Possessive ego.

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[Cole tá colocando o plano dele em ação, e o próximo é o ponto de vista da nossa rainha aka Lili... Ansiosos?? Boa leitura!!!]

•••

Uma semana havia se passado. Noah já estava instalada em "seu" apartamento, e Zoe já estava pronta para dar início ao meu plano.
Zoe confiava em mim, ou pelo menos aparentava confiar. Eu consegui fazer o que Camila havia me dito meses atrás, não só eu, mas ela e todos os outros da casa conseguiriam conquistar a confiança de Zoe, mesmo tendo um pé atrás com ela como tínhamos com todos.
- Ainda não estão prontos? - questiono ao descer as escadas me deparando com Melton, Jordan, e KJ largados no sofá.
- Camila achou melhor que fossemos depois, para não alarmar tanto. - Jordan explicou sem tirar os olhos de seu celular.
KJ e Melton jogavam vídeo-game, e por conta disso nem se deram conta da minha presença.
- Você e Zoe vão na frente, em seu carro. - a voz de Camila soou alta logo atrás de mim. Me virei em sua direção e a avistei com um vestido amarelo claro, que caia perfeitamente bem em seu corpo, chamando ainda mais atenção para o belo tom de sua pele morena. - Eu vou depois de vocês, e daqui umas duas horas os meninos aparecerão por lá.
Assinto e desvio o olhar para o relógio em meu pulso. São onze horas da noite.
- Onde está Zoe? - questiono checando meus bolsos para ver se tudo o que eu precisava estaria em meu alcance.
- Aqui. - sua voz doce soa baixa e eu me viro em sua direção.
Ela está com um vestido vinho de mangas cumpridas que marcava descaradamente suas curvas, o decote frontal do mesmo chamava atenção para seus seios que mesmo pequenos eram muito... bonitos ao meu ver. - "bonito" no vocabulário, mas em minha cabeça eu quis dizer gostosos, e que não via a hora de poder tirar proveito deles, afinal, não iria demorar muito para que ela precisasse fingir para todos que era minha mulher. - Ela estava um pouco mais alta por conta dos saltos, tinha uma maquiagem um tanto quanto pesada nos olhos, e seu cabelo estava ondulado e jogado por cima de seu ombro.
Zoe havia conseguido prender minha atenção pela primeira vez desde que chegara a minha casa. Era ridículo da minha parte, mas só havia percebido o quanto ela era atraente vendo-a arrumada daquele jeito, pois fora daquelas roupas ela parecia uma menina assustada, e não a mulher que estava se mostrando naquele momento.
- Vamos? - questiono após limpar minha garganta e ela assente vindo em minha direção.
Me despeço dos demais de longe e entrelaço meus dedos aos de Zoe, logo saindo de casa. Recebo a chave do meu carro de um de meus seguranças e guio Zoe até o Vanquish preto, logo partindo em direção ao nosso destino.
Depois de aproximadamente quinze minutos, nós chegamos ao local. Era uma espécie de boate-bar, toda feita em vidro. Um dos maiores pontos de venda de drogas para os fracassados.
A boate ficava em uma das áreas mais nobres de Nova York, era extremamente bem frequentada, e a venda deveria até ser boa. Mas nada daquilo se comparava aos meus clientes, por isso, eu considerava fracassados os usuários que compravam drogas daquela forma. Afinal, ali as drogas eram vendidas avulsas, por várias pessoas e caso algo tivesse batizado, estragado, ou coisas do gênero, eles nunca teriam como reclamar ou trocar.
Adentrei o local com meu braço envolto na cintura de Zoe, a mantendo perto de mim. Seu olhar estava perdido no luxo do local, ela tinha a mesma expressão no rosto todas as vezes que se deslumbrava com algo. Era engraçado.
Fomos direcionados a área vip da boate, e logo tratei de pedir para que nos trouxessem algumas bebidas. Fiquei jogado na poltrona, com Zoe sentada em meu colo durante alguns minutos. Nós conversamos sobre o que ela deveria fazer, lembramos de alguns pontos importantes do plano e coisas do tipo.
Zoe recebeu uma mensagem de Camila, em que ela dizia que Tommy acabara de chegar, logo depois dela. E era ali que nosso teatrinho começaria.
Esperamos por uma hora até que finalmente Tommy apoiou-se no bar. Ele estava sozinho ali, mas eu tinha certeza que haviam mais pessoas do bando dele espalhadas pela boate. Afinal, aquele tipo de venda era feita em grupos.
