5. Persistência ( Ansiedade )

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5. O medo é uma sensação ruim, e por isso se empurra a dor para longe. Mas sentimentos reprimidos permanecem. Aquilo a que se resiste persiste.

É eficaz evitar a dor. Se seus amigos duvidam de que você pule dentro de uma piscina vazia, você não tem que fazer isso. Mas a tática de evitar a dor é um tiro que sai pela culatra dentro do cérebro.
    Nós aprendemos com associações. O medo associa dor com dor. Essa associação causa uma sensação ruim, e, quando alguém menciona a palavra, você tentará com todas as forças tirar a dor do seu caminho. Freud, assim como muitos outros estudiosos da mente, acreditava que afastar, ou seja, reprimir sentimentos, lembranças e experiências não funciona. Carl jung, seguindo a orientação de Freud, acreditava que criamos uma névoa de ilusão para evitar que a vida seja dolorosa demais.     
   A maioria das pessoas tem facilidade em negar. Elas não enfrentam verdades dolorosas. Bloqueiam todas as experiências que nunca gostariam de ter tido sentimentos reprimidos surgem como fantasmas. Ás vezes uma pessoa se sente ansiosa porque o medo está tentando vir a tona. Mas a repressão é ardilosa. A pessoa pode se sentir ansiosa por que está preocupada em guardar um segredo, ou por que sabe que um dia ele será revelado, ou porque a dor de evitar a dor é grande demais.
    Os andidotos para repressão são dois: Abertura e honestidade. Se você está aberto a todos os seus sentimentos, e não apenas aos bons,não precisa reprimir nada. Se você é honesto, pode mencionar seus sentimentos, por mais indesejáveis que eles sejam. Mas ninguém é perfeito nisso. Para encontrar coragem para trazer à tona seus segredos, você precisa de distanciamento, se distanciar da vergonha e culpa.
    Quando expressamos a alguém sentimentos que estiveram reprimidos há anos, o maior risco é que a pessoa a quem confiamos reaja com crítica, porque daí podemos nos arrepender de tê-los revelado. Por outro lado, a culpa tem uma maneira maldosa de nos fazer procurar a pessoa errada quando queremos desnudar nossa alma. Isso ocorre porque ainda desempenhamos os velhos papéis de agredido e agressor. Não procuramos alguém que acaba se revelando crítico; procuramos determinada pessoa porque sabemos que ela vai nos criticar. Então, você deve preparar o terreno com os seguintes pensamentos:

---Sei que estou escondendo alguma coisa, e isso dói.

---A revelação me dá medo, mas isso vai me curar

---Quero me sentir sem este peso.

---Este sentimento me persegue e me deixa muito ansioso.

Quando alguém guarda segredos, especialmente emoções secretas que não aprova, é difícil perceber que o perdão é possível. O perdão está muito distante. Parece imaginário se comparado á ansiedade sentida no presente. Lembre que o perdão é o último passo, não o primeiro. O caminho se faz passo a passo. Sua responsabilidade para consigo mesmo é apenas querer se perdoar e depois imaginar o próximo passo, por menor que seja, para chegar à cura. A atitude inicial pode ser ler um livro, manter um diário ou juntar-se a um grupo de apoio online. Seja qual for, a importãncia de dar o primeiro passo é sempre a mesma. Você deixa de prestar atenção no medo e aprende a aceitar seus sentimentos como eles são: acontecimentos naturais que pertencem à sua vida.

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