18 - Luan.

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   Bati a mão na bancada da cozinha, puto, não era possível, menor, nada se encaixava, eu tô uma semana sem falar com a Milena já e toda vez que vinha ver ela pra tentar conversar, ela não tava em casa!

Depois do dia em que eu pedi um tempo, eu meti o pé e fui pra Luana, óbvio que a Luana deu de maluca, encheu meu saco mas eu não ia meter o pé de lá até me arrumar com a Milena de novo.

Relaxei ali na cozinha, hoje eu vou esperar ela, e vamos conversar ela querendo ou não.

— Tá fazendo o que aqui? — apareceu na porta da cozinha

Olhei ela de cima a baixo, a barriga maior que da última vez que eu a vi, o cabelo preso, os seios grandes no sutiã.

— Tá fugindo de mim? — perguntei levantando uma sobrancelha

— Não! Só ando ocupada demais — abriu a geladeira

— Com que? — me encostei na bancada, ela virou pra mim com um copo na mão

— Pergunta teus informantes — riu debochada — Tem como falar pra eles que não precisa me seguir para todo lugar que eu vou? Que saco. — suspirou — Eu não vou descer pra pista a não ser que eu vá na médica, contrário disso, ficarei aqui — parou do meu lado e botou o copo na bancada

— Já é, vou dar o papo neles — olhei pra ela, a mulher mais cheirosa do mundo

— Obrigada! — riu sem mostrar os dentes

— Como tá o bagulho da loja? — perguntei

— Fluindo, logo logo é a inauguração — concordei

— E a minha princesa? — passei a mão na barriga dela sentindo uma leve elevação — Oi princesa — fiz carinho

— Melhor impossível — riu me olhando fazer carinho — Acho que isso é um pé — riu

— E você como tá? — me aproximei  ficando de frente pra ela

— Sentindo sua falta — desviou o olhar — Não suporto ficar aqui sem você! — ri puxando ela pela cintura

— Também tô saudades — beijei a bochecha dela

— Hum, tá mesmo? — me olhou e deu um beijo no meu queixo

— Para de me seduzir em — brinquei sentindo ela arranhar meu abdome

— É só pra ver se você ainda não resiste a mim — riu me abraçando

Ela ficou com o rosto enfiado no meu pescoço e eu já sentia um molhado — Tá chorando por que? — perguntei

— Nada! — falou abafado me apertando mais

— Para de chorar, amor — ela negou — Eu tô aqui, cara — falei cheirando o cabelo dela

— Eu quero que você volte, Luan — murmurou manhosa

— E precisa chorar? Já te disse que eu vou voltar — falei rindo

— Para de rir — me beliscou

— Desculpa, olha pra mim — pedi, ela me olhou, o rosto vermelho mas continuava linda — Te disse que precisávamos pensar, não disse? — ela concordou — Tô correndo aí atrás de tu tem uma semana e tu fica fugindo — falei

— Tava respeitando seu tempo — falou baixo

— E tá certa, po — falei — Mas, se tu acha que está de boas para recomeçar, nós recomeça — ela negou

— Eu não sei! — falou — Minhas atitudes não te deixam confortáveis e eu não consigo me controlar, não sei se agora será diferente — assumiu

— Tu quer mais um tempo? — perguntei

— Não quero você longe — me deu um selinho — Acho que podemos mudar juntos, não sei — concordei

— Não vou ficar longe, amor, eu tô mais perto do que tu imagina — fiz carinho no rosto dela

— Eu sei, mas eu quero você aqui na nossa casa, como deve ser — concordei

— Eu fico, se é isso que tu quer, eu faço! — puxei ela para um beijo

Nosso beijo tinha saudade, porra, eu tava sentindo uma falta do caralho, nosso corpo tava tão colado que eu podia sentir o coração dela, só não deixava ficar mais colado por causa da Lavínia.

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Olhares - Livro 2.Onde histórias criam vida. Descubra agora