Mark encontrava-se sentado na sua cama, com os fones nos ouvidos e uma música agitada tocava. A sua cabeça, vez ou outra, mexia para a frente e para trás conforme o ritmo e a da sua boca, saía alguns trechos da música em sussurros.
Vagava nas suas redes sociais quando, algumas imagens de ontem enquanto conversava com Donghyuck começam a aparecer. Suspirou e decidiu desbloqueá-lo, ele estava sentindo muito a falta do amigo.
[ Hoje ]
You|
ei...eu sei que não tive bem com vc estes dias...
eu só queria que me desculpasse por tudo...
sabe, eu tou mandando estas mensagens porque estou sentindo a falta de flr com vc...
mas se n me desculpar, eu vou entender.Bloqueou a tela do telemóvel e suspirou profundamente. Donghyuck não saía da sua cabeça um minuto sequer e isso o estava deixando maluco.
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Entre folhas brancas desenhadas, lápis de cor e aquarelas, estava o Lee mais novo desenhando. Sua bochecha direita tinha um rabisco de aquarela tinta vermelha e os seus dedos, também estavam coloridos.
Uma completa bagunça.
Suspirou e fechou os olhos, ignorando os pensamentos que o levavam às mensagens que ele ignorou à umas horas atrás. Ele não estava sentindo a sua consciência pesar pois, o desprezo era o melhor a dar a Mark. Também existia em si uma parte que sentia saudades dos momentos com Mark e que gostaria imenso de repetir, mas o medo o consumia por completo.
Levantou-se e pegou no aparelho, o desbloqueando e abrindo nas mensagens com o mais velho.
You|
Eu te desculpo mas não quero mais ser seu amigo.
Você me magoou...e muito!
Adeus.Bloqueou o número do Lee e voltou a colocar o seu telemóvel dentro da gaveta da mesa de cabeceira. Deitou-se na cama e, mais uma vez, suspirou profundamente seguindo de um fechar de olhos.
Ia voltar a sentar-se no chão, porém são ouvidas três batidas. Até diria que fosse Mark, mas esse não estava presente no internato. Por isso estava com receio de abrir a porta.
Caminhou até à mesma e abriu, deixando uma brecha e reparou que era Jeno, o colega de Biologia de Mark.— O-O q-que q-quer? – perguntou baixo.
— Eu quero saber de uma coisa... – disse meio envergonhado. – É sobre o Jaemin...
Donghyuck deu uma risadinha e abriu um pouco mais a porta, revelando o seu pijama um tanto infantil, estampa de estrelinhas e planetas. O sistema solar era uma das paixões do menino.
— Bem, – aproximou-se. – você sabe se ele namora?
— Não acha m-melhor entrar? É que as paredes têm o-ouvidos, Jeno.
Jeno assentiu e entrou no cômodo cheiroso que era o de Donghyuck.
— Woah! Você não tem ninguém como parceiro, que legal! – sorriu.
— E prefiro não ter. – suspirou. – Bem, até agora ele não deu a entender que está comprometido mas, se quiser eu pergunto.
— Eu ia gostar muito, sério. – sorriu pequeno. – É que... Eu acho ele um garoto muito fantástico!
— Eu sei! – sorriu. – Mas desde quando você está nutrindo esses sentimentos?
— Há uns meses...
— E você nunca chegou nele e falou o que sentia? – desviou o olhar para a janela e colocou a mão no queixo. – Medo?
— Sim...
— Entendo! – suspirou e sentou-se ao lado do garoto na sua cama. – Mas, vo-
Não terminou de falar, pois batidas na porta foram ouvidas e Donghyuck estranhou. Ultimamente, segundo ele, aquele quarto virou um consultório amoroso.
Levantou-se e abriu a porta, revelando um Jaemin roendo as unhas e nervoso.— O que você f- – foi interrompido com Jaemin entrando no seu quarto. – Ei!
Fechou a porta e viu os outros dois garotos se entreolhando timidamente e ambos tinham as bochechas vermelhas. Riu, porém acabou recebendo olhares irritados.
— O que você faz aqui no quarto do Hyuck? – perguntou ao menino de óculos.
— E você o que faz aqui? – retrucou.
— Acho que ambos estão aqui com o mesmo propósito, não é?
— Donghyuck, você tem que me ajudar com um garoto! – Jaemin agarrou nos ombros do moreno. – Ele está nem aí para mim...pelo menos eu acho.
— O garoto de quem eu gosto também... – Jeno disse e em seguida suspirou.
— Cara, assumam logo que se gostam e me deixem desenhar! – falou num tom brincalhão.
— Hm? Jeno?
— Eu acho que vou embora... Adeus Donghyuck, valeu. – levantou-se e tratou de sair o mais rápido possível do quarto.
— Se fosse eu, eu ía atrás dele! – disse para Jaemin, que saiu em seguida.
Donghyuck riu e voltou a sentar-se no chão, voltando a mexer nas aquarelas e lápis de cor.
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Sentado no sofá de forma folgada, com o telemóvel sobre o tronco e com toda a sua atenção na televisão, estava Mark. Sem perceber, seu pai entra na sala todo arranjado e perfumado.
Mark desviou o olhar e reparou. Ok, desde quando meu pai se veste assim? – pensou.— Onde está indo? – perguntou meio curioso.
— Jantar fora com a equipe do trabalho! – disse com sinceridade.
— Vai ter mulher lá? – perguntou de novo.
— É claro que vai, não é? – disse sarcástico. – Trabalham comigo centenas de mulheres, tal como centenas de homens.
— Ah... – assentiu. – Tem jantar feito?
— Levanta-te daí e vai fazê-lo! – disse de forma brincalhona. – Mark.
— O quê? – parou no meio do caminho.
— Desculpa por tudo, 'tá? – suspirou, porém Mark não ouviu. – Vou sair agora! Porte-se bem!
Mark, que ainda processava tudo na sua cabeça soltou um sorriso de orelha a orelha e boas memórias de quando a sua mãe era viva vieram em sua mente.
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written in the stars ▫ markhyuck
Romanceonde donghyuck, desde novo, possuía uma fobia de conhecer pessoas novas e que o fazia isolar-se. ou onde mark é mandado para um internato e ao ver donghyuck sozinho no canto, começa a tentar socializar com ele a partir daí. [ markhyuck • gay couple...