Capítulo 2

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  Henry abriu os olhos e piscou algumas vezes tentando se acostumar com a claridade do sol que invadiu o quarto. Sua visão embaçada aos poucos voltou ao normal e por impulso ele tentou se levantar da cama.

- Não faça isso - ouviu uma voz gentil e encarou a idosa em sua frente que usava um jaleco branco. - Vou informar ao médico que o senhor finalmente acordou - avisou e saiu do quarto.

  Henry fixou o olhar no teto do hospital e uma lágrima escorreu de seus olhos. As perguntas que estavam em sua mente eram: O que aconteceu comigo e por que eu estou em um hospital?

  Ao ouvir a porta ser aberta ele rapidamente passou a mão pelo rosto limpando a lágrima.

- Sou o Dr. Carter e vou te fazer algumas perguntas, está bem? - disse um senhor de cabelos grisalhos e em seguida olhou para a prancheta em suas mãos. - Como é o seu nome?

- Eu não sei.

  Depois de fazer várias perguntas o Dr. Carter saiu do quarto o deixando novamente sozinho e perdido nos próprios pensamentos.

  Tudo que o médico havia lhe contado foi que ele tinha sofrido um acidente de carro há uma semana atrás o que resultou em uma amnésia temporária ao sair do coma.

  O som da porta abrindo o faz despertar de seus pensamentos. Um homem alto de olhos azuis e cabelos loiros de um tom puxado a castanho entrou no quarto com o semblante preocupado.

- Quem é você? - indagou Henry, quebrando o silêncio.

- O meu nome é Adam Jones - ele passou as mãos pelos cabelos nervosamente. - O Dr. Carter me contou que você não se lembra de exatamente nada, mas eu estou aqui ao seu lado e vou ajudá-lo com o que precisar. Você é o meu irmão mais velho. Sangue do meu sangue, não a nada que eu não faria por você .

🕐

Eu sou casado e minha esposa está grávida de quatro meses. Uma vida inteira que foi apagada da minha memória e mesmo não compreendendo o que Deus quer de mim sei que devo ter fé, pensou Henry relembrando em sua mente tudo o que o seu irmão havia lhe contado.

  Quando amanheceu o médico fez mais alguns exames e o deu alta ainda incrédulo com o milagre que aconteceu, porque para ele era algo inacreditável o paciente ter sofrido um acidente grave e ter apenas uma amnésia temporária.

  Henry se despediu do irmão e caminhou em passos lentos até a porta de casa.

  Ele tocou a campainha, a porta foi aberta e um homem de cabelos castanhos claro e olhos esverdeados apareceu.

- Olá, Henry - disse o homem, assim que saiu da passagem.

- Quem é você? - Henry o encarou, parando no meio da sala.

- O meu nome é Benedict O'Connell, mas pode me chamar de Ben. Eu sou irmão da Eleanor - contou, assim que fechou a porta.

  Henry ouviu os passos de alguém e olhou na direção deles encontrando uma jovem mulher de cabelos castanhos claro e assim que os olhos esverdeados dela se encontrou com os dele um sorriso surgiu em seus lábios.

  Os pés dele instintivamente os puxou para frente e ele aproximou-se do último degrau da escada com os olhos ainda fixos nos dela.

  A jovem mulher desceu as escadas em passos lentos com as mãos na enorme barriga e quando chegou no último degrau ela passou os braços ao redor do pescoço dele e ele a abraçou de volta com certo cuidado.

  Ele sentiu as lágrimas dela molhar a camisa xadrez que ele estava usando e afagou seus fios castanhos claro.

- Eu tive muito medo de te perder, mas a minha fé em Deus não me deixou em momento algum perder as esperanças de que você voltaria para nós.

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