gerard (mccracken) way

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the consequence of a decision

Ray me encarava surpreso, já tinha uns dois minutos que ele estava assim. Provavelmente ele não esperava que eu tomasse aquela decisão, sinto que Raymond passou os dias se preparando para me ouvir dizer que eu queria abortar o bebê e agora que recebeu outra história, o cérebro dele deve ter entrado em colapso… Só consigo imaginar que o cérebro dele está pegando fogo como o do Bob Esponja em um episódio que eu não lembrava direito.

Enquanto esperava Ray se recuperar daquilo, eu continue comendo minha lasanha que já estava acabando… Eu devia pedir outro pedaço.

–Você… Você quer dar o bebê?

Confirmei.

–Você sabe que pra dar um bebê, você precisa ter ele, não sabe?

Confirmei novamente, enfiando um pedaço grande de lasanha na boca. –Então… Você vai ter o bebê! Isso é ótimo, Gee!

Um sorriso se abriu nos lábios do alfa.

Confesso que deu até vontade de sorrir. De repente uma boa aura envolveu Ray, ele tinha nascido pra isso.

–Sim, Ray, eu vou ter o bebê, mas eu não vou ficar com ele, se lembre disso, por favor.

Interrompo seu momento de felicidade.

–Eu sei, mas, você decidir ter o bebê já é ótimo!

Solto um riso fraco, o primeiro há muito tempo, Raymond realmente era um grande alfa.

–Aliás, você tem alguém em mente que queira adotar o bebê?

–Na verdade não, eu só pretendia dar o bebê para uma casa que cuidasse bem dos bebês.

–Eu tenho um amigo. Ele é alfa, um bom homem, tem um emprego estável e está procurando um bebê para adotar, o que acha de conhecê-lo como uma opção?

–É seu amigo?

–Sim e de total confiança!

–Hum, tudo bem então.

Concordo. Se era amigo do Ray, valia a pena conhecer tirando à mim, Ray parecia escolher bem os amigos.

–O nome dele é Frank Iero. Ele é solteiro e  está de folga amanhã pela parte da tarde. Posso marcar um encontro com vocês?

–Pode pedir pra ele ir lá em casa, eu te passo o endereço e você passa pra ele. Eu ando saindo muito de casa, meu corpo já sente falta do cheiro do Bert.

–Gee…

Ray suspirou fraco.

–Por que não cicatriza a marca? É possível já que o Bert já morreu.

–Eu sei, eu só…

Passo a mão pela minha nuca atrás, onde tinha a marca presente de Bert. –Quero continuar com ela o máximo de tempo que eu conseguir, sei que se não sentir o cheiro dele, meu corpo vai entrar em abstinência e eu vou morrer… Mas, é o que me conecta com o Bert. Quem sabe quando o cheiro dele sumir das roupas, eu tiro, mas enquanto eu tiver o cheiro dele no nosso apartamento, eu não pretendo tirar.

–Eu sei que sente falta dele, mas isso pode fazer mal pro bebê também… O bebê vai sentir necessidade do Bert. Como pretende resolver isso?

–O que eu sinto, o bebê sente. Por isso eu sinto o cheiro do Bert o máximo que eu posso, quero que o bebê sinta ele, ao menos enquanto  estiver comigo… Eu quero isso.

Murmuro, abraçado meu corpo.

Ray concorda, suspirando fraco ao notar minha dependência de Bert.

 the consequence of a decision  ||frerard•Onde histórias criam vida. Descubra agora