- O que aconteceu com você, Frost?!
Coelhão grita.
Ignoro-o de braços cruzados.
Eu e Coelhão estávamos na sala de Norte, e enquanto Coelhão dava-me uma bronca, eu ignorava-o por completo, observando a tempestade de neve do lado de fora da janela.- Ah ótimo, não vai falar. Okay!
Ele grita por fim.
Virei-me o encarando.
- Fale! Você quase estragou o seu plano, Jack Frost!
Então eu explodi de vez.
- Acha que eu quis fazer aquilo?! Que eu queria ver ela em prantos enquanto eu tinha em mãos a única coisa pela qual ela procurou por séculos?! NÃO! Tá legal? Eu não queria, não gostei. Eu só... Não podia mais ver ela mudando de lado e deixando-me para trás. Se ela... Se ela não nos escolhesse... Se ela fosse com Breu e deixasse-me novamente...
Coelhão suspirou e sentou-se ao meu lado, compreensivo. Lágrimas ja insistiam em cair por meu rosto, e com uma mão, eu tentava as secar.
- Eu só não posso perde-la novamente...
Então algo inexplicável e inesperado aconteceu, Coelhão me abraçou.
- Ahn gente, dá pra escutar tudo lá embaixo.
Fada do Dente aparece um pouco envergonhada.
- Oh, desculpe.
Coelhão fala e logo os dois trocam olhares, como uma conversa silenciosa.
- Já vou descer...
- Encontro vocês lá.
Sorrio falso e eles assentem, descendo as escadas.
- Mesmo sem ela, nunca irão deter-me. Sabe o por quê? Eu domino o medo.
Uma voz tenebrosa ecoa na escuridão, e logo o rosto de Breu aparece na mesma.
- Vamos o deter, Breu.
Falo levantando-me.
- Tens certeza?
Ele sorri maquiavélico saindo das sombras.
- Pare de tentar, Breu. Já acabamos com você.
Falo e ele revira os olhos.
- Vocês me tiraram ela, não vou parar, Jack.
- Ela... Elsa? Você... Ela era como uma filha pra você? Não? Você cuidou dela desejando que fosse sua filha. Esqueça Breu, Elsa não sente por você o que você sente por ela.
Falo sorrindo vitorioso. Breu esboça uma feição triste e nervosa, e logo dá um passo a frente.
- Não estou aqui por ela, estou aqui por você.
Ele fala e logo seus medonhos saem de trás dele, relinchando.
- Não...
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The Secret of my History - Jelsa
أدب الهواةEu vivi, sorri, chorei, cantei... Mas algo que nunca fiz, foi vê-lo novamente. Um segredo que nunca contei, e possível que ele também nunca tenha contado, mas o guardamos para sempre em nossas lembranças. - Sempre estarei aqui, mesmo que nunca mais...