For you, Cole.

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[Eu sou MUITO boazinha né?? Justamente por isso vocês deveriam comentar em todos os capítulos como comentaram no passado kkkkkkkkkkk e ler minhas outras histórias também, nenon?? hihi Boa leitura!]

•••

Achei extremamente estranho ver o número de Lili brilhando no ecrã de meu celular, afinal, ela havia me dado um bolo. Encararei o aparelho até que a ligação caísse, e o mesmo voltou a tocar outra vez.

Arqueio a sobrancelha estranhando a insistência e deslizo o polegar pela tela do celular enquanto desligo o carro e tiro a chave da ignição para sair do mesmo.

- Oi? - murmuro baixo levando o celular ao meu ouvido.

- Cole? - uma voz masculina soa do outro lado da linha e eu fico ainda mais confuso.

- Sim? Eu mesmo. O que houve? - saio do carro e bato a porta logo me apoiando na mesma.

- Você não me conhece, mas eu sou um amigo da Lili. Casey. Eu preciso que você venha pro Mount Sinai agora, é muito importante.

- Hospital? - questiono meio perdido.

- Isso. O mais rápido possível, Cole.

- O que aconteceu com a Lili, Casey? - questiono já entrando em desespero e volto a entrar no carro.

- Rápido, Cole. - ele finaliza a chamada sem dizer mais absolutamente nada.

Respiro fundo, e aperto minhas mãos no voltante tentando controlar o nervoso que invadia meu corpo. Sacudo a cabeça como se pudesse afastar todos os pensamentos ruins que passavam por ela e finalmente arranco com o carro, sem me preocupar com a alta velocidade com que conduzia o mesmo.

Chego no hospital em menos de dez minutos e adentro o mesmo, correndo feito um louco. Olho ao redor procurando por um rosto conhecido e nada encontro. Caminho apressadamente até a recepção e uma mulher ruiva de no máximo uns trinta anos me encara estranhamente preocupada, eu devia estar pálido. Mais pálido que o normal.

- Eu gostaria de saber se tem alguma paciente que atende pelo nome de Lili-

- Cole? - ouço a mesma voz de mais cedo ao telefone e me viro bruscamente. - Sou eu, Casey. - ele parece ter a minha idade, seu rosto está inchado e um tanto quanto machucado.

- O que aconteceu? - aproximo-me dele e o encaro esperando uma resposta, mesmo morrendo de medo dela.

- Lili está internada, em estado grave. - diz de uma vez. Sinto meu corpo inteiro estremecer e meu coração acelera de imediato.

- O que aconteceu? - questiono entredentes.

- Tommy aconteceu.

- O que esse filho da puta fez com ela? - grito e seguro os ombros de Casey com toda minha força.

- Se acalma, cara. Você surtar agora não vai resolver de porra nenhuma, eu vou te explicar o que aconteceu. - ele segura meus pulsos e me afasta.

Casey caminha até os bancos da recepção e senta-se em um. Reluto por alguns instantes mas logo trato de segui-lo e sento-me na cadeira ao lado da sua.

- Eu vou matar aquele filho da puta. - murmuro pra mim mesmo e enfio o rosto entre as mãos.

- Só vou te pedir que seja forte, Cole. Porque as coisas que eu tenho pra te dizer não são fáceis de ser ditas, e você pode ter certeza que vai ser ainda mais difícil de ouvir.

- Diz logo, pelo amor de Deus. - peço em tom de súplica e o encaro.

- Lili estava grávida, Cole. E... Bom, o Tommy é estéril. - Casey despeja a informação na minha cara e eu encaro perdido.

- De mim? Estava? - questiono confuso e sinto um nó se formar em minha garganta me atrapalhando para respirar.

- Sim. De você. E quando Tommy descobriu, ele a espancou, e ele só não a matou porque eu cheguei a tempo. Ele a fez perder o bebê. E ela está muito mal, Cole. Se ela sair dessa ela vai precisar muito de você.

