22.

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O internato estava um completo silêncio. Ninguém parecia feliz, ninguém conversava alto como antes ou corria, parecia que todos estavam de luto. Donghyuck estava persentindo algo mau, esse sensação estava longe de ir embora.
Caminhava pelo extenso corredor e os que estavam por ali falavam tão baixo que podia ser confundido com sussurros, até que chega na cantina. Também estava tudo silencioso.

— Bom dia. – disse baixo assim que chegou perto da mesa dos seus amigos. – O que há com todos?

— N-Não sei. – Mark gaguejou e se arrependeu mentalmente por isso.

— Você está estranho, a diretora está estranha, a SunGi não está aqui no internato, o internato parece estar de luto por algo ou alguém e eu estou muito confuso no meio de tudo. – disse alto, fazendo alguns alunos dali o encararem. Desviou o olhar para a porta da cantina e lá estava a diretora com os braços atrás das costas, o encarando.

— Lee Donghyuck, peço-lhe que se dirija ao meu escritório assim que tomar o café da manhã. – disse calmamente, deixando um sorriso mínimo nos lábios.

A diretora saiu dali e metade dos alunos da cantina o encaravam curiosos. Mark que estava sentado ao lado de Donghyuck, tinha a cabeça baixa e mordia o lábio inferior em puro nervosismo. Ele sentia-se mal por estar a esconder uma coisa daquele tipo ao melhor amigo, a pessoa que gostava.

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Donghyuck estava nervoso. Caminhava pelos corredores com o seu coração batendo a mil e a sua respiração um pouco alterada. A diretora estava estranhamente estranha e isso o intrigava, pois ela nunca fora assim. Chegou perto da porta do escritório da mulher e suspirou, colocou a mão na maçaneta e bateu, ouvindo uma resposta positiva para que entrasse.

— O que deseja, diretora?

— Sente-se, Donghyuck. – a mulher mais velha disse calmamente, enquanto virava a cadeira para o mais novo. – Como já deve ter reparado, SunGi não está presente.

— Porquê que ela não está aqui?

— Ela está no hospital. – engoliu em seco. – Ela durante muito tempo escondeu de todos que tinha uma doença, essa que nós não lhe perguntamos por respeito e ela está longe de ficar bem. Ela está muito mal, não come direito, dorme demasiado por causa da medicação.

— Eu nunca mais a vou ver... – disse com os olhos cheios lágrimas.

— Bem, antes de estar no estado que está, SunGi escreveu-lhe uma carta. – retirou o envelope de dentro da gaveta e o aproximou de Donghyuck. – Não chore, ela não quer que você chore.

Donghyuck pegou no envelope de cor amarela e o colocou sobre as pernas. Tinha a cabeça baixa e de seus olhos, pequenas lágrimas escapavam e rolavam pelas suas bochechas.

— Ela mandou dizer que será o seu anjo da guarda e que estará sempre com você, seja onde for. – Donghyuck pode ver algumas lágrimas se acomolando nos olhos da mais velha. – Pode ir...

Donghyuck se reverenciou e caminhou lentamente até à porta, com o envelope em mãos. Colocou a mão na maçaneta e quando ia a sair, a diretora o chama novamente.

— Não fique chateado com ele, ele sabe de tudo desde ontem.

— Ele? – perguntou confuso.

— Lee Minhyung.

Donghyuck suspirou e saiu da sala. Ligou os pontos todos e teve a confirmação óbvia para a estranheza toda de Mark durante o café da manhã. Saiu caminhando pelo corredor, esbarrando em alguns alunos e funcionários até estar no corredor que ligava a todos os dormitórios masculinos.

written in the stars ▫ markhyuckOnde histórias criam vida. Descubra agora