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P.O.V. Jughead

-Anne, Peter! Desçam pra jantar.

Eles desceram resmungando. Peter tem agora 17 anos e Anne 9. Betty teve medo durante a gravidez de Anne devido ao que aconteceu no parto de Peter. Mas deu tudo certo, Betty é a mulher mais forte do mundo e Anne nasceu saudável e linda, e conforme os anos passam, mais linda ela fica, igual a mãe. Já estou treinando na frente do espelho minha cara de pai bravo para afastar os urubus, coisa que tira grandes risadas da minha bela esposa.

-Jug, vamos para a casa de praia amanhã?

-Vamos, claro.

-Eba! Mamãe, vamos arrumar minhas roupas. —Anne adorava a praia.

-Depois do jantar, querida.

-Pete, agora eu já sou maior posso pular da pedra com você?

-Se a mãe e o pai deixar...

-Deixa mamãe, deixa papai, por favor! Vocês falaram que na próxima eu podia.

Eu e Betty nos olhamos.

-Papaaaai!

-Ok, ok, mas cuidado.

-ISSO! —ela botou a última colher na boca. —Vamos, mamãe, já acabei. Acaba logo, Pete, eu te ajudo arrumar as suas.

Anne ama o Peter, ela quer fazer tudo com ele, se pudesse não desgrudava dele um segundo. Nunca tivemos problemas com brigas entre eles.

-Já vou, linda, quero falar com o pai antes.

-Ah, tá bom, não demora.

Ela e Betty subiram as escadas e eu encarei Peter.

-Fez merda? —perguntei.

-Não. Na verdade, eu queria um conselho...

-Manda.

-Então...Eu acho que estou apaixonado pela Liza.

-Você acha? Eu tenho certeza. E qual o problema?

-Ela é minha melhor amiga. E se ela não gostar de mim e isso mudar tudo?  E se gostar? Daqui alguns meses vamos pra faculdade, nem sei se vou ver ela de novo.

-Acho que isso é mal de família. Sua mãe era minha melhor amiga do ensino médio. Eu era apaixonado por ela desde aquela época e nunca tive coragem de dizer, pelo mesmo motivo que você. Mas por sorte, ela sempre foi mais corajosa que eu e se declarou pra mim, mas quando ela fez isso, eu estava mudando de país e acabei falando que não gostava dela só pra ela não sofrer porque eu estava indo embora.

-Isso foi muito idiota, pai. Ela sofreu do mesmo jeito.

Eu ri.

-Verdade. Sabemos que você é mais inteligente do que eu era.

-E como vocês estão juntos agora?

-Por alguma razão, destino talvez, nós entramos na mesma faculdade, no mesmo curso e na mesma sala. Eu tinha uma "namorada" —simbolizei as aspas— e ela tinha um "namorado". Mas eu ainda a amava, e ele ainda me amava.  Muita coisa aconteceu mas ficamos juntos, como tinha que ser. Ela ainda é minha melhor amiga, meu amor, minha vida e me deu você e sua irmã. O fato da Liza ser sua melhor amiga, é ótimo, porque vocês já se conhecem e se amam. Fala com ela, se ela não corresponder, o que eu acho difícil, vocês vão saber não deixar isso atrapalhar a amizade de vocês. Tenha a coragem que sua mãe teve e eu não.

-Obrigado, pai. —Ele me abraçou e subiu.

Betty ainda não havia descido, então retirei a mesa e lavei a louça. Quando subi, Betty estava dormindo.
Tirei a camisa, dei um beijo em sua testa e deitei ao seu lado. Ela automaticamente se enroscou em mim e dormimos.

Depois de 2 horas no carro, já estavamos na praia. Anne e Peter estavam pulando das pedras e eu e Betty estávamos sentados na areia, ela entre minhas pernas.

-O que o Peter queria falar com você ontem?

-Ele está apaixonado pela Liza, mas tá com medo de ela não sentir o mesmo e isso estragar a amizade deles e de caso ela sinta o mesmo, não saber o que fazer quando forem para a faculdade.

Betty gargalhou.

-Sei bem como é essa sensação. —disse entre os risos— O que disse pra ele?

-Que a mulher mais linda e corajosa, a qual ele tem a sorte de chamar de mãe, teve a coragem de se declarar para o idiota do pai dele, que mesmo a amando mais que tudo na vida disse que não sentia o mesmo para não fazê-la sofrer.

-Eu sofri do mesmo jeito.

Revirei os olhos. Eu era mesmo um idiota.

-Desculpe.

-Já passou amor. O que mais disse?

-Que mesmo depois de eu ter ido embora, o destino nos uniu de novo. Que depois de todo esse tempo, você continuou sendo minha melhor amiga, meu amor e me deu os meus maiores presentes. Que eles vão achar o caminho de volta um para o outro, assim como nós.

Ela já estava de frente pra mim, olhando em meus olhos.

-Eu sempre vou achar o caminho até você. Eu não vivo sem você. Te amo, muito.

-Te amo, Betty. Sempre amei e sempre vou te amar.

Fim.

Anne, 9 anos

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Anne, 9 anos

Peter, 17 anos

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Peter, 17 anos

Peter, 17 anos

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Liza, 17 anos

Oi, gente!! A fic termina aqui. Desculpem todas as vezes que sumi e por ter vindo do nada com o capítulo final. Mas já estava na hora de terminar. Essa foi minha primeira fic e espero que tenham gostado. Obrigada a todos que leram, comentaram, deram estrelas e acompanharam até aqui. Beijos!

Nas mãos do destino - Bughead StoryOnde histórias criam vida. Descubra agora