Sinto como se tivessem tirado o chão de debaixo dos meus pés. Meu peito dói e minha cabeça começa a girar e doer brutalmente. As lágrimas escorrem por meu rosto freneticamente e eu não consigo pronunciar nem uma só palavra.

Não consigo processar absolutamente nada. Eu cheguei a pensar que ela havia me colocado em uma emboscada quando cheguei e não encontrei ninguém em meu apartamento, e ela estava nas mãos de Tommy, sofrendo, precisando de mim mais do que nunca.

A dor é tanta que não tem espaço pra raiva, nem pra vontade que eu normalmente sentiria de acabar com a vida de Tommy.

Tento limpar minhas lágrimas sem sucesso e levanto-me da cadeira indo apressadamente pra fora do hospital. Caminho até meu carro e me jogo dentro do mesmo me permitindo chorar em paz e sozinho.

Esmurro o voltante do meu carro diversas vezes e grito como se pudesse expulsar toda aquela dor de dentro de mim.

Saber que talvez a Lili pudesse não sair dessa me matava por dentro, saber que ela tinha perdido nosso filho me tirou o chão.

Ela passando por tanta merda sozinha, com um filho meu dentro dela, e eu não estava lá pra ajudar, ou pra cuidar dela.

Meu estômago dói brutalmente e eu sinto o vômito subir por minha garganta. Abro a porta do carro e coloco meu rosto pra fora deixando que o vômito saia. Minha cabeça lateja e eu sinto meu corpo formigar, e doer. Era como se a dor que eu estava sentindo no peito, como se o peso que eu estava sentindo no coração tivesse passado pros meus músculos, a dor estava se tornando física pouco a pouco.

Saio do carro de uma vez e o tranco logo voltando em direção a entrada do hospital. Arregalo os olhos ao ver Casey conversando com um médico e corro até os dois.

- Como ela está? - questiono me aproximando de supetão, e acabo por dar um pequeno susto no médico.

- Você quem é? - ele questiona me analisando dos pés a cabeça.

- Eu sou o marido dela. - minto. - O pai do bebê. - Casey me encara de lado e assente pro médico, e ele repete o ato.

- O estado dela é crítico. - indaga encarando a prancheta em sua mão. - Ela teve uma hemorragia interna, uma infecção por conta da perda do bebê, mas já estão controladas. Lili está com duas costelas quebradas, e seu corpo está extremamente debilitado por conta dos ferimentos.

- Ela vai sobreviver? - Casey e eu questionamos em uníssono.

O médico nos encara e eu sinto meu coração doer ainda mais. Meus olhos logo voltam a marejar e eu respiro fundo tombando a cabeça pra trás.

- Nós faremos o possível para que sim. Se ela não tiver outra hemorragia e sua infecção não se alastrar ou se agravar, as chances de que ela se recupere são boas. - explica calmo e eu me afasto.

Sento-me novamente na cadeira da sala de espera e afundo meu rosto entre as mãos. Sinto Casey sentar-se ao meu lado e ele repousa sua mão em meu ombro.

- Ela vai ficar bem. Eu tenho fé nisso. - diz baixo, e sua voz soa meio arrastada. Assim como eu, Casey também estava chorando.

- Como vocês se conheceram? - questiono sem me mover.

- Eu trabalhava com o Tommy, dividíamos a mesma casa. E eu acabei me tornando o melhor amigo da Lili quando ela foi morar lá. - explica e recolhe sua mão. - Era eu quem cuidava dela, e tentava não deixar o Tommy machucá-la.

- Se ele fazia isso, se ele a machucava tanto, porque ela continuou com ele, Casey? - finalmente tiro meu rosto de minhas mãos e o levanto para olhar Casey.

- Por você, Cole. Lili ficou com Tommy porque quis, mas quando ela quis voltar pra você, Tommy deixou claro que você morreria se ela o fizesse.

 ʀᴇᴛᴀʟɪᴀᴛɪᴏɴ 彡 ˢᵖʳᵒᵘˢᵉʰᵃʳᵗOnde histórias criam vida. Descubra agora