- Não fica muito perto dele, ele não pode nem sonhar que você quer chamar a atenção dele. - sussurrei no ouvido de Zoe antes que ela se levantasse de meu colo.
Ela assentiu e saiu em disparada, como se estivesse fugindo de alguém. Exatamente como havíamos combinado. Zoe cambaleou até o bar e eu me levantei, debruçando-me na sacada da área vip para que pudesse ter uma visão melhor dela.
Se seu rosto não estivesse tão embaçado por conta das luzes e da distância, eu poderia jurar que ela estava chorando.
Aquela garota tinha que ser atriz um dia.
Voltei a me sentar na poltrona, e passei a agir como se nada tivesse acontecendo. Eu precisava receber um sinal de Camila, para descer e fazer meu papel de marido ciumento, quando Tommy finalmente chegasse em Zoe.
Eu já havia tomado cerca de três copos de whisky quando meu celular vibrou com a mensagem de Camila avisando que era a hora de entrar em ação.
Levantei-me da poltrona e fiz sinal para o garçom da minha área na área vip. Assim que o mesmo me alcançou eu paguei a conta e desci em direção ao bar.
Fiquei parado de longe observando a movimentação, e a comunicação entre os dois. Zoe parecia fingir conversar escondido, enquanto Tommy estava preocupado demais disfarçando e prestando atenção nas mentiras contadas para ele.
Me endireitei para caminhar em direção aos dois, mas congelei no instante em que avistei Lili. Ela estava parada à uns dois metros de distância dos dois, e os encarava sem expressão.
Cada segundo que passava eu tinha mais certeza de que ela estava com ele, e isso, só fazia o sabor da minha vingança ser ainda mais gostoso.
Eu não culpava Tommy pelo que aconteceu com a Lili, afinal de contas, ela foi embora porque quis. A única culpa dele era ter usado a pessoa que eu mais confiei na vida pra poder me roubar. Por isso, no fim de tudo, os dois acabarão fodidos. Ele um pouco mais fodido que ela.
Apressei meus passos quando percebi que Lili caminhava em direção aos dois e alcancei Zoe apoiando minha mão em seu ombro.
- Vamos? - questionei em tom autoritário um tanto quanto alto.
- Já acabou com suas vagabundas? - Zoe se virou em minha direção.
Seus olhos estavam com a maquiagem borrada, o que me fez ter certeza de que ela realmente conseguiu chorar. Ela estava com o maxilar travado, e realmente parecia estar com raiva. Tive que me controlar para não rir e levei minha mão ao seu rosto, vendo-a amolecer desfazendo o semblante raivoso.
- A única pessoa que é minha é você, você sabe disso. Agora vamos embora. - digo no mesmo tom autoritário de antes e seguro seu braço a incentivando a descer do banco.
- Eu não quero ir. - ela resmunga soltando-se de mim e eu trinco o maxilar na intenção de parecer irritado.
- Lembra que você não tem que querer nada. - digo a olhando nos olhos e posso sentir quando Tommy levanta-se atrás de mim. - Vamos embora. - digo pausadamente e Zoe finalmente pula do banco.
- Algum problema? - Tommy coloca-se a nossa frente, nos impedindo de andar.
Me controlo mentalmente para não começar a encher a cara dele de socos ali mesmo. Zoe acaricia minha mão e a aperta, como se pedisse pra que eu não estragasse tudo.
- Não, está tudo bem. - ela diz com a voz trêmula e Tommy nos cede passagem.
Nos afastamos de Tommy e paramos próximo a porta à espera da chave do meu carro. Zoe envolveu seus braços ao redor de minha cintura e encostou sua bochecha em meu peito. Ela estava convivendo comigo a dois meses, e eu ainda não havia me acostumado com suas demonstrações de carinho repentinas.
Eu podia sentir o olhar de alguém queimando em minhas costas, o que me fez dar uma breve olhada por cima do ombro. Era Lili. Tommy falava alguma coisa em seu ouvido, mas os olhos delas continuavam fixos em minhas costas.
Levantei o rosto de Zoe a forçando a olhar pra mim e afastei seu cabelo de seus olhos, logo juntando nossos lábios em um beijo calmo. Suspirei aliviado ao perceber que ela havia correspondido, e sorri por dentro ao saber que eu não sairia daquela situação por baixo.
Lili podia até não gostar mais de mim, mas aquele beijo machucaria o ego possessivo dela.

[Comentem muitoooooo!!! Próximo capítulo vocês vão começar a conhecer a Lili melhor!]

 ʀᴇᴛᴀʟɪᴀᴛɪᴏɴ 彡 ˢᵖʳᵒᵘˢᵉʰᵃʳᵗOnde histórias criam vida. Descubra agora