Come back to me, Lili.

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[Aviso: Amores, essa história é escrita em primeira pessoa, mas eu estava passando para a terceira. Mas hoje decidi que vou fazer nos dois modelos, dependendo do que o capítulo exija. Espero que não se incomodem. Boa leitura!]

•••

- Eu preciso ir. - Lili disse ajeitando seu vestido e virando-se pra mim enquanto eu arrumava minha calça.
- Tem certeza que precisa? - questionei a olhando nos olhos e apoiei minhas mãos no espelho a mantendo entre meus braços.
- O que quer dizer? - franziu o cenho e me encarou confusa.
- Volta pra mim, Lili. - pedi sem pensar duas vezes. - Volta pra minha casa. Eu sinto sua falta.
Pela primeira vez eu havia dito aquilo em voz alta. Pela primeira vez eu havia me aberto sinceramente pra ela. Ela me encarou séria, como se me analisasse, e logo riu, sacudindo a cabeça em negação.
- O que foi? - perguntei nervosamente e umedeci meus lábios. Lili segurou meus pulsos fazendo com que eu abaixasse meus braços e olhou dentro dos meus olhos.
- Eu estava com saudade de transar com você, Cole. Nada além disso. Eu estou com outra pessoa.
A dor que eu senti em meu peito foi física. Vê-la me olhar com desprezo, e sair dali como se nada tivesse nunca acontecido entre nós dois me destruiu por dentro.
Doeu tanto que a única coisa que consegui fazer foi me sentar no pequeno banco do provador. Abaixei minha cabeça e escondi meu rosto em minhas mãos, deixando que as lágrimas saíssem, fazendo com que meu peito doesse ainda mais fazendo o ar me faltar.
Aquela era a segunda vez que eu a via ir embora, e era a segunda vez que ela não demonstrava nenhum arrependimento em fazer aquilo.
Fiquei por trinta minutos dentro daquele provador tentando me recompor, tentando me controlar pra não quebrar nada ali dentro. Sequei meu rosto com a barra de minha camisa e respirei fundo, pronto pra sair dali, quando meti as mãos em meus bolsos e dei por falta do meu celular.
Eu estava certo ao pensar que Lili não estava ali à toa, ou por saudades. Mas ela estava errada ao acreditar que meu celular para uso de trabalho andava comigo na rua.
Foi ali que eu tive certeza que era ela quem estava metida com Tommy, assim como eu desconfiei desde o início.
Passei na primeira loja da Apple que vi pela frente e comprei um celular novo. Utilizei o wi-fi do shopping para pedir que Camila pedisse o cancelamento da linha que eu usava no celular que Lili roubou e a mandei pedir outra para o novo, logo saindo do shopping.
Mandei meus seguranças direto pra casa com as poucas compras que eu havia feito e sai para espairecer.
Eu precisava arrumar um jeito de tirar aquela situação da minha cabeça. Lili não podia continuar sendo minha fraqueza, ou eu ia ser derrubado fácil demais.
Estacionei em frente ao bar que eu estava acostumado a frequentar, obviamente pela discrição do mesmo, já que eu não estava afim de virar notícia em revistas de fofoca. A última coisa que eu precisava era um "Filho de magnata Sprouse passa vexame em boate barata depois de tomar pela segunda vez consecutiva um pé na bunda de sua ex namorada.".
Eu já havia perdido as contas de quantos copos de álcool eu já tinha ingerido, e aquilo me tirava do sério. Meu subconsciente gritava pra que eu não fosse fraco a ponto de deixar uma mulher me derrubar daquele jeito. Mas o problema é que não era uma mulher, ou qualquer mulher. Era a minha mulher. A mulher que eu amava. A mulher que havia me traído da forma mais suja possível.
Neguei todas as atendentes de luxo do local que se aproximaram de mim, meu único interesse ali era beber todo o álcool que meu dinheiro pudesse pagar, e eu sabia que não era pouco.
O furto de Lili pelo menos serviu para que ninguém ficasse me ligando pra encher o saco, a fim de saber onde eu estava. Eu podia fazer o que eu bem entendesse, e eles não me encontrariam. A não ser que alguém conseguisse abrir meu escritório e ter acesso ao meu computador para rastrear meu carro.
Resolvi me levantar para ir embora quando senti meu corpo começar a ficar cansado, indicando que não demoraria muito para eu ficar inconsciente. Paguei minha conta e saí dali indo em direção a entrada da boate, fui guiado ao meu carro pelo manobrista e logo deixei o local com o carro ligado no automático.
