Come back to me, my love.

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[Mais de 200 comentários????? vocês são loucas kkkkkkkkkkk!!! a fic está chegando na reta final!! faltam em torno de 9 capítulos! boa leitura!]

•••

- Cole, você precisa ir pra casa. Você está aqui a dois dias direto. - Casey resmunga ao meu lado e eu viro meu rosto para encará-lo.

- Eu só vou sair daqui quando a Lili sair, Casey. - digo decidido.

- Mas você precisa dormir, tomar um banho, comer alguma coisa decente. Ou então é você quem vai ficar doente. - insiste.

- Faz o seguinte, eu te dou dinheiro, você vai em alguma loja, compra um carregador pra mim, umas roupas e me traz uma comida decente. Eu tomo banho num hotel aqui perto, e durmo aqui na cadeira mesmo como tenho feito. - sorrio forçado e Casey revira os olhos.

- Seus amigos devem estar loucos atrás de você. - resmunga. - Mas eu vou fazer o que pediu, imagino como deve ser difícil pra você sair e deixar ela "sozinha" aqui. - assinto e respiro fundo agradecendo mentalmente por ele ter aceitado fazer meu pedido.

Pego o dinheiro em minha carteira e entrego na mão dele. Casey logo sai do hospital, e eu fico encarando meu celular descarregado. Eu preciso avisar pra alguém o que está rolando, ou inventar uma boa mentira. Mas pra isso, Casey precisava chegar com o carregador novo.

Largo meu corpo exausto na cadeira da sala de espera, e fico por horas vendo pessoas entrando e saindo dali. Umas chorando, outras felizes, e a maioria com cara de que a situação não estava nada boa.

Não vi sinal do médico de Lili, e com isso, não tive notícias novas dela. Mas pelo que ele disse da última vez, ela estava reagindo bem, porém, devagar.

Eram por volta das duas da tarde quando Casey chegou cutucando meu braço para que eu despertasse do meu cochilo. Ele estava com umas sacolas de roupa na mão, e na outra uma embalagem de plástico que continha comida.

- Não é lá a coisa mais gostosa do mundo, mas pelo menos, tem tudo o que você precisa pra se manter em pé, já que não vem se alimentando direito, nem muito menos dormindo bem.

- Valeu, cara. - murmuro e pego a embalagem de plástico de suas mãos. - Você pode colocar meu celular pra carregar em alguma dessas tomadas? Preciso inventar uma desculpa por ter sumido durante dois dias. - encolho os ombros e Casey pega o celular de minhas mãos. Ele deixa as sacolas no banco ao meu lado e caminha até uma tomada deixando meu celular sobre a cadeira mais próxima da mesma.

Começo a me forçar a comer calmamente. O nervoso me causava dores de estômago e tirava meu apetite, então venho me alimentado de coisas como café, e alguns snacks das máquinas do hospital.

Depois de uns quarenta minutos termino de comer toda a comida que Casey havia trazido. Sinto-me ainda mais enjoado, mas, pelo menos, sabia que não desmaiaria a qualquer momento.

- Você vai lá agora? - Casey questiona quando volto após ter ido jogar as coisas na lata de lixo.

- Vou ligar pra um amigo e depois vou. - caminho até meu celular, tiro o carregador do aparelho e em seguida da tomada e o guardo no bolso. Clico nas chamadas recentes e ligo para KJ.
- Caralho, seu filho da puta! Você tá vivo! - a voz esganiçada de KJ soa do outro lado da linha.

- Sim, eu tô vivo, deixa de ser estérico. Eu tenho que falar rápido.

- Por que? O que aconteceu?

- Rolou uma parada com a Lili, eu tô com ela no hospital, e vou ficar aqui até ela receber alta. Mas KJ, eu não quero que ninguém saiba. Entendeu? Diz pra todos que eu precisei fazer uma viagem de negócios às pressas com meu pai. - dito o mais rápido e firme que consigo.

- Tudo bem, se precisar de alguma coisa me liga ok? Ah, a Zoe está em cólicas atrás de você. Está num humor péssimo. - reviro os olhos e rio nasalado.

