Capítulo 6

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  Ao sentir o sol em seu rosto Henry abriu os olhos piscando algumas vezes e se sentou na cama com certa dificuldade por conta de sua perna machucada.

  Ele fixou os olhos na esposa que estava dormindo ao seu lado e sorriu abertamente tirando alguns fios dos cabelos que estava na frente dos olhos dela os colocando atrás de sua orelha a fazendo se remexer ao seu toque.

  Eleanor abriu os olhos lentamente e se sentou com os braços cruzados o fazendo fixa os olhos em sua barriga de seis meses.

- O que aconteceu ontem a noite, amor? Você me pareceu tão pensativo.

  Henry respirou fundo e antes que ele pudesse se quer pensar em responder a pergunta a mãe dele apareceu na porta sorrindo levemente.

  Mary entrou no quarto indo até eles e beijou a testa de ambos.

- Eu vim avisar que já estou indo.

- Pode deixar que eu levo a senhora, mãe - disse ele se levantando da cama em um pulo, mas logo sentiu uma pontada em sua perna o fazendo se sentar novamente. - Ai! - murmurou colocando a mão sobre o local em que o curativo estava e fez uma careta de dor.

- O que aconteceu com a sua perna, filho? - questionou Mary com o semblante preocupado.

- Foi apenas um acidente de trabalho, mãe - Henry forçou um sorriso.

- Eu disse a você e ao seu irmão que não deveriam escolher a profissão de policial, mas teimosos como são não me ouviram - ela cruzou os braços. - e não se preocupe comigo. Fiquem com Deus! - disse antes de sair do quarto.

- Vai com Deus, mãe.

  O silêncio preencheu o quarto novamente. Eleanor entrelaçou os dedos nos dele e ele voltou a sua atenção para ela.

- E então?

  Henry beijou a mão da esposa.

- Seu pai está na cidade. Eu tentei conversar, mas ele não quis ouvir.

- Foi ele que fez isso com sua perna? - questionou Eleanor com o semblante preocupado.

- Não, isso foi um acidente de trabalho.

- Você está bem?

- Não se preocupe comigo.

- Mas...

- Eleanor!

- Eu ia falar que você não respondeu minha pergunta.

- Sim, eu estou bem - respondeu ele com um meio sorriso. - Vai me contar por que o seu pai não quer vê-la?

  Os olhos esverdeados de Eleanor ficou marejados e as lágrimas escorreram pelo rosto dela.

- Disse algo errado? - questionou ele preocupado.

  Ela negou com um balançar de cabeça.

- Antes de eu nascer houve muitas complicações no parto, então o médico pediu para mamãe escolher entre mim e ela, pois não poderia salvar as duas - ela respirou fundo. - Ela escolheu a mim, Henry. É por isso que o meu pai me odeia.

- Eu sinto muito, mas o que aconteceu com a sua mãe não foi culpa sua.

  Ele envolveu o braço no pescoço dela e a puxou para mais perto dele depositando um beijo demorado em sua testa.

- Eu amo você, Henry - ela colocou as mãos sobre a barriga. - Nós te amamos muito - sorriu em meio as lágrimas.

  Henry sorriu abertamente segurando o rosto dela e limpou as suas lágrimas com o polegar.

- E vocês são minhas kryptonitas, Eleanor.

🕐

  A brisa fria vinda da janela bateu no rosto de Henry o fazendo sentir uma voz suave que sussurrou: Tenha calma as coisas se resolveram eu estou cuidando de tudo, filho.

- Você não vai mesmo me contar para aonde estamos indo, não é? - questionou Eleanor o fazendo despertar de seus pensamentos.

- Não mesmo - negou ele, rindo baixinho.

  Instantes depois Henry estacionou o carro em frente á lanchonete da mãe.

  Ele desceu do veículo e em seguida foi para o outro lado abrindo a porta para a esposa descer.

- Espera antes de entrarmos preciso te contar algo.

  Parado na frente dela ele passou os braços ao redor de sua cintura e a puxou para mais perto.

- Estou apaixonado por você, baby - confessou ele fechando os olhos e encostou a testa na dela.

  Henry sentiu as mãos da esposa acariciar o seu rosto. Ele esfregou o nariz no dela e a beijou.

- E eu amo você.

  Ele abriu os olhos encontrando os esverdeados dela e sorriu abertamente.

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