Capítulo 11

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  Eleanor entrou na cozinha e aproximou-se da sogra que estava com o olhar fixo no livro de receitas na mão de Elena.

- Me deixe ajudá-las, por favor.

- Compreendemos que você quer nos ajudar, mas você está grávida de nove meses e não pode fazer esforço, irmãzinha.

  Ela cruzou os braços acima da barriga e quando foi abrir a boca para contestar Mary foi mais rápida que ela.

- Sua irmã tem razão, querida - disse a sogra que entrelaçou o braço no dela e a puxou para a sala. - Tudo o que você precisa fazer é descansar pelo seu bem e o bem das minhas netas.

- Mas...

- Não discuta apenas ouça o meu conselho e por favor descanse - pediu de forma carinhosa.

  Eleanor assentiu com um balançar de cabeça e antes de sair da sala Mary depositou um beijo na testa da nora.

  Ela se sentou no sofá se aconchegando nele, colocou ambas as mãos sobre a barriga a acariciando e sorriu levemente.

  A porta da sala foi aberta e ela fixou o olhar nela encontrando Henry e Adam.

- Olá, rapazes.

- Olá, como você e a minhas sobrinhas estão? - perguntou Adam.

- Estamos bem graças a Deus.

- Que bom - deu um meio sorriso. - Aonde estão todos?

- As garotas estão na cozinha e eu estou aqui na sala contra a minha vontade, pois elas não me deixaram ajudá-las enquanto Ben está no quarto de hóspedes colocando Angel para dormir.

- Elas estão certas, Eleanor. Você já está com nove meses de gestação precisa descansar.

- Foi exatamente isso que elas me disseram.

- Bom, com licença. Vou vê se elas estão precisando de ajuda - disse antes de sair da sala.

- Como foi o trabalho hoje? - questionou ela assim que o marido aproximou-se dela.

- Cansativo.

  Ela se apoiou no braço do sofá e levantou-se com certa dificuldade por conta da enorme barriga de nove meses.

- Você está bem?

  Eleanor assentiu com um balançar de cabeça, deu um passo para frente e ergueu o olhar encontrando o dele.

- Eu sei que preciso ter fé pois vai ficar tudo bem, - disse ela com a voz embargada por conta das lágrimas que escorreram pelo rosto dela. - mas é que...

- Não estou compreendendo, baby - ele franziu a testa com o semblante confuso.

- Se eu não sobreviver ao parto...

- Vai fica tudo bem, Eleanor. Não há nada que deva se preocupar confie em Deus.

- Eu confio, amor - ela soluçou entre lágrimas. - É por isso que estou pronta para aceitar a vontade dEle seja ela qual for.

  Henry encostou a testa na dela e segurou o seu rosto delicadamente limpando as lágrimas com o polegar.

  Eleanor sentiu a vista ficar embaçada e fechou os olhos respirando fundo.

- Está se sentindo bem, baby? - questionou ele preocupado.

  Ela abriu os olhos lentamente.

- Eu...

  Uma gota de suor escorreu pela testa dela. Ela sentiu uma forte contração e colocou as mãos sobre a barriga sentindo as bebês chutar. As pernas dela ficaram bambas e antes que ela fosse de encontro ao chão ele a segurou em seus braços.

- Apenas respira fundo, está bem? Vai ficar tudo bem - ele colocou uma mecha suada de seu cabelo atrás da orelha dela. - Adam! - gritou.

Senhor, meu Deus, eu imploro tenha misericórdia de minhas filhas, ela fez uma oração silenciosa em sua mente.

- O que aconteceu? - perguntou Adam em um tom de preocupação.

- Temos que levá-la para o hospital o mais rápido possível.

- Eu vou com vocês - ouviu os passos de Benedict.

  Em seguida Elena e Mary apareceu na sala.

  Eleanor sentiu as pálpebras pesarem e o último rosto que ela viu antes que os olhos se fechassem foi o do marido.

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