Capítulo 3

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  Sentada na poltrona da varanda Eleanor observava o céu com uma xícara de chocolate quente nas mãos. O vento frio passou pelo seu rosto bagunçando os seus fios castanhos claro, ela colocou a xícara em cima da mesinha e passou as mãos nos cabelos.

  Ela observou os passos do marido aproximar-se dela e fixou o olhar nele.

- Está sem sono? - perguntou Henry sonolento.

- Por que você acha isso?

- É 5:30h da manhã, Eleanor - ele deu um sorriso de lado, cruzando os braços.

  Ela respirou fundo ainda com o olhar fixo nele que a fitava com os olhos oceânicos.

- É que eu gosto de observar o céu a essa hora da manhã.

- É uma bela paisagem - admitiu ele e se sentou no batente da porta próximo á poltrona.

- É sim.

   Eleanor viu que o marido estava com os olhos fixos em sua barriga e levantou-se da poltrona com um
sorriso nos lábios.

- Vem comigo - ela estendeu a mão para ele.

   Henry levantou-se do batente ficando em sua frente e por ela ser mais baixa ele abaixou o olhar para continuar com os olhos fixos em seu rosto.

   Ele segurou a mão dela, entrelaçando os seus dedos.

- São gêmeas - respondeu a pergunta silenciosa dele quando viu ele se sentar ao seu lado com os olhos fixos em sua barriga.

- Tenho certeza que você será uma mãe maravilhosa.

   Ela sorriu sem mostra os dentes e colocou a mão do marido sobre a sua barriga.

- E você será um pai incrível.

   Ambos sentiram as filhas chutar e uma lágrima escorreu dos olhos dele enquanto um sorriso emocionado preencheu o seu rosto.

   Um bocejo escapou dos lábios dela e ela fechou os olhos.

- Você precisa dormir.

- Estou sem sono.

- Você é sempre assim tão teimosa?

- É um dom - brincou ela, arrancando uma risada dele.

   Henry se deitou no sofá e esticou os braços para a esposa se deitar ao seu lado.

    Eleanor respirou fundo e tirou as pantufas dos pés desistindo totalmente de tentar convencê-lo de que estava sem sono. Ela se deitou ao seu lado e ele passou os braços ao redor da cintura dela cuidadosamente para não aperta a sua barriga.

- Henry?

   Ela sentiu a respiração calma e serena do marido em seu ouvido.

- Sim?

- Eu amo você.

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