Grudge and revenge

134 15 2
                                    

Rosalie se sentira como se mal tivesse pregado os olhos, quando a mão de alguém agarrou-lhe a lateral do corpo. Ela resmungou e se encolheu quando as cortinas foram abertas para permitir a entrada do sol da manhã.

-Acorde. –Não era surpresa que fosse Drogo.

O corpo da garota se deslizou novamente para baixo do cobertor, e ela cobriu a cabeça, mas o irmão segurou as roupas da cama e atirou-as ao chão. A camisola de Rosalie estava enroscada nas coxas. A jovem estremeceu.

-Está frio. –Gemeu ela, apertando os joelhos contra o corpo.

-Levante-se. –Drogo arrancou os travesseiros de baixo da cabeça de Rosalie. –Estamos perdendo tempo.

A jovem resmungou, se arrastando até a beirada da cama e pendurou uma das mãos para tocar o chão.

-Meus chinelos. –Balbuciou ela. –O chão parece gelo.

Drogo resmungou, mais a irmã ignorou se colocando de pé. Ela cambaleou e se arrastou até a sala onde um laudo café da manhã a esperava sobre a mesa.

-Você consegue ser mais preguiçosa do que eu. –Drogo tomou um dos assentos da mesinha.

O que quer que tenha sentido, Rosalie escondeu dele. Deu um suspiro ríspido e exagerado, jogando-se na cadeira mais próxima com a sutileza de uma fera gigantesca. Seus olhos percorreram a mesa. Sempre farta. Com um garfo, serviu-se um pedaço de salsicha.

Da cadeira, Drogo perguntou:

-Por que está tão cansada?

Rosalie engoliu o restante do suco de romã, limpando os lábios com um guardanapo.

-Conversei com Nicolae a respeito de Peter e depois, fiquei até as 4 da manhã lendo da biblioteca pessoal do Viktor. –Respondeu ela.

Drogo meneou a cabeça, sem acreditar.

-Não sei como você consegue, ele tem o maior ciúme daqueles livros. –Drogo comentou, encarando-a intrigado.

A resposta foi um sorriso afetado, seguido de uma garfada de presunto.

-Ele poderia ter ignorado meu pedido se quisesse, além disso, com quem você acha que peguei o hábito de ler?

-Sou a ovelha negra da família. –Drogo segurou a risada lembrando-se de seus irmãos, que em alguns finais do dia, os via presos em histórias na biblioteca... um grupo de viciados em literatura.

A jovem enfiou uma colherada de mingau de aveia na boca, viu que estava insípido, jogou quatro porções de açúcar mascavo sem cerimônia a gororoba cinzenta.

-Ler é entrar em um universo paralelo da fantasia, você deveria experimentar. –De súbito, Rosalie perdeu a fome empurrando a tigela de aveia para o outro lado da mesa. Nem todo açúcar do mundo, faria esse grude pastoso descer garganta abaixo.

-Vou me vestir. –Ela se virou para chamar Grace, sua serva pessoal... mais se deteve. –Que tipo de atividades devo esperar que Nicolae me passe? Para me vestir de acordo, é claro.

-Nicolae nos dispensou hoje, a prioridade dele é os problemas do Peter. –Drogo se levantou indo a varanda.

-Porque não me avisou antes? –Rosalie voltou a olhar para a cama, sentindo o sono voltar.

-Não ouse! –Drogo a adverte sorrindo. –Vamos sair um pouco, aposto que você não teve tempo de visitar a cidade.

A jovem bocejou, espreguiçando-se. Só assim falou:

(Viktor Bartholy) -Promessas sangrentas.Onde histórias criam vida. Descubra agora