Capítulo 12

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   Na sala de espera do hospital Henry se encontrava sentado com o queixo apoiado no punho fechado enquanto aguardava notícias sobre o nascimento das filhas.

- Doutor Carter, deixe que o meu irmão vá até ela - ouviu a voz do irmão.

- Eu sinto muito, mas o parto da senhora Jones é complicado e eu não posso permitir a entrada do seu irmão na sala.

- Mas ele é o pai.

- Sinto muito, meu jovem - disse o médico com sinceridade. - Mas não há nada que eu possa fazer.

  Henry fechou os olhos por alguns instantes e fez uma oração em silêncio pedindo a Deus por sua misericórdia, pois ele sabia que o Criador ouvia as batidas de seu coração.

- Henry? - Adam colocou a mão sobre o ombro do irmão.

  Ele piscou algumas vezes e abriu os olhos o encarando. As lágrimas que ele tanto segurou escorreram pelo seu rosto.

- Vai ficar tudo bem, Henry. Deus está no controle de tudo.

   Henry soltou um fraco sorriso.

- Eu sei, mas ainda assim estou com medo - ele passou as mãos pelo rosto limpando as lágrimas.

- Aumente o som de sua oração e deixe os seus medos surdos, irmão.

   Benedict aproximou-se com dois copos de café na mão e os ofereceu.

- Não obrigado, Ben.

- Obrigado, Ben - agradeceu Adam pegando um dos copos de café da sua mão.

  Henry viu uma enfermeira no corredor com duas bebês nos braços e levantou-se correndo na direção dela.

- Espera, Henry - O irmão e o cunhado disseram em uníssono, antes de correr atrás dele e quando ambos o alcançou pararam ao seu lado.

- Com licença, senhora. Poderia me informar se minhas filhas nasceram? - questionou ele parando na frente da enfermeira.

- Sim - sorriu levemente. - Suas filhas nasceram bem e saudáveis.

- E eu poderia vê-las?

- Essas são as suas filhas, senhor Jones. Eu estava indo levá-las para a mãe.

  Ele olhou para as recém-nascidas em seus braços e um sorriso enorme cresceu nos lábios dele.

Elas são encantadoramente lindas.

- Posso segurá-las?

  A enfermeira assentiu com um balançar de cabeça entregando as recém-nascidas nos braços dele e elas se aconchegaram confortavelmente.

- O senhor poderia me fazer um favor? - perguntou e ele assentiu. - Leve essas bebês para a mãe delas.

- Podemos ir visitar a minha irmã, senhorita? - questionou Benedict.

- Eu sinto muito, mas o Dr. Carter autorizou somente á entrada do pai das bebês.

  E antes que Henry pudesse perguntar para ela se a esposa dele estava bem a enfermeira não estava mais no corredor.

  Ele fixou os olhos nas filhas e sorriu abertamente.

   Adam sorriu levemente olhando para as sobrinhas.

- Elas são...

- Lindas - completou Benedict.

🕐

  Assim que Henry entrou no quarto a esposa sorriu abertamente quando os olhos esverdeados dela encontram ele e as filhas em seus braços.

   Ele aproximou-se de Eleanor e se sentou na beirada da cama entregando as gêmeas em seus braços.

  As filhas se aconchegam confortavelmente e fecham os olhinhos.

- Eu tive muito medo de perdê-las.

- Quando nossas filhas nasceram eu desmaiei por alguns segundos - ela deitou a cabeça em seu ombro. - Mas está tudo bem agora. Deus esteve comigo em todo momento e não me abandonou.

   Henry assentiu depositando um beijo no topo de sua cabeça e passou o braço ao redor da cintura dela.

- Eu amo muito vocês - o olhou nos olhos, em seguida voltou a atenção para as filhas.

🕐

- Está pronta para apresentar as novas integrantes da família? - Henry sorriu abertamente a olhando pelo retrovisor.

- Sim - um pequeno sorriso surgiu nos lábios de Eleanor.

  Henry estacionou o carro em frente á casa e desceu.

   Ele deu a volta e abriu a porta de trás ajudando Eleanor descer com as filhas em seus braços.

- Chegou a hora - ele pegou uma das filhas em seus braços e depositou um beijo rápido na bochecha da esposa.

   Henry aproximou-se da porta girando a maçaneta e encontrou todos reunidos na sala á espera deles, exceto o sogro.

- Posso pegá-la? - pediu Benedict aproximando-se.

- Sim - Eleanor entregou a filha nos braços do irmão e ele sorriu observando a sobrinha coçar os olhinhos.

- Ei, eu também quero - Adam sorriu olhando para a bebê que estava no braço do irmão.

   Ele a entregou nos braços dele e Elena que estava sentada ao seu lado sorriu para a sobrinha.

- E então já decidiram o nome delas? - questionou Mary de forma curiosa fazendo as atenções se voltarem para ela e a garotinha que estava em seu colo murmurou algo.

- Viu até mesmo a Angel está curiosa para saber os nomes, não é filha? - Benedict se sentou no sofá apresentando a prima para ela.

  Angel olhou para o pai e sorriu segurando a mãozinha da prima.

   Eleanor se sentou ao lado do irmão e Henry se sentou ao lado de Adam.

- Nos digam logo, pois não aguento mais tanto suspense - protestou Elena com um sorriso brincalhão nos lábios.

  A campainha tocou os impedindo de revelar os nomes.

- Deixa que eu atendo.

- Peço perdão pelo atraso - pediu Jeremy assim que a porta foi aberta.

- Não tem problema, pai.

- Elas são lindas, querida - sorriu emocionado olhando para a filha, em seguida direcionou o olhar para as netas. - Como é o nome delas?

- É isso que estou curiosa para saber desde que Eleanor estava grávida - Elena se sentou novamente ao lado do marido.

- O suspense finalmente acabou, irmã - Eleanor sorriu levemente. - O nome dela é Amina - ela acariciou o rostinho da filha que estava nos braços de Benedict.

- Mas Amina é o...

- Sim, era o nome de nossa mãe - afirmou com um sorriso e os três O'Connell ficou com os olhos marejados.

- Eu gostei - disse Benedict com os olhos fixos na sobrinha.

- E qual é o nome dela? - perguntou Adam com os olhos fixos na sobrinha.

  Henry segurou a mãozinha dela e todos os olhares na sala se voltaram para ele.

- O nome dela é Melina.

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