Ele desceu as escadas a correr e veio ter comigo, eu não me conseguia mexer nem falar, apenas apontei para o chão, ele tenta me virar para ele.
Martim: Calma Mélanie, vai ficar tudo bem, a Renata está na esquadra, tu tas comigo vai ficar tudo a salvo.
O que estava no chão era um coração, não fazia ideia de que animal era e ao lado a pedra que supostamente partiu o vidro com um bilhete atado a dizer " Uma de vocês será a próxima a perder o coração".
Liguei para PJ mas ninguém me atendeu, tentei ligar para a minha mãe e nada também, até que pensei, porque não ligar para Rute? Não vejo mais ninguém para quem possa ligar.
Mas felizmente a Renata ligou-me nesse preciso momento e não foi preciso eu ligar para a Rute.
Renata: Que se passa filha?
Mélanie: Estás na esquadra?
Renata: Sim estou, porquê?
Mélanie: Por favor diz ao agente para vir aqui o mais depressa possível.
Renata: Aqui onde?
Mélanie: A casa mãe, por favor.
Renata: Ok filha vamos já para aí.
Não chegaram a dez minutos e eles já lá estavam, mas desta vez era mesmo só o Alexandre e a Renata.
Renata: Que se passou?
Mélanie: Alí.
Apontei e ela dirigiu-se até lá e quando viu meteu as mãos à cabeça e começou a chorar.
Policia: Não precisam ficar tão preocupados, a policia está a proteger-vos.
Mélanie: Está-se a notar muito isso não haja duvida.
Dito isto as poucas luzes que estavam acesas apagaram-se e ouviu-se as portas do fundo a fecharem-se, bem como um riso ensurdecedor.
XXX: Pensavam que se iam ver livres de mim.
Era o Carlos outra vez, e a mim estava-me a parecer que era a ultima vez que iria estar naquela casa. Estava tudo escuro, apenas conseguia ver o vulto dele a andar passo a passo.
Carlos: Vocês as duas fizeram a minha vida ser uma MERDA. Uma é uma drogada, a outra uma estúpida que nem é minha filha e que eu sou obrigado a sustentar.
A segunda parte percebi, pois já não era a primeira vez que ele dizia, mas a primeira parte fiquei à nora, porque é que ele estava a dizer que ela era drogada?
Policia: Já chega.
Carlos: Olha se não é o namoradinho da princesinha, também te vieste juntar à festa.
Policia: Não achas que já estás metido em sarilhos suficientes?
Carlos: E que tens tu a ver com isso? Até parece que és o policia exemplar.
Pelo que dá para entender também ele o conhece, mas namorado da princesinha? Quem é a princesinha? Será que sou a única que não sei de nada no meio disto tudo. O Martim abraça-me e eu lembro-me que ele ali está, logo ele que não tem culpa de nada.
Carlos: Queres saber toda a história Mélanie, ou será que deva dizer Yara.
Que raio de pensamentos a Rute tem, nomes portugueses? Naaaa pra que vamos para nomes que ninguém dava aos filhos.
Renata: Cala-te.
Carlos: Ela é que tem de escolher o que quer, saber a verdade, ou continuar na mentira?
Mélanie: Diz o que tens a dizer.
Carlos: Sabes que eu posso ser bêbado mas que a Renata consegue ser pior que eu? Ela é uma drogada. Todo o dinheiro que temos perdido tem sido à custa dela que não consegue passar um dia sem aquela porcaria, mas em vez de andar com a cabeça no espaço, anda sempre a chorar. É por causa disso que te vão tirar a ela, não é por eu ser um mau pai, é por ela ser uma drogada. Ele
Apontou para o policia.
Carlos: Ele sim sabe tudo. Faz-se de sonso lá com a mulherzinha dele mas ele sabe de tudo e ainda participa no jogo, ele não fica feliz em ver uma família infeliz, só fica feliz em ver todos infelizes, tal como o filho dele, aquele viciado.
Lembrei-me então de uma pessoa incrível e maravilhosa que neste momento deve estar noutra corrida, ele tem essa mesma descrição, só ficar feliz com a infelicidade dos outros, mas depois veio-me à cabeça o caso da Renata ser drogada.
Mélanie: Renata isto é verdade?
Renata: Não filha, não acredites em nada do que ele diz.
Policia: Para com isso sim? Ela é tua filha e merece saber porque é que está a ser afastada da mãe.
Renata: Pronto, sim filha é verdade, mas eu, eu não quero o teu mal.
Mélanie: Para de me chamar filha, eu não sou isso para ti.
Carlos: Oh que pena e agora que eu estava a pensar fazer um jantar de família.
Policia: Carlos pára por favor.
Carlos: Mas quem és tu para mandares, nem em tua casa estás.
Renata: Mas eu estou por isso pára já.
Ela tirou a pistola que estava cintura de Alexandre e apontou para o Carlos.
Mélanie: Que estás a fazer?
Renata: Eu estou em minha casa, por isso não irei mandar para o teto para não o estragar, nem para as paredes, portanto eu só vejo um alvo, e esse alvo és tu.
O Carlos deu dois passos para o lado e consegui-me alcançar pondo o seu braço em torno do meu pescoço tirando uma faca das calças e começando a passear com ela pelo meu corpo.
Mélanie: Mãe pára por favor.
Carlos: Será que ainda não percebeste que ela não é tua mãe?
Ele apertou a faca na minha região abdominal.
Carlos: Então agora quem manda? Mete a arma no chão e dá um pontapé para aqui.
Ela olhou para o policia à espera que ele dissesse alguma coisa e ele limitou-se apenas a abanar a cabeça.
Ela baixou-se para pousar a arma e deu um pontapé.
Carlos: Muito bem, sempre muito obediente, é pena cederes a tudo o que te dizem e seres uma sonsa.
Ele baixou-se para pegar na arma e vejo o Alexandre a baixar-se até à zona da bainha das calças e a tirar uma faca e atirar para as costas de Carlos que se encontravam baixas.
Ele ainda se levantou mas acabou por cair no chão escorrendo sangue, mas ainda se conseguiu ouvir umas palavras saídas da boca dele.
Carlos: Vocês vão pagar por isto.
Corri e fui-me abraçar ao Martim, quando o abraço ouço uma explosão vinda da zona entre a saída da cozinha e a piscina.
Renata: Mas será que isto ainda não acabou?
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Tudo isto está a ficar muito estranho não acham?
Espero que tenham gostado, beijinhos até ao próximo capítulo e boas leituras.
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Amor a alta velocidade #Wattys2019
Teen FictionPor vezes uma história, pode começar com um simples olhar ou sorriso e daí vir tudo mais, como se estivéssemos numa corrida de carros, onde é tudo a alta velocidade. Esta é a história da Mélanie e do Micael que por entre corridas de carros e famíli...