Os Escolhidos

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No dia seguinte Jack Sparrow acordou de ressaca. Havia um tempo que não bebia para matar a vontade. Sua cabeça latejava e sentia-se zonzo. Abriu a janela do quarto onde passará a noite e cobriu seus olhos com a linda paisagem do Pérola Negra flutuando no cais.

Desceu para a taverna e lá encontrou alguns de sua tripulação e Gibbs tomando café da manhã.
A mesa estava rodeada de cerveja. Havia muito pão e peixe. A cerveja estava num balde já pela metade.

— Tão cedo e já bebendo?

— Jack! — exclamou Gibbs alegremente — Finalmente acordou junte-se a nós, vamos beber. Temos cerveja e também...

— Não, não, não suporto mais o cheiro do álcool. Como vocês ainda conseguem? — sua cara era de repugnância. Jack olhou para o balcão e seguiu para lá.

— Olhe Jack eu sei que bebemos muito, mas estou preocupado com...

— Um café por favor — pediu o capitão.

Gibbs se inclinou no balcão.

— Não se preocupe comigo. Estou bem, é que depois de tanta coisa acabei exagerando no rum ontem, eles devem completar com alguma coisa, por isso a dor de cabeça. Lembra-se daquela pequena ilha onde colocavam água do mar no rum para render mais?

Gibbs gargalhou.

— Como poderei esquecer, você destruiu metade da ilha.

— Aquilo foi um acidente.

— Assim como muitos antes e depois...

Os dois sorriram.

— Então me diga capitão Jack Sparrow — e tomou um gole de cerveja — Qual será nossa próxima façanha?

— Sabe? — Jack refletiu mas não demorou a responder. O balconista colocou um copo ao seu lado e encheu de café. Estava quente e a fumaça fazia desenhos — Não sei se você tem notado, mas nunca ficamos mais de um mês num lugar só. — Gibbs apenas ouvia. Jack pegou o café mas não tomou. — O que me diz, tirarmos umas férias? Aproveitar essa nossa vitória tão doce?

— O que tem em mente capitão?

— Eu pensei — e tomou outro pequeno gole do café — Em construir algo. Ficar de boa entende?

Gibbs tentou compreender.

— Como uma frota? — um entusiasmo subiu-lhe a cabeça — Ooh! Venho Jack, não perde mesmo o jeito de sempre estar por cima.

Jack parou e pensou por um segundo.

— Bem não seria bem isso. Mas eu acho essa sua ideia ótima. Mas o que me refiro mesmo é em darmos um tempo a essas incríveis aventuras...

— É devo admitir Jack que não tinha muita esperança de sair vivo dessa vez.

— Então o que me diz.

Mostrou o a caneca de cerveja, e os dois brindaram e num gole só beberam tudo.

— O que seria exatamente esse relaxamento que vamos dar?

— Estava pensando em ficar um tempo fora do mar. Bom eu amo o Pérola e não vamos nos desfazer dele, mas a vontade no momento é encontrar uma casa, uma grande casa com uma bela vista onde possamos beber e contemplar a vida fazendo exatamente nada.

— Pensei que tinha enjoado de bebida.

— Você me entendeu — e se retirou do bolão. Caminhou até a mesa onde estava a tripulação e abriu o jogo para todos. Gibbs foi atrás — Olá senhores, tenho ótimas notícias. Bom como sabem muitos de vocês já estão conosco a um bom tempo — e olhou para outro que nunca sequer tinha o visto — Alguns nem tanto. Seguinte, não sei vocês mas eu estou cansado dessa vida de ficar apenas velejando de lá para cá em busca de algo que possa passar mais um dia vivo.

Todos consentiram.

— Estou propondo um novo modo de trabalharmos. O que vocês acham de ter seu próprio navio?

Os homens se entre olharam de olhos brilhantes como se tivessem ouvido a melhor proposta de suas vidas.

— Escolheremos um capitão entre vocês e bum! Está feito uma nova embarcação navegando sob o nome Sparrow.

— Precisaríamos de um capitão — a voz do marinheiro era áspera.

— Com certeza. Um de vocês.

— O mais capacitado é claro — falou Gibbs ao lado.

— Poderíamos fazer uma votação.

— Eu voto e mim.

— Eu também.

Outros dois já se levantaram.

— Eu voto no mais forte. Eu!

Jack se virou lentamente para para Gibbs que dei de ombros.

Mais tarde juntaram toda a tripulação no convés do Pérola. Todos em círculo. Em cima dos mastros. No convés de cima ao lado do Timão e nas escadas.

— Vocês são geniais. — cochichou Wittor para Gibbs ao lado do Timão.

Jack explicava as regras à tripulação.

— Entenderam? Dei uma escolha a vocês. Então os escolhidos lutaram, e os vencedores se tornaram capitães e navegaram sob minha bandeira.

— Uma pergunta senhor?

— Pode fazer. — falou Jack.

— Seu que precisaremos de um navio, e só temos o Pérola. Como...

— Muito boa a pergunta. Isso também fará parte da provação de que são realmente dignos de serem seus próprios mestres. Os vencedores dessa luta, terão que tomar seu próprio navio. Se forem capaz serão considerados piratas dignos e terão a minha aprovação, minha proteção e tudo que precisam para atacar, saquear até ficarem exaustos. Que comece a luta.

Os dez piratas olharam entre si sem entender. Depois um partiu para cima do outro.
Um socou outro na cara. Outro desviou de um chute e o empurrou para fora do navio. Três partiram para cima do mais forte. Terminando ele a luta seria entre si.

— Vocês sabem mesmo se divertir — exclamou Wittor.

Todos riam e se divertiam com a luta. Aquilo parecia a Roma antiga.

Por fim sobrou apenas três homens. Dois sangravam pelo nariz e seus olhos já estavam se fechando pelos socos. Estavam em se preparando para o final quando Jack ergueu a mão e disse:

— Parabéns, vocês ganharam, não podem parar... 

A comemoração e o alívio dos lutadores foi grande. O dia era de festa.

— Senhores! — Jack cessou a comemoração — Parabéns aos vencedores. Descansem e juntem tudo que precisarem. Partiremos ao por do sol.

Piratas Do Caribe E O Segredo Do Örnbo IluminaciónOnde histórias criam vida. Descubra agora