O casamento é a única aventura ao alcance dos covardes.
Voltaire
Meu despertador alarma às sete e ponto e começo meu dia indo direto para o banho e vestido uma roupa confortável que caia bem com o tênis. Deixo meu cabelo em um rabo de cavalo e desço após apanhar minha bolsa e beijar a cabeça do Mark que continua dormindo.
Tenho um susto quando desço às escadas e tenho certeza que foi essa reação que a Cecília queria me causar. Parada a minha frente com o cabelo negro em um coque impecável e com um vestido neutro abaixo de um avental.— Bom dia, Elizabeth. Já está saindo para o trabalho? — pergunta, me fitando da cabeça aos pés.
Limpo a garganta e me recomponho.
— Bom dia, Cecília. A senhora dormiu bem? A cama estava confortável?
— Bem, deu pra dormir. Estou terminando o café da manhã, não quer comer antes de ir?
Coloco uma mecha do meu cabelo atrás da orelha.
— Não, obrigada, não costumo tomar café da manhã. Tenho certeza que o Mark vai adorar desfrutar do seu café da manhã.
O sorriso de vitória que ela dá me faz suspirar internamente. Por quê querer tanto competir comigo quando eu nem mesmo estou querendo isso?
— Tenha um bom dia, Cecília. Até mais.
Aceno com um sorriso e saio de casa direto para redação. Acho que esse é o dia que mais estou satisfeita por ter um lugar para ficar longe do olhar mortal da mãe do Mark.
Assim que chego na redação, o Baker gesticula para sala do editor-chefe.— É sério mesmo o que você falou ontem? — pergunto.
Ele roda na sua cadeira e sorri.
— Seu marido agora é o cara do momento. Devo te chamar pelo sobrenome Holmes ou Cornell agora? Os dois são engrandecedores.
Reviro os olhos.
— Não estou de bom humor hoje, Watson. Você nem sabe o que estou enfrentando desde ontem.
Deixo minhas coisas no meu cubículo e vou até a sala do editor-chefe. Ele é um senhor nada amigável e dono de feições semelhantes a raça de um cachorro pug, sem mencionar sua protuberante barriga.
Bato na porta duas vezes até ouvir um "entre" abafado pela voz grossa e solene do senhor Galvin.— Bom dia, senhor Galvin.
Como sempre, ele está sentado na sua enorme mesa cheia de papéis para aprovar, seu semblante hoje parece leve como se a ruga persistente da sua testa houvesse tirado uma folga e deixado apenas a sua calvície fazer presença.
— Ah, senhora Cornell, não é? A esposa do homem que está em ascensão em todo vale do silicio? — sorri com simpatia.
Um frio percorre minha espinha. Ele está estranhamente simpático hoje.
Pigarreio.
— Uso meu nome de solteira no trabalho.
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Recém casados.
RomanceGanhador do Projeto Realizando Categoria: melhor inovação Capa feita por @HeloisePS Mark e Elizabeth Cornell são um casal jovem e Recém-casados profundamente apaixonados um pelo outro. Mark CEO de uma pequena empresa de tecnologia e Elizabeth uma j...