P.O.V. Betty
-Betty, amor! Estou indo! —Jughead gritou do andar de baixo.
-Ta bom! Bom trabalho! —gritei de volta.
Saí do banheiro e fiquei olhando minha barriga no espelho do guarda roupa. Como está grande! Como meu menino cresceu nos últimos meses...
-Mamãe te ama. —disse passando a mão e minha barriga.
Coloquei um vestido, é a única coisa que consigo vestir ultimamente, e desci para preparar meu café da manhã.
Quando me sentei, com certa dificuldade, no assento da bancada, senti uma pontada na barriga. Ignorei, a médica disse que nesses últimos meses de gestação seria normal. Continuei a comer meu cereal quando senti de novo, dessa vez mais forte. Fechei os olhos e respirei fundo contando até 10. Levantei e fui caminhando devagar até a pia, com medo de que com qualquer movimento brusco a dor voltasse. Não adiantou, veio de novo, e ainda mais forte que das outras duas vezes. Coloquei minha tigela na pia e fui em direção à sala, buscar meu celular. No caminho, senti meus pés molhando. A bolsa. Respirei fundo mais uma vez e tentei manter a calma.-Aaaa! —meu Deus, que dor é essa?!
Peguei meu celular e liguei para o Jughead. Um toque. Dois toques. Três toques. Merda! No quinto ele atendeu.
- Oi, amor. Tudo bem?
-Juggie... —não consegui continuar pois mais uma contração veio.
-Betty? Betty, o que foi?
-A... bol.. bolsa...
-Ai meu Deus! Meu filho vai nascer? Ai meu Deus, calma. Você tá em casa?
-Si... aaaaa... Sim, estou. Tá doendo.
-Estou indo. Vou ligar pra Ronnie passar aí e te levar pro hospital. Ela vai chegar mais rápido que eu.
-Ta. Rápido.
-Te amo.
5 minutos depois Ronnie entrou na minha casa totalmente desesperada e falando nada com nada. Subiu e voltou com a bolsa do bebê. Archie e ela me carregaram até o carro. Que dor!
Archie foi dirigindo como um maluco enquanto Ronnie intercalava entre fazer exercícios de respiração comigo e ligar para os meus pais, Jughead e minha médica.
Não sei quanto tempo depois, mas pra mim mais tempo do que eu gostaria, chegamos ao hospital. A doutora Young já estava a postos. Me levaram para uma sala onde já estava tudo preparado. Meu parto seria normal e estou começando a me arrepender disso porque já está doendo muito.
-Faz força, Betty.
Eu tentei mas não tinha força, não dava.
-Vamos, Betty, você consegue!
Tentei de novo, mas não conseguia.
-E-eu... eu preciso... preciso do Jughead... Cadê o Jughead?
-Ele está vindo, querida. Mas não desista, tenta! Você é forte, você consegue.
Lágrimas caíam dos meus olhos. Eu fazia força, mais força... Nada.
A porta se abriu. Revelando a minha força. Jughead. Sorri ao vê-lo. Com ele eu consigo. Eu e ele. Juntos.
-Amor... —ele disse segurando minha mão. —Ei, tô aqui contigo. Sempre.
Olhei de dentro de seus olhos. Os olhos que me mostram o amor, que mesmo depois de anos ainda me fazem sentir borboletas no estômago, que me faz sentir a mulher mais sortuda e especial do mundo.
Eu consigo.
Apertei sua mão e fiz força. Senti a energia dele passando para mim. Fechei os olhos e empurrei com mais força. Uma única lágrima escorreu do meu olho direito juntamente com um choro de bebê. O meu bebê.
A doutora Young colocou ele no meu colo e então eu desabei. Olhei para Jughead que também estava chorando.
Meu filho ainda estava sujo, com os olhos fechados, mas lindo. O mais lindo de todos.
-Vou levá-lo para fazer a pesagem, banho e primeiras vacinas. Trago ele para vocês logo, logo. —tirou meu filho do meu colo e me senti vazia, afinal foram 9 meses com ele sempre junto comigo.
-Vou avisar aos outros em quanto você toma banho. —Jughead disse e eu assenti me levantando com a ajuda de uma enfermeira. —Betty, obrigado. Eu te amo, mais do que você possa imaginar.
-Eu não conseguiria sem você. Eu te amo, muito.
Sorrimos e ele saiu do quarto.
Tomei banho e quando voltei ao quarto, ele já estava com lençóis trocados e uns balões. Aposto que os balões são coisa de Verônica.
Deito na cama e Jughead, meus pais, Ronnie, Archie e meus sogros entram.
-Betty! Ele é tão lindo —Verônica disse.
-Claro que ele é, é meu filho, né?!
-Ah cala boca, Jughead. Você se acha o gostosão né? —Archie disse implicando com o amigo.
-Mas ele é. Meu marido é o mais gostoso. —eu disse.
-Ai tá bom vocês aí. Quando ele vem pro quarto, Betts?
- Não sei, mãe. Também queria saber. —eu quero segura-lo logo! Ver seu rostinho, saber como são seus olhos...
-Olha quem veio conhecer a família... —uma enfermeira entrou sussurrando.
Ela pôs ele no meu colo e Jughead se aconchegou ao meu lado na cama.
-Oi, meu amor —falei baixinho, alisando seu rostinho perfeito.
-Oi, Peter, aqui é o vovô.
Jughead estava todo bobo, não conseguia nem falar.
Ficamos um bom tempo ali paparicando Peter até que todo mundo foi embora deixando apenas eu, Jughead e ele. Eu não sabia que estava esperando tanto por esse momento até ele acontecer. Minha família está, de fato, aqui. Agora nós podemos vê-lo, tocá-lo.
-Segura ele, amor.
-Eu não sei fazer isso, Betts.
-Claro que sabe. Anda.
Jughead tirou os braços envolta de mim e pegou Peter. O sorriso que se abriu em seu rosto, foi o mais lindo que ele já deu até hoje. Eu poderia ficar o resto da minha vida assim, só olhando para esses dois. Os dois homens da minha vida.
-Olha, amor, ele está abrindo os olhos.
Pra minha sorte, são como os de Jughead. Perfeitos. Combina com ele.
Peter ficou olhando para mim, e eu me senti preenchida. Eu não preciso de mais nada na vida.
- Até ele já sabe que você é a mulher mais linda do mundo. —Jughead disse.
E no momento em que disse, Peter o olhou. Como se reconhecesse a voz do pai.
-Ele conhece a gente. —eu não pude conter o sorriso.
-É claro sim.
Cheguei mais perto e coloquei minha cabeça no ombro de Juggie. E só ficamos ali, curtindo nosso bebê. Nosso Peter.
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Nas mãos do destino - Bughead Story
FanfictionBetty conheceu Jughead no primeiro ano do ensino médio. Eles se tornaram amigos mas logo ela percebeu que estava apaixonada. Quando finalmente criou coragem para se declarar, as coisas não saíram muito bem como ela esperava... O que o destino reser...