23 - Luan.

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Cheguei em casa agitadão, nunca pensei que um dia perderia um dos meus desse jeito, também nunca tinha imaginado que um dos meus tava de traição, nessa vida.

Agora a guerra tava declarada, mais um problema pra conta, caralho, o Maycon sempre foi o que mais teve disposição entre nós e foi o que teve a coragem de jogar contra nós.

Tirei a roupa ensanguentada no quintal e joguei dentro de um saco, tava toda manchada, só jogando fora, entrei em casa, tava um silêncio do caralho, quando eu cheguei no quarto a Milena tava dormindo.

Tomei um banho pra tentar relaxar mas não adiantou porra nenhuma, tô agitadão, cabeça a mil, botei uma bermuda e desci pra área da piscina.

Acendi meu cigarro e deitei na espreguiçadeira, marquei dali, olhei pro lado encontrando a tal da Evellyn caminhando na minha direção.

— Sem sono? — perguntou se sentando na espreguiçadeira do meu lado

— Não, tô vazando já — me levantei

— Calma, eu não mordo — riu

— Garota, qual é a tua? namoral mesmo — perguntei sério, ela é sem noção pra caralho

— Como assim? — perguntou arrumando o cabelo

— Fica me sondando, quero saber qual é da tua po — falei apagando o cigarro

— Ah, nada — riu de novo — Acho você atraente — me olhou mordendo os lábios, ah putaque pariu

— Já deu essa rendição de homenagem já — levantei e ela levantou junto ficando de frente pra mim

— Vai ficar fazendo doce? — perguntou rindo — Achei que você fosse mais fácil — debochou

— Ta maluca, porra? — empurrei ela com força, caiu sentada na espreguiçadeira, me olhando assustada — Tem vergonha na cara não? Tua amiga dormindo lá em cima e tu se oferecendo pra mim — vi o rosto dela perder a cor — Desde quando eu te dou essas confianças, garota? — perguntei

— Não é nada disso, eu tava brinc..— tentou falar ainda rindo, sonsa

— Se liga — apontei o dedo na cara dela — Mete o pé, se eu acordar amanhã e tu tiver aqui, o pau vai quebrar — ela concordou — Tu não me conhece não, vai piranhar e sacanear em outro lugar — me afastei — Aqui o buraco é mais embaixo, abre teu olho — Virei de costas e entrei em casa largando ela lá sozinha

Caralho, sabia que essa garota tava na maldade comigo, só não queria acreditar, amanhã vou dar o papo na Milena.  Deitei do lado da Milena, o quarto tá geladinho e eu cheio de frio, ela agarrou em mim e apaguei.

— Acorda agora! — Milena me sacudiu com força

— Que que tá acontecendo? — sentei na cama rápido

— Você ameaçou a minha amiga? Tá maluco, Luan? — falou rápido, vermelha

— Que? — perguntei sonolento

— Por que você ameaçou a Evellyn? — perguntou mais alto 

Caralho, a mina tava afim de discórdia mesmo, filha da puta, sem noção — Ela te falou isso? — perguntei, Milena concordou — Ela esqueceu de te falar que tava se oferecendo pra mim também né? — ela sentou na cama

— QUE  — gritou com a mão no peito, se afastando de mim

— Papinho de que me achava atraente e os caralho, abre teu olho, não ia ameaçar ela atoa, ela deu motivos, se liga — apontei o dedo pra ela e ela concordou

— Jesus, não acredito que a Evellyn chegou a esse ponto, puta que pariu, desgraçada! — falou nervosa

— Mandei ela ralar, mermo — levantei — Tava se oferecendo pra mim depois que eu cheguei do bagulho do Maycon  — falei

— Então por isso que ela saiu toda apressada daqui de casa, falando que te viu chegar e você mandou ela não falar nada comigo e ela disse que ia falar, eu vou ligar pra essa piranha agora — levantou puta pegando o celular

— Ih cara fica suave aí, vale a pena não — ela negou

— Caralho isso não é de hoje, Luan, a Evellyn tenta diminuir e ficar por cima de mim e das meninas a anos, a gente sempre aturando já que crescemos juntas, ela falando essa mentira sem pé nem cabeça — digitou alguma coisa no celular

— Amor, piranha é assim mesmo, otaria são vocês que ficam dando corda pra ela — falei tranquilo

— Mas isso não vai ficar assim não — Se sentou na cama pensativa — Deixa ela, tudo que vai volta, a hora dela vai chegar. — neguei com a cabeça

Eu entrei no banheiro pra tomar um banho e quando sai a Milena tava se arrumando.

— Vai pra onde? — perguntei vestindo uma camisa

— Tenho que ir pra loja hoje — me olhou

—  Tá muito gata, pode ficando em casa — brinquei fazendo ela rir

— Me leva lá? — perguntou agarrando meu pescoço

— Já tá pronta? — ela concordou —  Bora! — dei um selinho nela

Antes de deixar ela na loja deixamos a amiga dela na entrada do morro, depois que eu deixei ela lá na loja parti pro GB.

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Olhares - Livro 2.Onde histórias criam vida. Descubra agora