Felicity ligou de um telefone público para o número misterioso que recebeu pelo seu e-mail. Por mais desconfiada que estivesse, nada poderia ser pior do que estar com Oliver, naquele momento conceber que o homem a quem entregou tudo, era quem mais mentia para ela, fazia a garota tomar atitudes impulsivas e pouco cautelosas. Entretanto, ela tinha uma certeza, se seu pai estivesse vivo, ela o encontraria.⁃ Alô? A voz disse bastante desconfiada.
⁃ Olá, estou ligando para saber sobre o meu pai. Ela disse aflita.
⁃ Não diga mais nada. Podemos estar sendo grampeados. Consegue mandar uma mensagem com seu endereço e eu irei buscá-la? A voz bastante amigável e masculina disse.
⁃ Como sei se posso confiar em você? Ela perguntou se sentindo perigosamente exposta.
⁃ Meu nome é Thomas Merlyn, Oliver Queen disse muitas mentiras a você, eu sou o único que posso lhe ajudar. Ele disse com ar conspiratório. Felicity praguejou em voz baixa sem saber se deveria ceder ao pedido do outro ou não.
⁃ Ok, eu envio a mensagem. Mas saiba que estou tomando todos os cuidados para que você não me engane. Ela disse com toda a coragem que tinha.
⁃ Ótimo. Até breve Felicity. Ele disse desligando.
A garota não tinha muitos recursos mas garantiu que seu celular ligasse na bolsa, assim o GPS poderia enviar um alerta a Oliver. Caso ela estivesse bem, era necessário apenas voltar a desligar o aparelho para não poder ser rastreada. Depois disso enviou a mensagem. Em poucos minutos um carro parou ao seu lado.⁃ Senhorita Smoak- Kuttler? O motorista perguntou.
⁃ Sim! Ela disse hesitando. Se sentia em alerta, com medo mas também pronta para fugir, brigar ou gritar.
⁃ Entre por favor. Ele disse abrindo a porta para ela sem descer do carro.
Felicity obedeceu ainda com receio. O homem pegou a estrada por mais alguns minutos, não era nenhum caminho escuso, pelo contrario, ele andava em meio a cidade sem qualquer preocupação. Entraram na mansão de Merlyn, ela reconheceu a fachada pois já tinha visto em uma revista, além de ser uma casa prepotente, como seu dono parecia ser.Ela entrou deslumbrada com a aparência requintada da casa, obras de arte, a própria arquitetura, móveis finíssimos, tudo exalando luxo.
⁃ Felicity, é uma honra finalmente conhecê-la. Tommy falou se aproximando.
⁃ Senhor Merlyn, onde está meu pai? Ela perguntou sem rodeios.
⁃ Vamos nos sentar. Ele disse guiando-a até outra sala.
Internamente Tommy vibrou ao ver a linda e doce menina na sua frente, ele se perguntava como Oliver tinha sido capaz de conquistar o coração de uma garota aparentemente altiva sendo ele um criminoso e um cretino de marca maior.Comeu Felicity com os olhos desejando ter o que Oliver havia conseguido. Seus pensamentos eram sórdidos e absolutamente sexuais, tinha até esquecido o motivo de ter chamado a garota.
Tudo o que pensava agora era amarra-lá em uma cama e talvez usar um chicote na sua macia pele, tão branquinha que ficariam marcas por dias. Ele se arrepiou quando a voz doce de Felicity voltou a perguntar.
⁃ Quero saber sobre meu pai?! Ela falou tentando imprimir alguma confiança.
⁃ Meu bem, quando eu bolei este plano, eu desejava apenas criar atrito entre você e Oliver Queen. Mas agora, com você aqui, na minha frente, eu posso ver um potencial maior ainda para tudo isso. Ele disse andando até ela. Felicity tinha os olhos marejados e estava confusa.
⁃ Você é linda! Tommy disse passando os dedos sob os lábios da garota que recuou amedrontada com o toque indesejado. - Por isso Oliver me ameaçou de morte, se eu não me mantivesse longe de você. Tommy disse ajeitando uma mecha de cabelo de Felicity para atrás da orelha dela.
⁃ Eu também mataria o homem que tirasse você de mim. Ele disse mordendo o lábio.
Felicity sentiu o estômago revirar de medo e de nojo daquele sujeito.⁃ Então é mentira? Meu pai está morto mesmo? Ela perguntou com a voz embargada. Se odiou por ter criado esperança em um simples e-mail, mas desejava tanto que fosse verdade que acabou sendo uma tola sentimental, imprudente e agora estava nas garras de um patife.
⁃ Eu matei seu pai, há pouco mais de um ano. Tommy falou andando até o bar e servindo uma dose de uísque.
A garota sentiu o coração sumir em seu peito. Céus, criou tanta esperança de que aquele pesadelo era mentira, que inocentemente se colocou em perigo.
⁃ Chamou, senhor? Um segurança entrou na sala despertando a atenção de Felicity.
⁃ Sim, revistaram a bolsa dela? Pode ter algum aparelho com rastreador. Tommy falou causando em Felicity um tremor de medo, então seu corpo finalmente saiu do torpor que estava por causa da mentira e traição de Merlyn e ela tentou correr para a porta. Teve sucesso em sair da sala, mas se deparou com outro segurança assim que chegou a porta da frente.
⁃ Por Deus, você fica mais adorável a cada segundo. Tommy disse andando atrás dela, ele ria da sua atitude pueril.
⁃ Deixe-me ir. Ela disse com firmeza, mas na verdade sentia todos os ossos de seu corpo tremerem de medo.
⁃ Vamos esclarecer uma coisa, meu bem. Agora, você pertence a mim. Ele disse fazendo sinal aos seguranças que se apressaram em capturar a loirinha pelos braços, ela tentou em vão se debater e se soltar do aperto de ambos, mas logo teve sua boca e nariz tapados por um pano molhado, ela tentou respirar e se deparou com um cheiro muito forte, sentiu seus sentidos se embaralharem.
Respirou novamente tentando se livrar daquela queimação na garganta, mas foi em vão, tudo piorou quando sua consciência se amorteceu e ela viu o sorriso de Merlyn se agigantar bem próximo a seu rosto, seu corpo amoleceu assim que seus olhos mergulharam na completa escuridão.
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Meu Tutor - Olicity
FanficRepostada em 2023 - Universo Alternativo! Oliver Queen, 28 anos, CEO das Indústrias Queen, jovem, bonito, e um completo cretino. Oliver é um empresário sem muitos escrúpulos, rouba tecnologia de outras empresas, suborna funcionários, e é uma verdade...