A primeira coisa que fiz ao finalmente chegar em casa, fora ir em direção ao quarto de Lili, na doce ilusão de encontrá-la ali, esperando por mim. E me surpreendi ao ver seus cabelos caídos por suas costas, enquanto seu corpo repousava de bruços em sua cama. Fui obrigado a mandar Jordan se foder depois do mesmo ter vindo atrás de mim. Seu falatório acordou Lili, o que me deixou irritado, me fazendo gritar ainda mais com ele, pedindo para que ele saísse do quarto.
- Não contraria ele, Lili. - Jordan deu ênfase no nome dela. - Pode ficar tranquila que mesmo nesse estado ele não vai fazer nada contra sua vontade. - assegurou e eu o encarei confuso, mesmo sem conseguir enxergá-lo muito bem.
Minha visão estava muito embaçada, e minha cabeça girava. Jordan deixou o quarto e ela abriu os braços em minha direção. Suspirei pesadamente, me livrei de meus sapatos e minha camisa, logo largando meu corpo ao lado dela na cama.
Eu sabia que devia tirá-la dali o quanto antes, que o certo seria dar uma surra em mim mesmo e fazer com que ela sumisse da minha frente e nunca mais voltasse. Mas foi só sentir os dedos dela adentrando meu cabelo que todos meus pensamentos de vingança foram se dissipando.
O perfume dela estava diferente, assim como toque, mas que diferença fazia? Ainda era ela.
A puxei pro meu corpo, a deitando sobre o meu, a deixando como eu sabia que ela gostava de dormir. Apertei meus braços ao redor do corpo dela e escondi meu rosto em seu pescoço.
Como pode doer tanto amar alguém assim? E porque ela sempre faz questão de pisar em tudo o que eu construí e fiz por ela?
- Eu te amo. - sussurrei em meio a um suspiro cansado. - E eu queria entender porque você foi embora, porque me deixou. - ela se manteve em silêncio, mas eu já podia sentir um nó se formando em minha garganta. Respirei fundo e apertei meus olhos na intenção de conter qualquer lágrima que teimava em cair, sem muito sucesso. - Eu já descobri que você não foi embora por conta da vida que eu levo, Lili. Eu sei que foi embora porque está com outra pessoa, mas porque fazer isso comigo? Porque voltar? - questionei sentindo o desespero tomar conta de meu corpo.
O único ato dela foi tirar meu rosto da curvatura de seu pescoço e secá-lo com calma. Logo voltando a me abraçar.
- Eu não posso te responder isso. - foi a única coisa que ela me disse, num tom quase inaudível.
A coloquei pro lado de forma um tanto bruta e escondi meu rosto em minhas mãos. Minha respiração estava desregulada e meu coração batia tão acelerado que chegava a doer no peito. Era mágoa misturada com dor, tristeza, e raiva. Eu não sabia o que fazer, nem como agir.
Senti meu estômago embrulhar e me sentei de supetão na cama a assustando. Pude senti-la repetir meu ato e suas mãos viraram meu rosto em sua direção.
- Você quer vomitar? - questionou baixo passando os dedos por meu rosto.
Eu apertava meus olhos tentando enxergar melhor mas só via borrões. Apenas assenti com a cabeça e logo senti meu corpo ser impulsionado com cuidado para fora da cama.
Ela me guiou para onde eu acreditava ser o banheiro de seu quarto, e apoiou minhas mãos na pia depois de abrir o registro da mesma. Levou uma de suas mãos ao meu cabelo o colocando pra trás e passou sua mão livre espalmada por minhas costas.
- Pode vomitar. - falou baixo e eu apenas assenti.
Demorou um pouco para que o vômito subisse a minha garganta, porém, demorou mais ainda para que ele finalmente cessasse. Era pura bebida alcoólica, de cor escura e rançosa. Resultado de mais de seis horas bebendo direto sem colocar nem um grão de arroz no estômago.
Assim que terminei de vomitar, ela me ajudou com minha roupa e logo pude sentir a água fria do chuveiro caindo em meu corpo. Eu estava mole, meu raciocínio totalmente lento, minhas vistas pesavam e meu estômago doía assim como minha cabeça.
Eu só queria poder finalmente deitar em minha cama e dormir por uma semana direto para nem precisar passar pela ressaca que me pegaria no dia seguinte.
Lili me ajudou com o banho, e logo eu estava novamente em sua cama. Meu corpo estava tão dormente que eu nem consegui identificar se eu estava ou não vestido.
Ela ajeitou os travesseiros atrás de minha cabeça, me impedindo de ficar completamente deitado, e sentou-se ao meu lado fazendo carinho em meu cabelo até que eu ficasse totalmente inconsciente sendo tomado pelo sono.


[Tadinho do Cole, né???)): Estão gostando???

Não deixem de comentar e deixar estrelinhas!

Os comentários e favoritos caíram muito, e eu estou super chateada com isso): Sei que não é uma história convencional, mas deem uma chance.

Espero que tenham gostado, até a próxima!]

 ʀᴇᴛᴀʟɪᴀᴛɪᴏɴ 彡 ˢᵖʳᵒᵘˢᵉʰᵃʳᵗOnde histórias criam vida. Descubra agora