e seguiu para a janela novamente. – Também não estou conseguindo dormir...

— Eu senti muito a sua falta enquanto estive fora daqui, sabe... – deu um sorrisinho. – Você não saiu da minha cabeça um minuto sequer, me senti extremamente culpado pelo que fiz e cara, você é alguém inesquecível.

— Lindas palavras, Minhyung! – sorriu, porém ainda de costas. – Mas esse sentimento ainda vai te incomodar muito...

— Mais? O que posso fazer para voltarmos a ser amigos? – levantou-se e se colocou atrás do menor. – Cara, eu não sabia que você me considerava tanto...

— Mas eu considerava e – virou de frente para o mais velho. – ainda considero, mas ainda dói! Muito!

— Me desculpa! – agarrou as mãos do pequeno. – Eu me sinto um idiota neste exato momento! – pequenas lágrimas começaram a rolar pelas bochechas de Mark.

— Você...

Donghyuck encarava o mais velho e o seu coração se apertou. Ver o mais velho ali chorando o encarando com uma feição super melancólica, o deixou mal de certa forma. Juntou todas as suas forças, deixou o seu orgulho de lado e abraçou o mais velho, esse que retribuiu de imediato colocando a sua face na curva do pescoço alheio.

— Eu te desculpo, Minhyung... – sussurrou.

Mark afrouxou o abraço e ficou a poucos centímetros do rosto do mais novo, esse que mordia o lábio de nervoso. Aproximou-se no intuito de o beijar, mas Donghyuck foi rápido e virou-lhe as costas.

— M-Mark... – Donghyuck disse.

— Desculpa, me deixei levar na vibe... – afastou-se um pouco mais do corpo alheio. – Mas quer saber uma coisa? Seus lábios são irresistíveis...

— Quer apanhar? – virou-se para o mais velho, levantando a mão num tom de brincadeira.

— Estou falando muito a sério! – sorriu.

— Você é muito safado, ok? – o mais novo riu, mas parou e fixou o seu olhar nos lábios de Mark que agora pareciam tão chamativos.

Mas ele não podia. Eles eram amigos...

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Dia seguinte e Mark estava dormindo em cima do tapete do quarto de Donghyuck com o edredão que supostamente devia estar na cama do mais novo e não ali. Levantou um pouco a cabeça e viu que o mais novo dormia profundamente coberto apenas com uma mantinha que não o cobria de todo o frio que estava naquela manhã.

Levantou-se de todo, voltando a deitar-se – porém desta vez, agarrado a Donghyuck. – e cobriu ambos os corpos com o edredão de galáxia que o mais novo tanto gostava. Supostamente também não era para Mark estar o agarrando, mas amigos fazem isso, não é? Então ele o fez e Donghyuck, agarrou a sua mão que estava na sua cintura, entrelaçando em seguida.

Amigos fazem essas coisas, certo?

Porém, o despertador tocou e acabou despertando os dois garotos. Mas esses ainda continuaram de olhos fechados, aproveitando do calor um do outro.
Tocou mais uma vez e Donghyuck não suportou, então o desligou e sentou-se na beira da cama.

— Yah, Minhyung! – bateu na coxa do mais velho. – Levante! Temos um pequeno almoço para tomar.

— Está frio... – reclamou, se tapando ainda mais. – Você não tem frio?

— Tenho, mas-

— Deita aqui! – sorriu e abriu os braços, junto do edredão, dando um espaço para que Donghyuck se aconchega-se.

— Parecemos um casal fazendo isso, Mark! – riu enquanto se ajeitava nos braços do Lee mais velho.

— Você reclama muitooo... – apertou mais o corpo do mais novo contra o seu. – É bom estar assim!

— Hm? – virou o rosto para observar o mais velho. – O que quis dizer com “É bom estar assim!”?

— Q-Quer dizer, o calor neste momento está derrotando todo o frio que tínhamos né. Foi isso que eu tentei dizer.

— Ah sim. – sorriu envergonhado. Ele tinha pensado noutra coisa. – Mas e o pequeno almoço?

— Você tem fome? – Mark tinha um sorrisinho nos lábios.

— Não muita... Acho que aguento até ao almoço sem comer algo!

— Tem a certeza? Se tiver mesmo com fome, podemos ir lá abaixo comer, ok?

— Isto sabe bem demais, não quero ir não! – aconchegou-se mais nos braços do mais velho.

Mark sorriu grande e encostou a sua cabeça nas costas do mais novo. Realmente era ótimo estar assim com alguém e se esse alguém for Donghyuck, então Mark gosta ainda mais.

Porém, Donghyuck ainda se sentia confuso e bastante inseguro. Ainda ontem estava triste e zangado com o canadense e agora, sentia-se bem ali naquele abraço e não queria sair dali. O que aquele canadense faz com o seu psicológico.

•••

Notas: gente, eu fiquei toda soft a escrever este cap porém eu escrevi ele ouvindo no longer KKKKKK
vão ler tmb as minhas outras histórias bebês ♥

written in the stars ▫ markhyuckOnde histórias criam vida. Descubra agora