- Inventa algo pra ela, diz que eu disse que estava com saudades, e que vou recompensar ela quando chegar, sei lá. - falo baixo. - Agora eu preciso ir. Tchau. - finalizo a ligação antes que KJ possa me responder e guardo meu celular no bolso voltando em direção ao Casey.

- Eu vou lá. O hotel fica na rua do lado, não vou demorar mais que meia hora. Se acontecer alguma coisa pelo amor de Deus, Casey, me liga. - dito sério enquanto pego as sacolas que ele havia trago pra mim.

- Eu não tenho seu número. - diz entregando-me seu celular. Digito rapidamente meu número no mesmo e o entrego seu celular de volta.

Demorei menos do que eu esperava, em meia hora eu já estava sentado na sala de espera de novo, ansiando por alguma notícia nova de Lili.
O médico finalmente apareceu e caminhou em minha direção enquanto eu voltava da máquina de café com um cappuccino nas mãos.

- Como ela está? - questiono afobado por ter andado um pouco mais rápido pra alcançar o médico.

- Cada vez melhor, meu rapaz. - ele dá um sorriso reconfortante e eu sorrio aliviado. - Sua namorada está reagindo bem, e os remédios estão começando a fazer um efeito melhor. A estamos mantendo dopada para poupá-la da dor, mas você já pode entrar para ficar com ela. - sinto meu coração acelerar, mas de uma maneira estranhamente boa.

- Agora? - questiono sem conseguir conter o alívio e animação em minha voz.

- Sim. Você poderá apenas passar a noite como acompanhante dela, tudo bem? Você entra agora, as dez da noite, e sai às seis da manhã. - explica e eu arqueio a sobrancelha.

- Mas é muito pouco tempo, porque isso?

- Porque às dez ela toma os últimos medicamentos do dia, e às seis ela toma os primeiros. Sendo assim os enfermeiros e médicos começam a circular pelo quarto, e não é bom que haja muita movimentação no quarto. - assentindo e respiro fundo.

- Só um segundo. - peço e o médico assente, logo caminhando em direção a recepção.

Caminho até Casey e entrego meu café a ele depois de explicar tudo o que o médico havia me dito. Ele me pede pra me dar notícias da Lili pelo celular e eu concordo logo indo em direção ao médico, e o acompanho em seguida para o local que Lili estava.

O médico abre a porta do pequeno quarto irritantemente branco e eu finalmente consigo ver Lili. Adentro o quarto calmamente e ouço o médico fechar a porta atrás de mim. Olho por cima do ombro vendo que estava sozinho come ela, e me aproximo de sua cama.

Ela tinha fios espalhados por seu braço e colo, estava sendo monitorada de todas as formas possíveis. Lili estava dormindo por conta dos sedativos. Seu corpo tão pequeno a meu ver estava coberto por um lençol grosso até o início de seus seios, suas mãos estavam repousadas sobre sua barriga, e a respiração dela parecia tão calma que seu peito mal levantada.

Lili estava muito machucada, seu rosto estava inchado, com pequenos cortes e os olhos arroxeados. Sinto meu coração apertar em meu peito, como se alguém pisasse nele. Levo minha mão ao cabelo dela e o acaricio com cuidado com medo de machucá-la.

- Volta pra mim, meu amor. - sussurro e encosto meus lábios em sua testa. - Eu não sei viver em um mundo sem você, Lili, nunca soube. - minha voz sai embargada por conta do nó que se forma em minha garganta. - Você é forte, eu tenho certeza que você vai sair dessa. - encaro seu rosto e percebo que uma lágrima minha cai em sua bochecha, levo meu polegar ao local e o seco com cuidado, logo deixando um beijo suave no rosto dela. - Você precisa ficar bem pra nós dois matarmos aquele desgraçado. - falo baixo e me afasto um pouco. Abraço meus braços e suspiro pesadamente sem tirar meus olhos dela. - Eu te amo tanto, Lili. Eu não sei o que fazer da minha vida sem você.

 ʀᴇᴛᴀʟɪᴀᴛɪᴏɴ 彡 ˢᵖʳᵒᵘˢᵉʰᵃʳᵗOnde histórias criam vida. Descubra agora