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As semanas seguintes tinham corrido bem, talvez fosse impossível deixá-las ainda melhor. Pude me aproximar dos irmãos Bartholy e conhecê-los, os treinos fora uma chance que tive para lhe dar com cada um de forma diferente, logo, o resto poderia ser facilmente relevado.
Mas por outro lado, me esforçava ao máximo para manter Drogo na linha... em suas crises de sede por sangue humano. Nicolae se saírem bem em treiná-lo adequadamente no quesito caçar, mais o silêncio de Peter em alguns momentos não me confortava. Por mais que tivéssemos um jeito único de se comunicar, tive a sensação que ele escondia segredos mantidos a sete chaves. Aflita por migalhas de respostas, venho o treinando na esperança entre as pausas do treino, a conversa finalmente fluísse.
-Levante-se! –Aviso pela quinta vez no dia, avistando Peter deitado não chão pelo golpe que acabara de levar. –Não terá sempre eu ou um dos meninos por perto.
-Estou ajudando você a sobreviver, vamos Peter! –Tento motiva-lo o vendo se levantar, apoiando-se em uma árvore.
Peter serra os punhos, mudando os olhos para vermelho. Como já esperava por isso, os olhos de Rosalie se abriram assim que as botas roçaram no chão com um desvio rápido. Peter tentou ataca-la, mais a híbrida derivou-se dos golpes defendendo-se voltando a posição inicial. Os braços de Rosalie doeram ao serem acordados do torpor, mais ela continuou a desviar e bloquear.
-Bom... –Falei entre dentes, bloqueando um ataque que forçou-me a assumir a posição defensiva. –Muito bom. –Exclamei com um suspiro.
Peter sorriu de lado com o comentário, avançou novamente, dessa vez com velocidade. Rosalie segurou o punho do adversário quem em dado momento usou para acerta-la, ela desviou rapidamente de outro golpe usando o cotovelo, dando uma inesperada joelhada na boca do estomago, fazendo o vampiro se curvar um pouco para frente. Rosalie posicionara a mão livre no peito de Peter, empurrando o corpo do irmão em direção ao chão em um só movimento. Ele arqueou quando suas costas colidiram com a areia, sentindo a sensação nauseante da queda.
- Onde está sua cabeça Peter?!! - Questionei, pela clara falta de foco do irmão.
Sabia claramente que quando se caia em uma luta, as chances de sair vivo eram mínimas, ainda mais quando se estava sozinho... Um duelo é como uma dança, os passos devem ser respeitados sem não tudo desmorona.
O rapaz não respondeu. Não sabia. Admitia sua falta de entusiasmo nos treinos desde a semana passada, não estava conseguindo se sair bem em nenhum deles. Peter pôs-se de pé, tapeando a própria roupa para se livrar do excesso de poeira e grama. Precisava desesperadamente de um banho quente, e muito provavelmente de sua cama idiota e do confortável piano, onde passará horas refletindo.
- O que acha de pararmos por hoje? - Sugeriu ele, tentando parecer indiferente.
-Não acho que esse seja o seu problema. - Ergui uma das sobrancelhas, correndo os dedos pelo cabelo a fim de reafirmar o rabo de cavalo que fizera mais cedo.
Peter esperou que ela continuasse, queria que a irmã o fizesse... mais nada veio. A híbrida se distanciou da clareira até onde suas coisas estavam, buscou por água na bolsa e logo depois mordeu uma maçã. Só então se deu conta que Peter permanecia no mesmo lugar, sob o alaranjado do sol poente no centro do gramado.
- Sei que está difícil Peter, mais terá que escolher. - Avisei, me referi a sua alimentação.
Esse era o último mês em que seu corpo se adaptava as transições do modo vampiro, e isso o preocupava. Esse era sua chance de decidir-se em se tornar um "vegetariano" ou perder a humanidade se alimentando de sangue humano.
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(Viktor Bartholy) -Promessas sangrentas.
Vampiro"O inferno está vazio e todos os demônios estão aqui." Da famosa peça (A Tempestade), quando Shakespeare disse isso ele certamente não sabia o que eu sei sobre demônios. Afinal, sei que vivo rodeada de seres sobrenaturais com integridade, honra e ve...
