Nas mãos do destino - Bughead Story

28.

P.O.V. Cheryl

Estou revirando na cama desde que deitei. Não consigo parar de pensar no que a Betty disse. A Toni quer me ver.

Mulher retardada, eu corri atrás dela por um ano e ela só me esnobou, faltava cuspir na minha cara. Agora que cometeu um crime, não tem mais ninguém, está presa num hospital para malucos, ela quer me ver? E por que eu estou perdendo meu tempo pensando nisso? Eu tinha que dizer não e pronto. A resposta é simples, porque eu sou a pessoa mais trouxa do mundo e ainda gosto dela. É isto, eu vou lá. Não vou conseguir ficar em paz se não souber o que ela quer comigo. 

[...]

Cheguei no hospital onde ela está, assinei um caderno e estou num corredor indo em direção onde eu acho que seja o quarto dela, minha mão está suando. A mulher que me acompanhava abre a porta e vejo Toni deitada lendo "Como eu era antes de você". Por fora, ela parece a mesma, mas seu olhar está diferente.

-Cheryl, você veio

-Eu fiquei curiosa pra saber o que você queria comigo

A mulher encosta a porta e sai, eu me sento na cadeira

-Não precisa ficar tão longe, eu não vou te atropelar também

Como eu não disse nada e não esbocei nenhuma reação, ela continuou

-Primeiro, eu queria te pedir desculpa, por ter te tratado tão mal. Eu estava doente e não sabia. Me arrependo de verdade pelo o que fiz com a Betty, com você e com o Jug. Eu não sou aquela pessoa. Eu ficaria muito feliz se você me perdoasse. Segundo, eu queria dizer que ninguém nunca gostou e lutou tanto por mim quanto você, eu sou muito estúpida por não ter dado valor. Mas como eu disse, eu estava doente

-Sabe, Toni, eu devo ser muito idiota mesmo, porque apesar disso tudo, eu ainda gosto de você e consigo ver que está falando a verdade. Mas não sei o que você espera de mim agora que está aqui 

-Sei que é pedir de mais, mas eu queria que você me esperasse. Eu quero começar de novo, com você. Mas eu entendo se você não quiser. Se você encontrar alguém nesse tempo, tudo bem também. Mas se não encontrar, eu gostaria mesmo de tentar

-Quando você sair daqui, a gente conversa e vê o que faz. Eu preciso ir, tenho que fazer a prova do meu vestido de madrinho pro casamento da Betty e do Jughead. Até qualquer dia, Toni. 

Me levantei e quando estava chegando na porta, ela me chamou:

-Cheryl, espera

Quando me virei, fui surpreendida com um beijo. Eu esperei tanto por isso. Já tinha perdido a esperança que isso um dia aconteceria. Aproveitei o momento. Quando nos separamos, eu disse:

-Tchau, Toni -não conseguia evitar um sorriso, ela percebeu e sorriu também

-Tchau, Cheryl

[...]

Encontrei Betty na loja dos vestidos logo depois de sair do hospital psiquiátrico. Todas as meninas já estavam lá, felizes da vida

-Betty, posso falar com você ali fora rapidinho? 

Betty era a mãezona do grupo, principalmente depois do acidente. Ela sempre sabe o que fazer.

-Claro, Cherylzinha

Fomos até uma lojinha de chá que tinha do lado da loja de vestidos. Sentamos lá.

-O que foi, meu amor? Ta com uma carinha xoxa desde que chegou

-Eu fui ver a Toni.

-Ah, tinha que ser. Eu falei pra ela não fazer nada com você, eu vou acabar com essa garota 

-Não, Betty, calma. Ela me beijou 

-Como é que é?

-Pois é

-Assim sem mais nem menos?

-Não. Ela pediu desculpas por não ter me dado valor e blá blá, que gostaria de tentar começar de novo comigo quando sair de lá. Ai quando estava indo embora, ela me chamou e me beijou

-Pela sua cara já sei que amou

-Sim. Eu sei que o que ela fez com você foi horrível, mas eu não consigo, Betty, eu não consigo deixar de gostar dela - uma lágrima caiu de meus olhos- Ela pareceu sincera...

-Quando eu falei com ela, ela também me pareceu sincera. Se você quer esperar por ela, tudo bem. Não negue isso por mim. Eu vou te apoiar seja qual for sua decisão

-Obrigada, Betts. Isso é muito importante pra mim - dei um abraço nela -Agora vamos, temos que ficar com vestidos lindos pro casamento do ano.

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Choni tinha que acontecer não é mesmo? 

Próximo capítulo é casamento Bughead!!! aaaaa