Xxx: Boa Tarde mãe.
Pois muito bem, olá eu sou a Mélanie, tenho 16 anos, estatura média, olhos castanhos e cabelo castanho escuro liso cumprido e como eu sou? Digamos que sou uma rapariga como outras da minha idade, sempre a responder e sempre de mal com a vida. A minha mãe, Renata, passa os dias a chatear-me a cabeça e quando peço para sair a minha mãe nunca deixa pois diz que sou muito nova, já o meu pai, Carlos, nem sei nem quero saber da opinião dele, digamos que ele tem sérios problemas com bebida e que não liga a ninguém.
Todos os dias sou obrigada a ir às aulas, mas digamos que não sou obrigada a vir diretamente para casa, pois o meu maior sonho é nem sequer cá voltar. Passo os dias inteiros a pensar o quanto não quero ir para aquela casa, por isso prefiro estar em cafés e tudo mais até perto da hora do jantar, pois já sei que me deixar sair à noite é mais ou menos a mesma coisa de me deixar ir combater para uma guerra de vontade própria, um desastre e só acontece em último caso.
Renata: Boa tarde. O jantar já está quase pronto.
Mélanie: E como sempre falta cá o bêbado.
Renata: Respeitinho como falas do teu pai.
Mélanie: Olha ela importada, até parece que se preocupa. Olha logo vou sair.
Renata: Mas isso é assim, nem pedes nem nada, achas que já mandas em tudo? Só por causa de achares que já és dona do teu nariz nem sonhes sair daqui, hoje ficas em casa.
Mélanie: Até parece que é só hoje. Podes logo dizer que mais uma vez ficas em casa porque se pode contar pelos dedos as vezes que me deixaram sair desta casa de merda.
Renata: Olha menina isto é assim, respeito. Eu e o teu pai fizemos muito sacrifício para construirmos esta casa e para te criarmos e agora respondes assim?
Mélanie: Não me fizessem. Era mais feliz se não tivesse nascido.
Subi as escadas e fui para o meu quarto. Digamos que não me posso queixar muito da casa, pois ela não é assim tão má, é aquela casa dos sonhos que aparece nos filmes branca com decorações a preto e uma escadaria linda com vários quartos e casas de banho dentro de cada um. Ainda temos direito a uma piscina incrível . É boa mas o ambiente aqui vivido não é do melhor, e chega a ser impossível viver aqui.
Pronto o bêbado a que chamam meu pai chegou, a porta já se ouviu e os berros dele também a dizer, mais uma vez, que a minha mãe não faz nada de jeito e que a comida dela era digna para porcos, sinceramente eu tenho é pena dos meus vizinhos, que devem ouvir os gritos dele a cada hora. Que engraçado, agora está a perguntar por mim. O que ele deve querer.
Carlos: Mélanie abre a porta.
Mélanie: O que queres?
Carlos: Se eu te estou a mandar abrir a porta tu abres e sem perguntas.
É sempre a mesma coisa, chega a casa bêbado, grita, critica, bate, mas isto nunca antes aconteceu, o que ele está aqui a fazer à porta. Acabei por abrir antes que ele quisesse derrubar a porta.
Mélanie: Mas o que é que tu queres?
Foi aí que caí e ouvi um apito ao sentir a garrafa que ele tinha na mão a bater na zona do meu ouvido, partindo-se e continuei a ouvi-lo a gritar comigo e a continuar a bater-me ainda com a garrafa partida, e as ultimas palavras que consegui ouvir foi:
Carlos: Fazes a Renata chorar a dizer que preferias que não te fizessem e que eras mais feliz se não tivesses nascido, não fomos nós que te fizemos, quem nos dera que não existisses.
Fiquei sem perceber e apaguei.
Horas depois
Acordei ainda a ouvir o apito, mas esse apito também apurava o meu ouvido e conseguia ouvir a minha mãe à entrada do quarto a falar com o médico.
Médico: Eu não percebo como é que você não pode dar sangue à sua filha, nem você nem o seu marido tem o sangue compatível ao da sua filha, isto é muito raro.
Renata: Nós iremos arranjar forma para ajudar na transfusão.
Juntando o que acabava de ouvir com o que o Carlos me disse quando me meteu neste estado, percebo que afinal se calhar não sou mesmo filha deles, mas sim uma adotada e nunca me disseram nada e fizeram-me passar por parva.
Estava a tentar levantar-me quando a Renata se apercebeu e entrou pelo quarto.
Renata: Filha como estás?
Mélanie: Eu não sou tua filha saí daqui, mas eu quero uma explicação um dia.
Ela baixou a cabeça incapaz de me responder.
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Olá olá, novo capítulo, espero que tenham gostado, até ao próximo. Beijinhos
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Amor a alta velocidade #Wattys2019
Teen FictionPor vezes uma história, pode começar com um simples olhar ou sorriso e daí vir tudo mais, como se estivéssemos numa corrida de carros, onde é tudo a alta velocidade. Esta é a história da Mélanie e do Micael que por entre corridas de carros e famíli...